Revolução Espanhola. Apresentação de curtas e debate

Tirado de http://bibliotecaterralivre.noblogs.org/post/2012/07/16/revolucao-espanhola-apresentacao-de-curtas-e-debate-3/

Foi no dia 19 de julho de 1936 que estourou a Revolução Espanhola. Os trabalhadores ligados às CNT (Confederación Nacional del Trabajo), organização sindical de orientação anarquista combateram o golpe fascista e transforamaram uma vasta região na Espanha (em especial a Catalunha) em um novo mundo, autogestionário e sem Estado.

O povo espanhol ousou sonhar e realizou o que até hoje foi o maior exemplo de organização social, baseada nos princípios políticos e econômicos do anarquismo ou comunismo libertário: solidariedade, apoio mútuo, federalismo e autogestão.

Companheiros! Suas lutas nos inspiram sempre!

É por isso que a Biblioteca Terra Livre, em parceria com o Centro de Cultura Social, vem resgatar esta experiência com a exibição dos curtas:

Movimento revolucionário em Barcelona (Movimiento revolucionario en Barcelona). Espanha, 1936, preto e branco, 22min. Produzido por: CNT-FAI (Oficina de Información y Propaganda)

Barcelona trabalha para o front (Barcelona trabaja para el frente). Espanha, 1936, preto e branco, 23min. Produzido por: Comité Central de Abastos de Barcelona

O enterro de Durruti (El entierro de Durruti). Espanha, 1936, preto e branco, 11min. Produzido por: CNT-FAI

Ajudar Madri (Ayuda a Madrid). Espanha, 1936, preto e branco, 7min. Produzido por: CNT-FAI (Oficina de Información y Propaganda)

Os curtas NÃO possuem legendas. Os filmes serão exibidos no CCS dia 21/07, próximo sábado, as 18h00.

Local: CCS – Centro de Cultura Social
Rua General Jardim, 253, sala 22
(Próximo ao metrô República)
www.ccssp.org

Homenagem aos 76 anos da Revolução Espanhola (19/07/1936) – parte II

Nesta segunda parte da nossa homenagem aos 76 anos da Revolução social na Espanha apresentamos uma galeria de fotos do período.
São lindas, emocionantes e inspiradoras!

Viva a luta de classes!
Abaixo o Estado, o capitalismo e o patriarcado!

Hijos del pueblo – Filhos do povo

Hijo del pueblo, te oprimen cadenas Filho do povo, que as cadeias oprimem
y esa injusticia no puede seguir, e que a injustiça não pode continuar,
si tu existencia es un mundo de penas se sua vida é um mundo de tristezas
antes que esclavo prefiero morir. Eu prefiro morrer ao invés de escravo.
Esos burgueses, asaz egoístas, Estes burguesa foi amplamente egoísta
que así desprecian la Humanidad, assim desprezam a humanidade,
serán barridos por los anarquistas serão varridos pelos anarquistas
al fuerte grito de libertad. o grito de liberdade.
Rojo pendón, no más sufrir, Bandeira vermelha, sem mais sofrimento,
la explotación ha de sucumbir. exploração deve sucumbir.
Levántate, pueblo leal, Levanta-te, as pessoas justas,
al grito de revolución social. o grito da revolução social.
Vindicación no hay que pedir; Vindication Não pergunte;
sólo la unión la podrá exigir. só a União pode exigir.
Nuestro paves no romperás. Nosso pav não quebrar.
Torpe burgués. Desajeitado burguesa.
¡Atrás! ¡Atrás! Voltar! Voltar!
Los corazones obreros que laten Os corações que batem trabalhadores
por nuestra causa, felices serán. Para o nosso bem, ser feliz.
si entusiasmados y unidos combaten, se animado e lutar juntos,
de la victoria, la palma obtendrán. da vitória, a palma vai.
Los proletarios a la burguesía Os proletários para a burguesia
han de tratarla con altivez, tem que tratá-lo com orgulho,
y combartirla también a porfía e também contenção combartirla
por su malvada estupidez. por sua estupidez mal.
Rojo pendón, no más sufrir, Bandeira vermelha, sem mais sofrimento,
la explotación ha de sucumbir. exploração deve sucumbir.
Levántate, pueblo leal, Levanta-te, as pessoas justas,
al grito de revolución social. o grito da revolução social.
Vindicación no hay que pedir; Vindication Não pergunte;
sólo la unión la podrá exigir. só a União pode exigir.
Nuestro paves no romperás. Nosso pav não quebrar.
Torpe burgués. Desajeitado burguesa.
¡Atrás! ¡Atrás! Voltar! Voltar!

Homenagem aos 76 anos da Revolução Espanhola (19/07/1936)

coletânea de cartazes da CNT/FAI/AIT

Há exatos 76 anos, a Revolução social batia as portas de diversas regiões da Espanha. Em resposta ao golpe fascista de Franco do dia 18 de julho de 1936, no dia seguinte, trabalhadorxs urbanos e rurais pegaram em armas pra resistir ao ataque fascista, e simultaneamente, construir uma nova sociedade. Sem dúvidas foi um dos momentos da história onde mais foi possível se provar a liberdade e a igualdade humana – gosto que até hoje pode ser sentido nostalgicamente pelas gerações que se seguiram.

A Revolução de 36 nos mostrou caminhos para um novo mundo. Um mundo sem estado, sem patrão, sem marido, e sem deus.
Um mundo sem nenhum tipo de opressão

E é por isto que humildemente organizamos esta pequena homenagem aos 76 anos da Revolução Espanhola. Uma coletânea com mais de uma centena de cartazes da CNT/FAI/AIT/FIJL produzidos durante o período revolucionário.

Espero que gostem!

VIVA LA FAI!
VIVA LA CNT!
SALUD Y LIBERTAD!
ARRIBA LXS QUE LUCHAN!

Da miséria no meio estudantil

“não hesitam sequer em louvar o roubo, a destruição dos estudos, a supressão do trabalho, a subversão total e a revolução mundial proletária ininterrupta a fim de se gozar sem impedimentos. Considerando pois o seu carácter basicamente anarquista, tais teorias e tal propaganda são eminentemente nocivas. A larga difusão que delas é feita, quer nos círculos estudantis, quer junto da opinião pública, pela imprensa local, nacional e internacional, representa uma ameaça à moralidade, aos estudos, à reputação e bem assim ao próprio futuro dos estudantes da Universidade de Estrasburgo”

DA MISÉRIA NO MEIO ESTUDANTIL PDF

DA MISÉRIA NO MEIO ESTUDANTIL CONSIDERADA NOS

SEUS ASPECTOS ECONÓMICO, POLÍTICO, SEXUAL E

ESPECIALMENTE INTELECTUAL E DE
ALGUNS MEIOS PARA PREVENIR


Libelo escrito por membros da Internacional Situacionista & estudantes da cidade de Estrasburgo no ano de 1966 & dado à estampa em língua portuguesa por Fenda, Edições, na cidade de Coimbra, ano de 1983.

Título original:

De la misere en milieu étudiant considérée sous ses aspects économique, politique, sexuel et notamment intellectuel et de quelques moyens d’ y remédier

1ª edição: Estrasburgo, 1966

Selecção de textos e tradução: Júlio Henriques

No copyright: Os textos da presente edição podem ser utilizados da forma que melhor se entender .

FENDA, EDIÇÕES Apartado 449 3008 Coimbra Codex Portugal

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Oportunismo, doença infantil da esquerda pragmática: o apoio às greves da polícia (FARJ)

Publicado 11/02/12, em http://anarquismorj.wordpress.com/2012/02/11/oportunismo-apoio-greve-da-policia/

Federação Anarquista do Rio de Janeiro

A recente greve da polícia militar da Bahia retoma uma discussão antiga no interior das esquerdas. A discussão se orienta, basicamente, no que diz respeito à posição dos trabalhadores em relação à greve policial. Em termos gerais, as posições podem ser dividas em dois blocos[1]. Há os que defendem a greve dos policiais por ser esta uma categoria de assalariados e, portanto, de explorados, ou seja, trabalhadores como quaisquer outros, e aqueles que não defendem os policiais, por entenderem que o papel destes vincula-se diretamente à repressão e à classe dos opressores e exploradores.     Os grupos que apóiam a greve dos policiais reivindicam principalmente que, dentro das PMs, haveria uma “divisão classista”[2]: um setor mais ligado às classes dominantes (oficialato) e outro, explorado pelo primeiro, composto pelas chamadas baixas patentes (soldados, cabos, sargentos). Estes últimos por sua condição de explorados, deveriam receber taticamente o apoio das esquerdas e dos trabalhadores. Outro argumento, reforçando a tese dos que defendem o apoio à greve dos policiais, é o de que a polícia estaria também em “disputa”. Assim, ignorar a possibilidade de influenciar este setor seria, entre outras coisas, um posicionamento puramente “idealista” para aqueles que desejam a ruptura num processo revolucionário.

Valendo-nos da nossa constituição ideológica libertária, antes de irmos ao campo da teoria, onde nossas análises poderão ser melhor fundamentadas, lembremos do despejo do Pinheirinho, executado “magistralmente” pela Polícia Militar, cujos setores do baixo oficialato, mesmo “explorados” economicamente, cumpriram eficientemente sua função ao reprimir, espancar e despejar (sem mencionar as denúncias de violência sexual). Recordemo-nos da atuação da Polícia Militar nos morros cariocas, que mata e assassina nosso povo pobre e negro sob o pretexto do combate ao narcotráfico. Vamos recordar as ações repressivas das Polícias Militares em manifestações estudantis e de trabalhadores, permitindo ao capital seu livre trânsito e reprodução. Sem mencionar, ainda que fosse necessário, a função da polícia na manutenção das desigualdades e na defesa dos exploradores e dominadores de nosso povo. Alguns satisfariam-se com as reflexões feitas até aqui. Acrescentaríamos à estas certezas ideológicas, o reforço da experiência de muitos militantes dos movimentos populares em que estamos inseridos, e que convivem dia a dia com a opressão, o racismo e a repressão dos “trabalhadores” policiais!

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