Greve na SanFran – Professores fura-greve e renúncia do atual diretor

 

Meia dúzia de professores insistem em continuar dando aulas e, mesmo não havendo alunos na sala, estão considerando a aula como dada. A ação que pode facilmente ser revertida com o avanço da greve, tem como fim tentar impulsionar o setor contra a greve, mas não está sortindo efeito. Por fim, quem são estes professores?

A foto a cima, como se vê, é do quadro da sala do professor Eduardo Gualazzi, declarado apoiador da ditadura militar que começou a dar aula nesta em naquele período e é famoso entre os alunos por falar da “revolução de 64″ e do milagre econômico. O professor José Simão, também está tentando dar aulas e ele é da comissão da graduação, que é uma das principais responsáveis pelo caos na matrícula.

Outros dois que estão (ou estavam) tentando passar por cima da mobilização estudantil e também têm participação direta no problema e sua solução é o próprio Paulo Cazella, que acaba de sair do cargo de diretor da faculdade em exercício e o professor Luiz Schoueri, que também é da Congregação. Cazella é amigo do reitor Rodas, se mostrou contrário a qualquer negociação com os estudantes grevistas e se negou a participar da Audiência Pública convocada sobre a paralisação.

Os professores Ricardo Leonel e Heitor Sica, também chegaram a dar aula, mesmo não havendo um décimo de alunos em sala, quando havia. O professor Carlos Portugal Gouvêa, também tentou dar aula, mas viu que o movimento estava com muita adesão e acabou declarando que não iria mais dar aulas neste período.

http://usplivre.org.br/2013/08/16/quem-sao-os-professores-fura-greve/

O diretor em exercício, Prof. Paulo Borba Casella, acaba de renunciar ao cargo.
Centro Acadêmico XI DeAgosto, 16 de agosto de 2013.

 TODO APOIO À MOBILIZAÇÃO DXS ESTUDANTES DA SANFRAN!

Mini Curso sobre História Crítica da Monogamia

“Amor livre? Por acaso o amor pode ser outra coisa mais que não livre”
Emma Goldman
Confira o site: Rede Relações Livres: http://rederelacoeslivres.wordpress.com/

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A atividade faz um apanhado histórico sobre as interdições da sexualidade e organiza o processo histórico das formas mais comuns de “família” durante a civilização humana, explicando o porquê da conformação da monogamia e culminando na análise do processo pelo qual ela está passando.

Curso ministrado por Maria Fernanda Geruntho Salaberry e Dothy Wey, do coletivo RLi de Porto Alegre.

> Evento gratuito!
> Dia 17/agosto
> Carga horária: 5 horas
> Endereço: Rua General Jardim, n. 253, sala 22 – CCS-SP. Próximo ao metrô República.

 

Mães de Maio e FdE

Segue abaixo, o ótimo posicionamento das Mães de Maio sobre o grupo “pós-capitalista” conhecido por Fora do Eixo.Mais informações sobre este coletivo tão, tão Fora da Realidade: http://dossiefde.wordpress.com/

MUITA GENTE TEM NOS PERGUNTADO SOBRE O “FORA DO EIXO”

Nosso movimento não tem como foco esta polêmica (temos a busca por Amarildos, Ricardos e Justiças como prioridade todos os dias), nem vamos entrar em qualquer onda de denuncismo, de crítica ética-moral ou fulanização da história. Reduzir qualquer crítica social mais profunda, da exploração capitalista e suas lógicas renovadas de lucro, ao tema da “corrupção” é sempre mais interessante para o próprio sistema capitalista – corrupto e corruptor na sua estrutura histórica – do que para os reais interesses de nós trabalha-dores. Temos visto muito essa manobra midiática nas ruas atualmente…

Enquanto movimento social autônomo, achamos que as experiências populares não podem ser capturadas de maneira nenhuma por empresas, ONGs, mídias comerciais, políticos ou outros intermediários de nossa cultura de resistência. Ninguém fala, muito menos capitaliza, em nosso nome! Isso vale para o campo da cultura e comunicação, onde acreditamos que os coletivos de artistas e comunicadores populares devem cada vez mais empoderarem-se e serem fortalecidos diretamente – sem intermediários. Isso vale também para as iniciativas sociais que lutam diretamente contra o genocídio da população preta, pobre e periférica, que sempre foi e continuará sendo nosso foco prioritário, e cuja luta não está à venda.

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Discutir branquitude: o calo que me dói

Por Larissa Santiago para o Blogueiras Negras 08 de agosto de 2013

Na última segunda-feira participei de uma conversa que tinha como tema Feminismo Negro e Identidade: para além da transversalidade de gênero e raça. Com uma provocadora incrível (Profª Liana Lewis) e um filósofo mediando a mesa (Prº Sandro Soyão) a Ciranda Filosófica causou também um estranhamento à minha pessoa:  depois de reconhecer seu privilégio e relatar seu cotidiano embaraçoso com os alunos da cadeira Relações Raciais da Universidade de Pernambuco, fiquei querendo saber porque a incrível professora doutora [sem ironia] não preferiu discutir feminismo branco ou branquitude. Quando indagada, ela categoricamente respondeu afirmando ser necessário um estudo relacional: não existe negro sem branco nem branco sem negro.

Mas a profusão de estudos e de debates sobre negritude e a escassez de debates sobre branquitude (embora isso tenha mudado com os estudos sobre whiteness nos EUA) nos faz pensar que os problemas e resquícios do colonialismo só são possíveis de ser enxergados quando todos olhamos para o negro, o “desvio”. Onde fica a discussão da norma?

“Quando pessoas brancas se voltam para o racismo, tendem a vê-lo como um problema de negros e não como um problema que envolve a todos. Assim, brancos podem ver o trabalho antirracista como um ato de compaixão pelo outro, um projeto esporádico, externo, opcional, pouco ligado às suas próprias vidas, e não como um sistema que modela suas experiências diárias e seu sentido de identidade.” (BENTO, 2002a: 49).

Recordado os acontecimentos na Marcha das Vadias de Brasília, uma das questões que foi debatida em grupos específicos foi a discussão da identidade racial branca, seus privilégios e da posição “involuntária” de opressor. Me pareceu muito clara a dificuldade em tratar esses assuntos quando tudo o que se sabe é que há um oprimido e todos precisamos defendê-lo e, sinto dizer que a Ciranda Filosófica me passou a mesma impressão [que não foi a única]. Não quero dizer com isso que pessoas brancas não possam falar de negritude, mas no meu mundo ideal a intensidade no debate sobrewhiteness se daria só pelo fato de termos maioria branca nas academias e noutros lugares que nem preciso listar aqui.

branquitude_relações raciais

De todos os pontos que identifiquei na discussão iniciada depois do episódio MdV Brasília e que foram intensificados depois da Ciranda, quero trazer para discussão aqui com vocês esses três pontos acima citados: a identidade racial branca (ou o branco racializado), o privilégio branco e o que eu chamei de “opressão involuntária”. Esses pontos serão tópicos para próximos posts que pretendem humildemente provocar discussões e elucidações.

Esperando contribuir para um mundo melhor [brinks], esta autora pergunta: você já tinha ouvido falar em branquitude?


Larissa é baiana e escreve no Mundovão e no Afrodelia.


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