Organizar para resistir! [Luta contra o fechamento das escolas estaduais em SP]

Dia 20 de outubro, às 15h na Praça da República, ocorrerá o 4º Grande Ato Contra o Fechamento das Escolas. Desta vez a APEOESP se unificará com os secundaristas que já estão realizando diversos atos pelas regiões centrais de São Paulo e também nos bairros onde as escolas serão fechadas.

Nós do Rizoma também somos contra mais este ataque do governo e este foi o panfleto que distribuímos no 3º Ato, que fechou a Marginal Pinheiros no dia 15 de outubro, marcando o Dia Nacional de Lutas:

ORGANIZAR PARA RESISTIR

Estamos sendo atacados: pelo menos 155 escolas estaduais serão fechadas! Mas também há resistência! Para barrar mais este ataque do governo contra estudantes e trabalhadores é preciso seguir forte na mobilização e nos organizar ainda mais.

Várias escolas já estão fazendo manifestações em suas regiões e os dois atos unificados mostraram a forte mobilização dos secundaristas. O ato da sexta-feira, dia 09, também mostrou a disposição para enfrentar as ações da polícia que tentou prender dois manifestantes e reprimiu centenas de estudantes.

A luta está forte, mas para vencer é preciso ir além. Para barrar a reorganização das escolas é preciso organizar os estudantes!

> Fazer assembleias em cada escola para conversar sobre a mobilização e pensar as próximas ações;
> Organizar meios de comunicação entre estas assembleias para troca de informes e ações conjuntas;
> Recuperar os grêmios estudantis: nas escolas onde não existem, criá-los! E onde já existem chamá-los para a luta!
> Juntar forças com os professores e todos os trabalhadores das escolas: a luta é uma só e lado a lado somos mais fortes!
> Seguir resistindo nas ruas!

“Se minha escola fechar, a cidade vai parar!”

Encontro Nacional do Rizoma – 31/out a 02/nov

|ENCONTRO NACIONAL DO RIZOMA|

De 31 de outubro a 2 de novembro em São Paulo será realizado o Encontro Nacional do Rizoma reunindo os estudantes da classe trabalhadora que levam à frente um programa de lutas combativo e revolucionário, construído desde às bases e através da democracia direta.

Esperamos que este encontro sirva para nos armar e preparar para a luta contra os ataques dos governos, reitores e patrões. Também será o momento para reunirmos os estudantes das mais diversas universidades que já estão em contato com o Rizoma para pensarmos juntos os próximos passos da própria organização.

Caso tenha interesse em participar do encontro, escreva para nós e vamos construir as bases para reerguer o movimento estudantil combativo rompendo com as burocracias, que servem de âncora para as mobilizações, e avançando rumo à construção das greves, piquetes e ocupações!

REERGUER O MOVIMENTO ESTUDANTIL!

[USP] Chamado para formação de chapas de Centros Acadêmicos

Nós, estudantes de diversos cursos da USP e que nos organizamos coletivamente no Rizoma, escrevemos este chamado a todos que defendem um movimento estudantil combativo, que impulsione as pautas de classe – como cotas e permanência – e que acreditam na importância da luta em unidade com os trabalhadores. Que acreditam na importância da nossa auto-defesa frente aos ataques dos governos, patrões e reitores que colocam a polícia para reprimir os movimentos e ameaçam os espaços de organização estudantil tentando sequestrar nossa autonomia. Escrevemos para os estudantes que acreditam que os Centros Acadêmicos podem ser importantes ferramentas para organizar as lutas apesar de atualmente estarem longe disso, mas que estão dispostos a se engajarem para mudar essa situação. Fazemos um chamado para formarmos chapas para disputar os Centros Acadêmicos em diversos cursos.

Nós queremos formar chapas para as eleições de CAs, pois grande parte da escassa mobilização estudantil na USP é, ao nosso ver, culpa das direções que estão atualmente nas entidades de base estudantis. Estamos em uma conjuntura nacional de crise, que se intensificará no próximo período: demissões e cortes de salário viraram regra geral para as mais amplas categorias. Nós iremos nos formar na graduação e o futuro que nos aguarda é de desemprego ou então de trabalhos precarizados e terceirizados. A luta de hoje dos trabalhadores, será a nossa amanhã, portanto é fundamental unificarmos nossas forças desde agora! Não é mais possível que os Centros Acadêmicos sejam controlados por estudantes que defendem o mesmo projeto político que os setores que nos atacam! As gestões vinculadas ao PT e suas correntes de juventude querem manter o movimento de estudantes bem longe das mobilizações nacionais que estão cada vez mais questionando o governo petista. Sem contar que diversos Centros Acadêmicos atualmente tem total repulsa pelo conjunto do Movimento Estudantil, ignorando a própria função do CA que é articular os estudantes com o movimento mais amplo.

Também temos na USP gestões de Centros Acadêmicos que parecem fugir dos estudantes e se negam a realizar assembleias de curso e até mesmo a realizar atividades de debate político e de formação. Ignoram que grande parte dos estudantes terão na universidade seu primeiro contato mais profundo com a vida política e que parte das tarefas das gestões de CAs é incentivar esta formação, realizando atividades, mas também mantendo os estudantes informados das mobilizações através de jornais, panfletos e boletins que consigam chegar até os estudantes que por diversos motivos não conseguem participar de forma mais orgânica com a vida política no curso. Não significa que estas pessoas são despolitizadas, mas é papel da gestão conseguir pensar em estratégias para que os estudantes consigam se engajar nas lutas que os afetam diretamente.

São os estudantes que trabalham e aqueles que são filhos de trabalhadores os mais duramente atacados pelos ataques da reitoria. A falta de contratação de funcionários e as demissões através do PIDV tem nos afetado diretamente, com as imensas filas nos bandeijões, fechamento das creches e trabalho redobrado para os estagiários e bolsistas. As bolsas de permanência estudantil nunca tiveram valores que realmente atendessem às necessidades e a ausência de reajuste faz com que elas sejam corroídas pela inflação e pela especulação imobiliária dos locais disponíveis para alugar no perímetro da universidade. São diversos os ataques, e é preciso que os Centros Acadêmicos voltem a assumir a tarefa de organizar a resistência dos estudantes para que, lado a lado com os trabalhadores, voltem a questionar este sistema falido, chamado capitalismo, e se atrevam a voltar a falar em revolução.

Nós fazemos um chamado aos estudantes combativos. Aos estudantes que já carregam em sua geração a história de ter construído as lutas de junho de 2013 e que podem fazer muito mais! Mas para isso é preciso organização e coragem, é preciso ousar lutar e ousar vencer!

Vamos construir em cada curso os pilares de luta que tanto faltam ao movimento estudantil uspiano!
NÃO TEM ARREGO!

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Escreva para rizoma@riseup.net ou mande uma mensagem pelo nosso facebook: f.com/rizomatendenciaestudantil avisando qual o seu curso e seguimos conversando para formar as chapas!

AVANTE!

Em PDF: chamado-cas

[XII Congresso de Estudantes da USP] Programa das chapas para delegados – História e Letras

Compartilhamos com vocês o panfleto do programa da chapa do Rizoma para delegados nos cursos de História e Letras da USP.
Os delegados são eleitos pelos estudantes em seus cursos para que possam intervir e votar no XII Congresso de Estudantes da USP que é o espaço para decisões estruturais do Movimento Estudantil da USP.

Leia o nosso programa e participe das eleições de delegados!
Estamos com chapas também em outros cursos, informe-se e participe dos debates de chapas.

Panfleto em pdf: chapa-congresso-hist-letras

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CHAPA: Romper e Avançar! Erguer um movimento estudantil combativo!

O XII Congresso da USP poderá ser um espaço importante para organizar os estudantes na luta por outra sociedade! O país atravessa hoje uma crise econômica própria do capitalismo que tem como resultado milhares de trabalhadores sendo demitidos, tendo seus salários cortados e direitos trabalhistas atacados. Nós estudantes que somos filhos de trabalhadores e que fazemos dupla jornada conciliando trabalho e estudo, também sofremos com a crise econômica. Nas universidades: cortes das bolsas de permanência estudantil, fechamento do acesso e militarização. Também sofreremos, se já não estamos, com a precarização do trabalho, com o crescimento da terceirização. Quando nos organizamos para nos defender destes ataques, somos reprimidos violentamente pelo Estado. Quem estava nos atos de junho de 2013, e nos outros que vieram antes e depois da luta contra o aumento, já sentiu na pele a repressão policial, mas também já se sentiu vivo por conseguir na prática aquilo que nos dizem ser impossível!

O movimento estudantil tem um papel histórico, mas atualmente está aquém de suas possibilidades. Em grande parte porque perdeu sua combatividade e foi se adaptando às políticas reformistas. O Congresso de estudantes da USP poderá cumprir um importante papel para reerguer o movimento estudantil, mas para isso precisa ser construído por estudantes que levem à frente um programa combativo e revolucionário!

Precisamos perder o medo de acreditar que esta sociedade capitalista desumana e cruel pode ser derrotada! Precisamos recuperar a força do nosso movimento, romper com as direções governistas e pelegas, que servem de âncora para o movimento, e avançar contra os capitalistas e estatistas, organizando os estudantes através da democracia direta, desde as bases e aliado com os trabalhadores para sermos protagonistas de ações diretas como greves, piquetes e atos de rua!

Aliança com os trabalhadores
Nós, estudantes da classe trabalhadora, precisamos nos identificar com todos os trabalhadores em luta. Nós, que sentimos na pele a dificuldade que foi para conseguir entrar na universidade, que sabemos os sacrifícios para fechar as contas no final do mês, que a todo semestre reavaliamos se vamos conseguir continuar a graduação, pois muitas vezes falta dinheiro até para o transporte público, sabemos que saindo da universidade não há um mar de rosas, mas sim um cenário de desemprego para a juventude.
Por isso, a luta dos trabalhadores hoje é a nossa luta de amanhã! A greve de professores da rede estadual, é uma greve nossa também! As greves de metalúrgicos, de terceirizadas, de servidores federais, todas estas são lutas nossas. Nós ocuparemos estes cargos no futuro e a derrota a um inimigo comum é uma vitória para nós!
Por isso, defendemos que este Congresso tenha o papel de colocar o Movimento Estudantil no cenário nacional de lutas, para barrarmos ao lado dos trabalhadores as medidas provisórias do governo do PT, o ajuste fiscal e o projeto de terceirização. Barrar as demissões, os arrochos salariais e os ataques a todos os estudantes, que nas federais já estão em greve há meses!

Organização do Movimento Estudantil
O movimento estudantil como um todo também precisa formar um forte bloco. Nós, das estaduais paulistas, aliados com estudantes das federais, universidades privadas e secundaristas, poderemos reivindicar as pautas que atendam às nossas necessidades. A universidade não foi feita para estudantes trabalhadores, ela foi pensada para a elite e a todo momento nos fazem lembrar disso, como com as catracas que impedem a entrada de nossos vizinhos e familiares. Não precisamos reformar a estrutura da universidade, mas sim nos defendermos daqueles que nos atacam e nos querem da porta para fora!

Precisamos de integração entre os estudantes, e de unidade no movimento estudantil. Integrar os coletivos de opressão ao conjunto do movimento estudantil, para cada vez mais nos reconhecermos no outro que também é explorado e lado a lado organizarmos nossas defesas.

Garantir a autonomia de nossos centros acadêmicos e dos espaços estudantis, com nosso auto-financiamento e independência frente ao Estado e à reitoria, é fundamental. Defender a realização das festas no campus e nossos espaços de integração!

Um movimento estudantil que seja organizado desde as bases, de baixo para cima, com a sua força nos fóruns de democracia direta, como as assembleias e que em momentos de mobilização se organize através dos comandos de greve é o que nós, da chapa “Romper e Avançar”, defendemos para a organização estudantil.

Acesso e Permanência Estudantil
Exigir cotas raciais e sociais com a implementação do projeto de cotas da Frente Pró-Cotas já aprovado pelo conjunto do movimento estudantil!

Mesmo com a ampliação do acesso, a conclusão do curso ainda encontra e encontrará diversos obstáculos. Precisamos erguer o movimento para que defenda um conjunto de pautas em torno da permanência estudantil, pois é este eixo, aliado com as reivindicações de acesso que colocam em xeque a pergunta: “afinal, a universidade foi feita para quem?”

Reivindicar o aumento no número de bolsas de permanência, como auxílio moradia, e reajuste nos valores: o preço de tudo não para de subir! É tarifa de ônibus, contas de luz, água, alimentação, e tantas outras e nossas bolsas há anos não tem seus valores corrigidos ou então têm reajustes insuficientes frente à especulação imobiliária e à inflação! Exigir o reajuste nos valores de todas as bolsas, sejam elas de permanência, extensão, estágio ou trabalho, de acordo com o mesmo reajuste conquistado pelos trabalhadores da USP! Unificar a luta de estudantes e trabalhadores da USP contra o arrocho!

Pela criação de bolsas auxílio em cursos que precisem de materiais específicos. Nas áreas de artes e saúde, por exemplo, os estudantes pobres não conseguem concluir o curso ou assumem dívidas enormes para poderem comprar todos os equipamentos exigidos pela universidade.

Creche também é permanência estudantil! Pela reabertura imediata das vagas nas creches e sua ampliação! Não aceitar o fechamento das vagas, pois essa é mais uma forma de dificultar a permanência das mulheres na universidade!

Devolução imediata dos blocos K e L do CRUSP, ampliação da moradia no Butantã e construção de moradias para estudantes da EACH e dos campi do interior!

Bandejão e circular: como concluir a graduação trabalhando 8 horas por dia, chegando em cima da hora da aula e não podendo bandejar porque a fila é enorme? Ou porque não dava para entrar no circular de tão lotado que estava? Abertura imediata de contratações de funcionários para todas as áreas que precisam, inclusive para o bandejão! Reabertura do bandejão da prefeitura! Aumento no número de circulares!

Não à repressão! E os debates em torno da segurança
Devemos abraçar o conjunto de resoluções aprovado pelo Encontro de Mulheres da USP e apresentado pelo manifesto do 1º Ato de Mulheres por Segurança no Campus, que aponta medidas efetivas para uma defesa dos estudantes e trabalhadores. Desde a entrada da PM no campus os casos de estupro, assalto e sequestro só tem aumentado e a liberdade de mobilização política e manifestação só tem diminuído! Se dentro do campus a polícia reprime trabalhadores e estudantes, é racista e machista, fora dele, é também assassina. Exigir o FORA PM e FORA KOBAN!

A repressão policial anda lado a lado com a repressão da reitoria: processos a estudantes e trabalhadores por reivindicarem melhores condições de vida. Barrar os processos contra os lutadores!

Estas são algumas das propostas que os delegados da chapa “Romper e Avançar” levarão para o XII Congresso da USP, engajados em reacender a chama do movimento estudantil!

Todo apoio à paralisação dos trabalhadores do bandejão da USP!

[USP] TRABALHADORES DO BANDEJÃO FAZEM PARALISAÇÃO NESTA SEXTA POR CONTRATAÇÕES!

Após o PIDV de 2014 a situação para os trabalhadores na USP é crítica. Com a saída de cerca de 1500 funcionários e o congelamento das contratações, o que resta para quem ficou é uma situação cada vez mais insustentável de sobrecarga de trabalho, uma vez que a demanda pelas atividades exercidas pelos demitidos não cessou.

Esse é o ponto levantado pelos trabalhadores do bandejão central nessa sexta-feira (18/09), que paralisarão as atividades pela reabertura de contratações. Para que as atividades continuem sem maiores prejuízos para os servidores que já estão sobrecarregados, é necessária a contratação de cerca de 50 novos funcionários. Caso contrário, é possível que o bandejão seja fechado aos domingos para remanejamento dos funcionários nos horários mais críticos.

Cabe ressaltar a relação que têm os cortes sobre os trabalhadores e os ataques diretos à permanência estudantil. Também esse ano foi fechado o bandejão da prefeitura, o que explica em alguma medida o aumento das filas nos outros e a sobrecarga dos funcionários destes. O que só reforça a necessidade de travarmos essa luta lado a lado, estudantes e trabalhadores, pela abertura de contratação de funcionários efetivos. Nesse sentido, foi aprovado na Assembleia Geral dos Estudantes a incorporação ao piquete dos funcionários, ao qual chamamos todos a participar.

Piquete na SAS, em frente ao bandejão, a partir das 06h da manhã da sexta-feira dia 18.set

TODO APOIO À PARALISAÇÃO!
PELA REABERTURA DAS CONTRATAÇÕES!
UNIDADE NA LUTA DE TRABALHADORES E ESTUDANTES!

Rizoma Tendência Estudantil Libertária
17/09/2015