Nota contra a condenação de Rafael Braga Vieira

No dia 04/12 tomamos conhecimento da condenação de Rafael Braga Vieira a 5 anos de prisão. Essa decisão parte do pressuposto de que o morador de rua e catador de latinhas portava dois coquitéis molotov durante o ato do dia 20 de Junho. A repressão é a ação primeira que o Estado e o Capital buscam frente ao recrudescimento da luta de classes e à ações contestatórias do sistema. Não à toa, a radicalização das lutas travadas a partir de Junho vieram acompanhadas de um número cada vez maior de prisões e detenções, sendo a mensagem sempre muito clara: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come!”.
No entanto, se o critério para essas apreensões partiam da superficialidade do: se está na rua já é um potencial perigo; não há dúvidas de que a partir disso “novas” características começaram a ser agregadas para diferenciar xs diversxs manifestantes: é black block? é vandalx? é pretx, pobre? E o caso de Rafael é só mais uma ilustração do modus operandi dxs de acima, a evidenciação do caráter de classe da justiça burguesa e dos seus aparatos. Morador de rua, catador de latinhas, duas garrafas e uma condenação a 5 anos de prisão, a primeira condenação dxs detidxs nos atos de Junho. Como sempre, a corda estoura no lado mais fraco, no alvo mais fácil, na resposta mais “óbvia”. Afinal, quem reclamará por mais umx moradxr de rua presx? Ainda mais um que já tem passagens pela polícia?
A decisão da justiça nada mais é do que a afirmação da política do Governo e dxs Capitalistas no que concerne às lutas e à pobreza: lutar é crime e ser pobre também; e se for ambas as coisas, lutadorx e pobre, é duas vezes criminosx. Nesse momento não importa que cabe ao/à acusadorx o ônus da prova, que todxs somos inocentes até que se prove o contrário, se fugir do padrão brancx classe média/alta, a sua sentença já está carimbada em sua testa: REPRESSÃO!
É necessário termos isso em mente para as lutas futuras, a irresponsabilidade e a falta de solidariedade não é um luxo que podemos ter. Todx companheirx presx, condenadx, reprimidx, tem de ser apoiadx. Todx compa que cai é umx a menos em nossa luta e em nossas fileiras, é umx a mais nas estatisticas do IBGE e uma nova notícia para a mída burguesa. Não devemos, e não podemos de forma alguma abandonar aquelxs que com nós lutaram e lutarão, não podemos de forma alguma aceitar caladxs o avanço da repressão e a reafirmação da política de nossxs inimigxs!

Abaixo a repressão!
Liberdade à todxs xs lutadorxs!
À luta!

Campanha de arrecadação para reconstrução do Parque Vermelhão – Moinho Vivo

Divulgando:

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Convidamos a todas e todos a participar do lançamento de nossa campanha independente de arrecadação de recursos para construção do Parque Vermelhão! Uma parceria entre o Movimento Moinho Vivo e a Comboio.


– Dia 14/12/13, a partir das 10h na Casa Pública. Iniciaremos o dia com um plantio de mudas no entorno do parque e em seguida faremos um almoço coletivo (tragam comidas e bebidas).

– Lista de materiais: planta, terra, vasos, cimento, areia, pedrisco, tijolo, vergalhões de ferro, madeira, pregos, tela de galinheiro, luvas, tinta, pneus, cordas…etc

– Lista de ferramentas: carrinho de mão, enxada, pá, cavadeira, colher de pedreiro, maquita (serra de corte elétrica), serra tico-tico, lixadeira.

Esses são os materiais e ferramentas dos quais nós ainda não dispomos, caso tenha algo que deseje doar e que não esteja na lista entre em contato conosco. Aceitamos também usados.

Assista o vídeo: http://youtu.be/Yqn1yT1xeFM

Histórico do “Vermelhão”

‘Vermelhão” foi o nome dado pelos moradores ao espaço que era usado pelas crianças do Moinho como área de lazer. Hoje esse espaço virou depósito de lixo, entulho e cinzas do último grande incêndio em setembro de 2012. Juntos iremos re_construir e potencializar esse importante espaço público.

O Parque Vermelhão é uma extensão e um desdobramento direto da Casa Pública, que desde junho/2013 serve como um importante espaço aglutinador, articulador e potencializador de diversos agentes políticos/culturais internos e externos à comunidade. A Casa Pública, por sua vez é resultado da residência artística como um extenso processo de vivência e pesquisa realizado desde setembro/2012 e foi construída em parceria com catadores e moradores, utilizando-se das tecnologias locais, dos recursos disponíveis na comunidade e dos dejetos da cidade. O custo total da Casa foi de R$ 600,00 que conseguimos arrecadar também de maneira independente.

Chegamos então na segunda fase do projeto e para dar continuidade optamos por abrir mão (ao menos como ponto de partida) dos modelos de financiamento tradicionais, tais como editais públicos ou privados. Optamos também por uma maneira alternativa às plataformas existentes de financiamento colaborativo pela internet. Propomos então o financiamento popular/direto, sem intermediários, das pessoas para as pessoas. Junto ao início da segunda fase estamos lançando também a Cooperativa Moinho Vivo que já está vendendo camisetas do movimento e o dinheiro arrecadado será revertido para construção do Parque Vermelhão!

A construção do Parque se dará portanto através de quatro frentes:

1ª_ Mobilização dos moradores para materiais e mão de obra.

2ª_ Ativação e mobilização dos serviços e agentes da Prefeitura, como: Agentes ambientais (PAVS); Agentes de saúde (UBS); Serviços de limpeza, retirada de entulho e cata-bagulho (Sub-Prefeitura)

3ª_ Financiamento Popular: Doação de recursos financeiros e materiais.

4ª_ Venda de camisetas do Movimento Moinho Vivo

TRANSPARÊNCIA: Todo e qualquer recurso terá sua utilização e arrecadação registrada e comprovada. As notas ficais e o registro de todo o processo estarão disponíveis para consulta tanto na internet, quanto na Casa Pública.

Colabore doando materiais de construção e ferramentas.

Se você deseja colaborar, mande-nos uma mensagem inbox ou um email para: projetocomboio@gmail.com ou acesse também: facebook.com/comboiocidadelivre

Comboio_Favela do Moinho – nov/2013

Movimento Organizado Moinho Vivo

 

#NóisPorNóis!

#FavelaDoMoinhoResiste!

#ContraEspeculaçãoImobiliária

#PorTodasAsFavelasDoBrasil!

#LutasAutônomas!

#PoderPopular!

(A)

http://www.midianegra.net/post/69625202299/campanha-independente-de-arrecadacao-de-recursos-para

O Apartheid brasileiro está nu! Sobre os ditos “arrastões” em shoppings

Retirado de: https://badernamidiatica.milharal.org/o-apartheid-brasileiro-esta-nu-sobre-os-ditos-arrastoes-em-shoppings/

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Multiplicam-se nas redes sociais os “rolezinhos” de jovens das periferias para transformar corredores e estacionamentos de shopping centers em bailes funk improvisados.

Os “rolezinhos” são chamados de “invasões” ou “arrastões” pela mídia corporativa.

“Invasão”, no vocabulário da mídia, ocorre sempre que um ou mais pobres e negros se deslocam para um lugar onde “não deveriam estar”, pois numa sociedade segregada há lugares definidos para os diferentes segmentos sociais e raciais.

Já “arrastão” ocorre quando são centenas ou milhares de pobres e negros reunidos onde “não deveriam estar”. Pode ser um shopping ou uma praia de bacana.

Originalmente, “arrastão” era um tipo de crime violento. A estratégia da mídia é a de fazer confundir com assaltos em série a simples reunião de jovens da periferia que, com a criminalização dos bailes funk, decidiu se encontrar nos shoppings e improvisar seus eventos convocados pelo facebook.

Se a rua esta sendo vedada a eles, nada mais natural que achar um novo espaço.

Se quem pede que a rua seja vedada a eles frequenta o shopping, nada mais natural que este novo espaço seja o shopping, onde vão incomodar uma parte dos que devem ser incomodados.

Segregação explícita: próxima moda nos shoppings brasileiros?

Segregação explícita: próxima moda nos shoppings brasileiros?

Com essa atitude de jovens badernistas, o apartheid brasileiro se torna mais visível. Os shoppings daqui já não estão longe de usar aquelas placas “Whites Only” do Sul dos EUA e isso vai ser ainda mais descarado se essa onda de “rolezinhos” ocorrer. Ao mesmo tempo, a violência policial vai se estender para o interior e entorno dos shoppings, como já ocorreu em Vitória e em Itaquera (São Paulo).

A cena é comum em outros espaços, mas de forma alguma no templo dos consumidores endinheirados.

Vitória (ES): a cena brutal é comum em outros espaços, mas de forma alguma no templo dos consumidores endinheirados. Numa sociedade espacialmente segregada entre classes e raças, a aproximação é encarada como invasão de bárbaros

Ou seja, uma derrota, ainda que pequena, da tradição de segregação velada, que esconde e dissimula o confronto, jogando a violência pra periferia.

Só dá pra combater o que é visível.

Que se jogue o apartheid na cara de todos.

Que o confronto seja aberto.

A onda, ao que parece, virá. Se a repressão comer solta como (sempre) promete, é possível que se faça jus ao rótulo de “arrastão” que a mídia quer colar nesses eventos. Dispersar violentamente uma multidão em meio a um templo do consumo teria provavelmente este efeito, afinal trata-se de uma multidão de pessoas formadas como consumidoras sem que tivessem dinheiro para se realizarem como tais.

Neste caso, que ao menos se possa dizer que o fim de ano foi melhor pra muita gente.

Apoio e informes sobre a mobilização estudantil na E.E. Manuel Alves de Lima

INFORMES:

Saiba o que está ocorrendo na EE Manuel alves de Lima: katu.milharal.org/2013/12/04/nota-de-apoio-aos-estudantes-da-ee-antonio-manuel-alves-de-lima-que-dizem-nao-aos-muros

Informe de hoje (!)

“Hoje, dia 9/12, os alunos fizeram um ato dentro da escola. A direção chamou a PM para retirar os alunos, usando a desculpa que hoje eram os conselhos de classe, por isso, eles não poderiam ficar ali. Houve agressão verbal por parte da polícia e empurra-empurra. Em nenhum momento a direção se colocou lá, para auxiliar ou, pelo menos, mediar a situação entre os alunos e a polícia. Amanhã haverá uma reunião aberta para se discutir isso.

Segue o comunicado oficial: Amanhã, dia internacional da Declaração Universal dos Direitos Humanos, estaremos na Fundação Julita, defendendo os direitos dos Estudantes da Escola Estadual Antonio Manoel Alves De Lima, em Reunião aberta para tratar do Muro da Vergonha. Segue a convocação da Comissão de Pais, alunos e sociedade civil organizada:

A comissão de estudantes, pais e sociedade civil organizada, da E.E. Antonio Manoel A. de Lima convoca todos pais, estudantes, professores, direção e membros da comunidade para a reunião, dia 10/12, as 10h30, na sede social da Fundação Julita, situada a Rua: Nova do Tuparoquera, 117, para discutir: 1) a violação dos direitos dos estudantes em participação política dentro da escola; 2) uso de droga e opressão na escola; 3) outras alternativas possíveis e não o muro; 4) denuncia de violação de direitos humanos; 5) Encaminhamentos.

APOIO:

Carta aberta às e aos estudantes da E.E. Manuel Alves de Lima:

Estudantes da Escola Estadual Manuel Alves de Lima, há poucos dias começamos a perceber pela internet a mobilização que iniciava-se na escola de vocês; uma mobilização que mostra um claro interesse pela participação política nas decisões que se referem ao espaço escolar.

Nós estamos longe, mas gostaríamos de dizer algumas coisas a todas/os vocês:

Nós somos um coletivo de estudantes que fazem faculdade na USP. Nos organizamos em um grupo aqui em nossa universidade, pois sabemos que, apesar de ser uma instituição pública, ela está a serviço de um mundo baseado em opressões e interesses comerciais. Nós sabemos que a Universidade de São Paulo exclui todas/os nossas/os companheiras/os pobres, negras/os e periféricas. São poucas as pessoas que conseguem entrar em uma universidade pública, pois o vestibular foi criado para que apenas as/os ricas/os tivessem acesso ao ensino superior. Nós lutamos por uma outra universidade, por um outro conhecimento que sirva para nos emancipar e não nos aprisionar. Por isso nos identificamos com a luta de vocês!

Primeiro gostaríamos de parabenizar a iniciativa e a atuação coletiva que vocês estão tendo. Juntas e juntos somos mais fortes e é nossa união que faz com que consigamos seguir avançando. Vocês podem nem imaginar, mas muita gente está acompanhando cada passo da luta de vocês, tanto aquelas/es que sentem-se ameaçadas/os quanto aquelas/es que vibram a cada passo dado pelas/os estudantes.

Escolas não deveriam ser prisões, mas a todo dia tentam nos tornar pessoas dóceis e submissas para que nunca nos levantemos e questionemos aquilo que discordamos. Resistam! O caminho não é o dos mais fáceis, algumas batalhas iremos perder, mas se vocês seguirem organizadas/os serão mais fortes.

Estamos à disposição para o que vocês precisarem, não hesitem em divulgar para todo o mundo o que vocês estão fazendo, suas vitórias, angústias e próximos passos. Se tem uma coisa que funciona muito bem entre nós, as/os que resistem, é nossa solidariedade. Tentem, sempre que possível, manter um canal de comunicação para vocês conseguirem avisar o que está acontecendo e para que as pessoas saibam onde procurar informações sobre a mobilização na escola. Escrevam o que vocês estão achando disso tudo, contem cada notícia nova, compartilhem e difundam informação. Isto é importante para quem está de fora, mas também é importante para deixar registrado na história que a construção do muro na EE Manuel Alves de Lima foi feita sem consultar as/os estudantes e que estas/es não se calaram. É importante mantermos viva a história de nossas resistências.

Agora chega de carta imensa porque com certeza vocês estão na maior correria por aí.
Fiquem com nossos abraços,
Rizoma

Links com mais informes:

Centro de Mídia Independente:
midiaindependente.org/pt/blue/2013/12/527078.shtml
midiaindependente.org/pt/blue/2013/12/527009.shtml

Coletivo Katu
katu.milharal.org/2013/12/04/nota-de-apoio-aos-estudantes-da-ee-antonio-manuel-alves-de-lima-que-dizem-nao-aos-muros

União Campo, Cidade e Floresta
uniaocampocidadeefloresta.wordpress.com/2013/12/03/a-direcao-da-escola-estadual-antonio-manoel-alves-de-lima

Carta aberta de Suzane Jardim

Divulgamos aqui a carta aberta escrita por Suzane Jardim, companheira que foi arremessada do 4º andar por um homem que sentiu-se no direito de tentar matá-la pelo simples fato de SER MULHER. Manifestamos nosso total apoio e admiração pela força com que Suzane tem lidado com toda esta situação.

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“Hoje é dia 05 de dezembro. Aniversário de 21 de uma das pessoas que mais amo em minha vida, minha irmã Suzi. Mas não passarei a data ao lado dela e sim, lembrando de como agora há pouco o Seu Sebastião, velhinho boa praça que chegou ontem, morrer no leito ao meu lado após mais de uma hora de esforço médico. Ele foi o segundo que vi falecer desde que fui internada no dia 30 em estado gravíssimo. Após ser jogada do quarto andar de um prédio… Mas esse texto não é sobre meu dia a dia no hospital, toda a minha dor e tudo que perderei nos dias longos que ficarei aqui. O assunto é outro.

Vamos a ele:
Uma bela noite resolvi transar com um homem que eu já havia ficado duas vezes. Senti vontade/tesão e essa é a minha única justificativa e acho que é boa o suficiente pois era algo mútuo e só dizia respeito a nós dois. Após uma longa noite, resolvi confrontar o homem por seu agir, sua fala desrespeitosa, direcionada a mim e a outras mulheres, suas ameaças e sua fala possessiva.

Não foi romântica a nossa primeira vez. Não houve uma discussão frutífera de como ele era uma arma opressora criada pelo patriarcado. Não mandei o meu recado como queria. Apenas cai da janela do quarto empurrada por ele.
Sou solteira. Fui mãe aos 17 anos. Não tenho vontade de casar. Não sou hétero. Sou negra. Desempregada. Tenho problemas psiquiátricos. Falo alto. Danço na rua. Bebo. Fumo. Gosto de sexo. Sou mulher – Se eu não soubesse que ser uma mulher com algumas ou todas essas características faz com que pessoas por aí pensem: “ Deve ter feito algo para o cara ter feito isso” “A história esta mal contada” “ Ela não é santa, deve ter merecido” esse texto não teria porque ser escrito.

Sou um número apenas. Estatisticamente falando, não represento nada. Sei que milhões de mulheres no mundo são humilhadas, oprimidas, violentadas e mortas todos os dias. Sei que ainda mais. Sei que a sociedade contraditoriamente classifica o cara que amamos, casamos, vivemos, transamos desejamos, de “criminoso passional” após ele ter se tornado nosso estuprador, violentador, opressor, assassino (ou quase assassino no meu caso), somente monta um leito confortável e longe dos holofotes para o machismo se esconder – o machismo serve ao sistema e vice-versa e o amor, esse não mata nem oprime.

Entenda a diferença:
1- Jogar qualquer ser humano da janela de um prédio constitui tentativa de homicídio
2- Jogar uma mulher com qual você homem acaba de transar da janela de um prédio, exatamente no momento em que ela joga seu machismo em sua cara e demonstra não ter medo de você na frente de outra mulher é tentativa de homicídio, sexismo, demonstração de superioridade masculina, ameaça para garotas presentes, crime de ódio.
Machismo, isso sim mata e vai continuar fazendo se não gritarmos e lutarmos por nosso simples direito de não sermos violentadas e mortas impunemente.
Autorizei e pedi que amigxs e familiares divulgassem ao máximo meu caso pois vi nele, na improbabilidade da minha sobrevivência e na monstruosidade desse crime, a chance de abrir seus olhos, mulher.

Se você também quer o direito de contestar o que te dói, se quer respeito de seus amigos e parceiros, se quer apenas igualdade, o direito de ser alguém livre e digna, saiba que você o tem desde que nasceu com garantia de que não será exterminada!
Meu direito foi tomado sem permissão e várias liberdades que tinha foram restritas por esse ato: estou presa a uma cama de hospital, com movimentos ultra limitados, fraturas de estado grave, não posso ver ou falar com meu filho, tenho que usar fraldas, após a operações – o que levará meses – carregarei sequelas para toda a vida…Mas sobrevivi e nunca mais me calarão ou poderão tentar achando que minha voz se perderá ao se encontrar com a de milhões.

Não aguarde os extremos!
Imponha-se! Se expresse!
Denuncie! Faço-os ver que não aceitaremos mais o machismo passivamente!
Que a justiça e a lei pensem na mulher!
Sobreviva e lute!

Chorei de alegria em saber que as páginas que curto, pessoas que admiro etc ajudaram o caso a se tornar público. A TV e outras mídias podem fazer suas edições, mas essa carta foi feita para mostrar minha real intenção, minhas reais alegrias e quem realmente agradeço: Quem esta comigo na luta – MACHISTAS NÃO PASSARÃO!
Confesso que não iniciei isso com otimismo ou pensando que teria uma hashtag com meu nome, mas já que assim foi, só agradeço e deixo o último recado amigo a todas as mulheres, amigas e companheiras:

– Não esperem que te lancem em queda livre, mas caso aconteça, aproveite a brisa e aprenda a voar!”