Reuniões Abertas 2014 – CA’s e Espaços Estudantis

Galera, fiquem atentos às primeiras reuniões abertas dos Centros Acadêmicos de seus cursos. As/os calouras/os são muito bem-vindas/os!

A maioria delas acontece essa semana.

Segue o calendário desse fim de fevereiro pré-carnavalesco:

25/FEVTERÇA – Reunião aberta CEGE – 18h – Espaço Aquário

– Reunião aberta CAHIS – 18h – CAHIS

26/FEVQUARTA – Plenária sobre o trancamento das salas de aula (CAELL) – 12h e 18h – Sala 102 da letras

                               – Grupo de Estudos Libertários – 18h – Cahis

27/FEVQUINTAAssembléia ordinária dos estudantes de letras (caráter explicativo) – 12h e 18h – Frente ao prédio da letras.

                               – Fórum Espaço Aquário (ABERTO!) – 18h – Espaço Aquário

 

 

Quem se importa com a morte de mais um José?

Por Negro Belchior 

“Mandaram meu filho ajoelhar e o assassinaram”

A frase acima é do pai da vítima, o senhor que você vê na foto, que afirma que o rapaz foi assassinado por PMs. Revoltados, moradores incendiaram dois ônibus e fecharam via na Zona Norte do Rio

Mais uma operação da Polícia Militar carioca, agora no Morro São João, no Engenho Novo, terminou com a morte de um civil – um jovem negro, para não fugir a regra. Na noite desta quarta-feira, José Carlos Lopes Junior, de 19 anos, teria sido sumariamente executado por policiais militares – segundo relatos de moradores publicados pelo jornal carioca O Dia. Após essa ação da PM, dezenas de moradores da favela, que conta com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde janeiro de 2011, fecharam o acesso principal e incendiaram dois ônibus.

O pai da vítima, José Carlos Lopes, afirmou o seguinte ao jornal:  Mandaram meu filho ajoelhar e o assassinaram. Que polícia é essa? Por isso que sumiram com o Amarildo e não acontece nada”.

E o Rio sangra…

Há muitos anos movimentos sociais brasileiros e organizações internacionais denunciam a política de segurança e a permanente ação genocida das polícias no Rio de Janeiro e de todo o país.

O Estado e suas polícias – que são inclusive glamourizadas no cinema — têm suas ações legitimadas pelos grandes meios de comunicação que repetem o discurso sobre a necessidade de se garantir a segurança do “cidadão de bem”, além de contribuir para que a violência seja considerado algo natural, desde que por uma suposta legítima defesa e, também, é claro, desde que dirigida a um alvo determinado – e aí os “alvos” são, quase sempre, não por acaso, pobres e pretos.

Quem se importa com a morte de mais um José?

Que grande jornal televisivo cobrirá a dor da família?

A “opinião pública” vai exigir uma caça ao vivo e em tomadas cinematográficas do suspeito pelo assassinato de José?

Debateremos leis mais severas para coibir a ação dos assassinos a serviço do estado?

Ouviremos discursos emocionados de âncoras nos telejornais das grandes redes de televisão?

Especialistas analisarão, em horário nobre, a fragilidade de uma democracia que promove com seu aparato armado, uma carnificina muito maior que a registrada em nossas duas ditaduras civil-militares?

A Polícia Federal será acionada para encontrar, seja onde for, o “foragido”?

Ah, ele não está foragido! O fardado que apertou o gatilho será comemorado e ganhará mais status em sua corporação.

E logo virão as cenas do próximo capítulo…

E a poesia dos Racionais…  cada dia mais sentido faz!

 “Recebe o mérito, a farda, que pratica o mal.

Me vê , pobre, preso ou morto, Já é cultural”.

Racionais