Ocupantes do bloco A são expulsos sem mandado judicial

retirado de: http://retomadacrusp.wordpress.com/2012/12/23/ocupantes-do-bloco-a-sao-expulsos-sem-mandado-judicial/

Agentes de segurança do Crusp e da guarda universitária expulsaram ontem, sábado, os moradores do apartamento 102 do bloco A. Os agentes não portavam mandado judicial para efetuar o despejo. A seção de manutenção do Crusp trocou o segredo da porta e os moradores estão sem local para dormir e com seus pertences presos lá dentro. A estudante Amanda Freire, que morava neste apartamento com seu filho de um ano, já havia sido expulsa mesmo com recursos ainda não julgados na Justiça. Amanda foi uma das estudantes “eliminadas” por processo administrativo da USP, em razão de sua militância por permanência estudantil. A juíza Alexandra Fuchs de Araújo, no mandado de segurança que reintegrou Yves Sousedo ao curso de Geografia, caracterizou como “eivado de vícios” o processo administrativo que o expulsara e identificou razões políticas nas expulsões dos estudantes.

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Postagens antigas sobre o bloco A:

Nota sobre a reintegração de posse do apartamento 102 do bloco A do CRUSP, de Amanda Freire (lançada 01/10 por diversos grupos) – https://rizoma.milharal.org/2012/10/05/nota-sobre-a-reintegracao-de-posse-do-apartamento-102-do-bloco-a-do-crusp-de-amanda-freire-por-diversos-grupos/

Vigília no bloco A! Contra o despejo de Amanda e seu filho do CRUSP. – https://rizoma.milharal.org/2012/10/04/vigilia-no-bloco-a-contra-o-despejo-de-amanda-e-seu-filho-do-crusp/

Ato-vigilia contra o despejo no CRUSP – https://rizoma.milharal.org/2012/09/27/ato-vigilia-contra-o-despejo-no-crusp/

Alerta! Alerta! Canil demolido!!!

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INTERTEXTO

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht
(desculpem o poema já batido…)

A crítica à legalidade (Por Rodrigo Neves)

Por Rodrigo Neves em 11/12/2012 na edição 724

“A rádio Várzea é um espaço de resistência, mas, sobretudo, de reexistência. Não estamos apenas interessados em negar esse sistema moribundo, nossa luta também é propositiva, da reinvenção da vida, da transmissão criativa”.

É dessa maneira que a rádio Várzea Livre se descreve em um dos seus vários manifestos. Ocupando a frequência 107,1 FM, hoje só é possível ouvi-la dentro do prédio da História e Geografia, na Universidade de São Paulo. Há pouco mais de um ano, era possível escutá-la por toda a universidade, até a Marginal do Rio Pinheiros.

A rádio livre foi criada por estudantes da USP em 2002, durante uma greve por melhores condições de ensino. Desde então, a Várzea é autogerida por estudantes de distintas unidades da USP, emitindo sua programação a partir de uma pequena sala na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

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Ataque a Rádio Muda! (Comunicado)

Na manhã de domingo do dia 16 de dezembro de 2012 mais uma vez os Piratas Federais saquearam a Rádio Muda FM – 88,5 MHz em Campinas-SP, uma rádio livre. Levaram apenas o nosso transmissor mas nunca nos impedirão de comunicar.

Novamente de forma sorrateira e clandestina, os agentes do aparato repressivo do Estado entraram no estúdio violando o livre direito de expressão e comunicação exercido pelas rádios livres.

Já falamos mas nunca é demais repetir: o artigo quinto da Constituição garante a liberdade de expressão. Transmitir pelas ondas eletromagnéticas e se comunicar através do ar não é crime. Mas o Estado continua insistindo em infringir sua própria Carta Magna, contrariando a democracia que defende. Logo perguntamos: que democracia é essa?

A Rádio Muda existe há quase 30 anos. De lá pra cá, já sofremos muitas investidas da Polícia Federal e Anatel. O placar mudou: 3 para a Rádio Muda e 2 para a Anatel.

 

Levaram nosso transmissor, mas não nossa voz. Em breve retornaremos ao ar. A livre comunicação continua, não apenas na Rádio Muda, mas em todas as rádios livres espalhadas pelo mundo.

 

Coletivo da Rádio Muda

Que mil mudas floresçam!

 

Carta aberta aos apoiadores do assentamento Milton Santos

retirado de: http://passapalavra.info/?p=69415

O Assentamento Milton Santos está em perigo. Será que a militância do MST consegue dimensionar os impactos do possível precedente diante do qual está colocada? Por Passa Palavra

 

São sessenta e oito famílias assentadas no Milton Santos. Não se trata de um debate teórico nem uma disputa por espaços políticos. Trata-se de sessenta e oito famílias em luta pela terra. E se essa luta não for vitoriosa, ficará pendente uma grave ameaça sobre todos os assentamentos já constituídos.

O Assentamento Milton Santos só pode ser defendido graças ao apoio de todos. Mas esse apoio de todos significa, pela proporção de forças hoje existente, antes de mais — o apoio do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Ora, qual é a atitude da direção do MST?

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