NOTA EM SOLIDARIEDADE AOS ESTUDANTES DETIDOS! NÃO À REPRESSÃO

A quinta-feira, 3.dez, em São Paulo foi marcada por uma forte luta contra a reorganização escolar com importantes avenidas da capital sendo bloqueadas. Após brutal repressão policial diversos estudantes foram detidos e 3 deles foram encaminhados na noite da quinta para o Centro de Detenção Provisória e terão seus casos avaliados pelo Fórum Criminal da Barra Funda ao longo da sexta-feira.

Manifestamos nossa total solidariedade à todos os estudantes e trabalhadores reprimidos no protesto e colocamos todas as nossas forças à disposição para a luta contra a reorganização escolar e pela libertação de todos os detidos!

Fazemos também um chamado a cada lutador e lutadora para que se ergam! Somem esforços nas ocupações, nos atos de rua. Organizem ações de solidariedade em suas cidades, atos de rua, intervenções, o que seja. Disseminar a luta! Fazer com que todos os olhos – nacional e internacionalmente – estejam voltados para esta importante luta que chega em seus momentos decisivos!

AVANTE COMPAS!
Ninguém fica pra trás!

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PS: na imprensa toda se encontram imagens, vídeos e informes sobre as detenções, mas pra quem quiser um informe mais rápido aqui está o resumo das acusações judiciais: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-12/pm-prende-seis-manifestantes-em-novo-confronto-com-estudantes-nas-ruas-de-sao

 

Todo apoio à paralisação dos trabalhadores do bandejão da USP!

[USP] TRABALHADORES DO BANDEJÃO FAZEM PARALISAÇÃO NESTA SEXTA POR CONTRATAÇÕES!

Após o PIDV de 2014 a situação para os trabalhadores na USP é crítica. Com a saída de cerca de 1500 funcionários e o congelamento das contratações, o que resta para quem ficou é uma situação cada vez mais insustentável de sobrecarga de trabalho, uma vez que a demanda pelas atividades exercidas pelos demitidos não cessou.

Esse é o ponto levantado pelos trabalhadores do bandejão central nessa sexta-feira (18/09), que paralisarão as atividades pela reabertura de contratações. Para que as atividades continuem sem maiores prejuízos para os servidores que já estão sobrecarregados, é necessária a contratação de cerca de 50 novos funcionários. Caso contrário, é possível que o bandejão seja fechado aos domingos para remanejamento dos funcionários nos horários mais críticos.

Cabe ressaltar a relação que têm os cortes sobre os trabalhadores e os ataques diretos à permanência estudantil. Também esse ano foi fechado o bandejão da prefeitura, o que explica em alguma medida o aumento das filas nos outros e a sobrecarga dos funcionários destes. O que só reforça a necessidade de travarmos essa luta lado a lado, estudantes e trabalhadores, pela abertura de contratação de funcionários efetivos. Nesse sentido, foi aprovado na Assembleia Geral dos Estudantes a incorporação ao piquete dos funcionários, ao qual chamamos todos a participar.

Piquete na SAS, em frente ao bandejão, a partir das 06h da manhã da sexta-feira dia 18.set

TODO APOIO À PARALISAÇÃO!
PELA REABERTURA DAS CONTRATAÇÕES!
UNIDADE NA LUTA DE TRABALHADORES E ESTUDANTES!

Rizoma Tendência Estudantil Libertária
17/09/2015

A Luta do Dia 29 de Maio na USP

PARALISAÇÃO NACIONAL DO DIA 29 DE MAIO. CONTRA O PLC DA TERCEIRIZAÇÃO E CONTRA AS MP’S 664 e 665 QUE ATACAM DIREITOS DA CLASSE TRABALHADORA.

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29 de Maio de 2015. 5:30 da manhã, no portão 1 da Cidade Universitária. Em torno de 40 pessoas aguardavam o caminhão de som, embaixo de um ponto de ônibus coberto, nos protegendo da chuva que caía. Um companheiro comenta brincando: “Isso aqui tá uma das maiores concentrações de lutadores por metro quadrado”.

Às 6 o caminhão chega e o ato aumenta. Começamos o trancaço do P1. Provamos mais uma vez que quem detém o controle sobre o funcionamento da universidade são as/os trabalhadoras/es e estudantes. Lutamos contra a terceirização de hoje e de amanhã. Contra a precarização do trabalho hoje e amanhã. E nós do Rizoma acreditamos ser fundamental que as/os estudantes enxerguem essas pautas não apenas como apoio aos/às trabalhadores/as, mas tendo em vista a perspectiva de que, se alguns de nós ainda não estamos inseridos/as no mercado de trabalho, logo estaremos. A precarização nos atinge diretamente e lutar por nossas condições de vida é necessário hoje e sempre.

Em seguida, deixamos o P1 para caminhar em direção à Raposo Tavares. Cortamos a rodovia com a rua Sapetuba, o caminhão atravessava o cruzamento. De repente, os cães de guarda do Estado deram início à brutal repressão.
Vimos a prisão de um companheiro estudante. Dezenas de policiais em cima de uma única pessoa, arremessando-o ao chão. Um policial enfiando o joelho em suas costas, prendendo seus braços, e com a mão, enfiando sua cara no asfalto. A revolta que tomou todas e todos naquele momento é inegável. Foi um dos fatores que explicam o sangue nos nossos olhos durante todo o restante do dia.

Frente à tentativa da PM de roubar a mochila do companheiro preso, quatro companheiras (entre elas, a Jéssica, companheira militante do Rizoma – Tendência Estudantil Libertária) impediram o roubo, que certamente teria resultado em provas forjadas para incrimina-lo. Não arredaram o pé e por mais que um dos policiais puxasse a mochila, atirando spray de pimenta contra os rostos das mulheres, elas se mantiveram firmes e se defenderam com socos e guarda-chuvadas! Foi talvez o maior ato de resistência daquele dia. Frente um brutamontes de capacete, cassetete, pistola e spray de pimenta, não teve arrego.

Companheira trabalhadora da Secretaria de Mulheres do SINTUSP enfrenta a brutalidade do PM verme, não arredando o pé e impedindo o roubo da mochila do companheiro.

 

Companheira Jéssica frente ao PM que tentava roubar a mochila.

 

Jéssica, militante do Rizoma – Tendência Estudantil Libertária se defende com socos e guarda-chuvadas no PM que agredia a ela e às lutadoras que impediam o roubo da mochila do companheiro preso.

 

E dali pra frente, resistimos ao limite do possível. NÃO TEVE ARREGO.

Após essa primeira dispersão, ainda voltamos a fechar a Raposo, um pouco mais à frente. Fechamos o trânsito e seguramos até uma nova chuva de bombas. Voltamos mais um pouco em ato e fechamos a Rua Camargo. Seguramos, resistimos a algumas bombas e fomos voltando pela rua. Fechamos então o cruzamento com a Vital Brasil. Os gritos de “Não Tem Arrego” sempre dando uma confiança coletiva inestimável ao movimento. A resistência era marcada pelas nossas palavras de ordem, nossas vozes se fortaleciam: FORA PM, NÃO À REPRESSÃO. GREVE GERAL, PIQUETE, OCUPAÇÃO!

O ato dispersado acabou resultando em pequenos grupos tentando sumir entre as ruas do Butantã. Onde a PM iniciou uma caça. Atirando de dentro dos carros, miravam em nossas costas. Um tiro de borracha atingiu um companheiro do Território Livre que foi ferido nas costas. Corremos, unidos/as em grupos, em direção à USP. Onde nos encontramos no SINTUSP.

PM atira da janela do carro, alvejando um companheiro do Território Livre. VAI TER VOLTA!

 

No sindicato, o ato havia se tornado uma concentração de pessoas a discutir o que fora aquele ato, os próximos passos, erros e acertos do dia, admiração pela resistência coletiva, preocupação com companheiras e companheiros feridos/as… Mas, principalmente, sobre como libertaríamos nosso companheiro detido. O SINTUSP acionou seus advogados e estávamos a postos para realizarmos outro ato em frente ao DP se fosse necessário.

Felizmente o companheiro foi libertado após algumas horas. Mas não esqueceremos sua prisão brutal. Não esqueceremos sua ida do DP ao hospital devido à agressão policial, precisando depois voltar ao DP para depor. Não esqueceremos das companheiras agredidas e do tiro pelas costas do companheiro de luta. Não esqueceremos do quanto tivemos que correr da caça policial. Mas nos espelharemos na resistência das companheiras frente ao spray de pimenta do verme armado. Na resistência da companheira do Rizoma, dando guarda-chuvadas e socos no mesmo policial que as agrediam. Na resistência de cada corte de rua daquele dia, frente a todas as bombas e balas.

É importante frisar, dia 29 de Maio, ao lado de sua importância enquanto paralisação nacional contra a terceirização e o ajuste fiscal, para todos nós que estávamos naquele ato, foi também uma expressão de força de nosso movimento contra a repressão, onde lado a lado, entre correntes, organizações e independentes, resistimos levantando uns/umas aos/às outros/as quando tombávamos.

A luta ensina. Dentre todas as lições de sua realidade, ela nos ensina a confiar cada vez mais em nossas companheiras e companheiros. Nos ensina a ganhar força admirando as ações destas e destes, de bravura e solidariedade. Nos ensina a acreditar cada vez mais na possibilidade de vitória. Pois, estando lado a lado camaradas, a vitória está cada vez mais próxima!

E a cada passo dado na luta, deixamos claro àqueles que duvidam: NÃO TEM ARREGO!

A cada passo dado na luta, deixamos cada vez mais claro àqueles que duvidam: NÃO TEM ARREGO.

Nota de apoio às/aos 31 estudantes sindicados da UNESP de Rio Claro

10406649_645329502235617_4839825171735395760_nEm 2014, estudantes da UNESP de Rio Claro lutavam por melhores condições de estudo exigindo permanência estudantil, já que as vagas na moradia estudantil de Rio Claro não eram suficientes para atender a demanda daquele momento. As poucas vagas que existiam encontravam-se (e ainda se encontram) em estado extremamente precário, alojando mais estudantes do que o suportável chegando ao ponto de várias/os delas/es terem de dormir no chão por falta de cama e quartos.

Diante dessa situação, as/os estudantes da Unesp se mobilizaram e ocuparam a diretoria do Instituto de Biociências de Rio Claro e tentaram iniciar um processo de negociação com a reitoria, mas a mesma se posicionou contra o diálogo, e logo entrou com a reintegração de posse do local, colocando a policia dentro da universidade para reprimir as/os estudantes que lutavam por melhores condições. As/os estudantes, sabendo da reintegração de posse, retiraram-se da ocupação antes da chegada da repressão.

Passados alguns meses, logo após a revogação das 17 expulsões das/dos estudantes de Araraquara, a reitoria da UNESP volta a atacar, e agora está sindicando 31 estudantes sem prova alguma de sua participação na ocupação, sustentando ainda que os estudantes teriam furtado coisas do Instituto ocupado.

Por isso nós, do Rizoma, repudiamos essas medidas adotadas pela diretoria da UNESP e nos posicionamos contra todo e qualquer ataque às/aos estudantes que lutam por melhores condições de estudo e permanência!

Todo apoio às/aos 31 estudantes sindicados da UNESP de Rio Claro!

Nenhuma punição vai passar!

PERMANÊNCIA ESTUDANTIL JÁ!

Greve na UFF! Todo apoio ao levante nas universidades federais!

Na quinta-feira, dia 21 de maio, trabalhador_s, professor_s e estudantes decidiram pela greve unificada da Universidade Federal Fluminense (UFF) a começar no dia 28/05.

A UFF passa por uma situação gravíssima, funcionári_s tercerizad_s trabalham em regime de escravidão sem receber salários ou recebendo-os com um mês de atraso, só conseguindo através de piquetes e paralisações, criminalizados pela Reitoria com perseguições a grevistas. O Hospital Universitário Antônio Pedro é sucateado, não atende a população e sofre com um processo de privatização pela EBSERH. O Prédio de Biologia corre risco de desabamento e as obras dos prédios novos, praticamente prontos ainda demoram eternidades para serem finalizados. O curso de Serviço Social está sendo atacado pelo MEC, sem nenhuma nova vaga para a população (calouros) durante esse ano. O Bandejão do Campus da Praia Vermelha está fechado desde o começo do ano e o bandejão do gragoatá sofre com quilométricas filas e super-exploração d_s trabalhador_s. Os campi do interior permanecem sem bandejões, sem moradia e sem sala de aula, a moradia do Gragoatá não abriga nem 300 dos milhares de alunos da UFF e funciona como uma prisão, sem alimentação no fim-de-semana (com bandejão fechado), sem direito a visitas a noite e constante vigilância e repressão. Dessa forma, a taxa de evasão é gritante e a universidade se fecha a_s estudantes da classe trabalhadora.

A UFF passa por uma crise orçamentária sem o repasse do governo federal, e opta por cortar os gastos não pagando salários de trabalhador_s nem bolsas estudantis.

Mas trabalhador_s e estudantes já deixaram claro, não vão pagar pela crise! É com greve unificada com _s trabalhador_s, radicalizada com piquete e ocupação que escolheram derrotar a Reitoria e o Governo, contra a precarização, tercerização e privatização, por salários e permanência estudantil, é preciso lutar e construir a greve geral, junto com a UERJ paralisada e a UFRJ que depois de 8 dias de ocupação teve uma parcela de sua demanda de assistência estudantil atendida. É com essa vitória que reafirmamos a necessidade de lutar para conquistar!

Na assembleia do dia 21 também foi decidido – com ampla maioria – pela sua dissolução do DCE em tempo de greve e pela construção do comando de greve organizado desde as bases e através da democracia direta!

OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER TODO APOIO A GREVE NA UFF, CONSTRUIR A GREVE GERAL NO RIO DE JANEIRO E NAS FEDERAIS!

Assembleia estudantil na UFF – 21/05/2015