[URGENTE] Reintegração de posse de terreno ocupado pelo MST em Itapevi é efetuada de forma irregular pela GCM

Saudações compas,

Acabamos de receber o informe de que o terreno que estava ocupado pelo MST em Itapevi acaba de sofrer reintegração de posse. A ação foi efetuada de forma irregular pela GCM e os companheiros estão chamando todos para somar em solidariedade. Quem for chegando na estação da CPTM dá uma ligada para alguém que esteja por lá que informamos diretamente qual o ponto de concentração.

SOMEMOS NA LUTA!

MST e MTST ocupam prédio de sede da ODEBRECHT

Da Página do MST
Mais de 1500 pessoas do MST junto ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam o prédio da empresa Odebrecht, na região do Butantã, zona oeste da cidade de São Paulo, na manhã desta quinta-feira.

A ação construída em conjunto entre os dois movimentos sociais visa denunciar a atuação da empresa que gera impactos à vida da população do campo e da cidade.

No campo brasileiro, por exemplo, a Odebrecht atua no ramo do agronegócio. Uma das áreas de investimento da empresa é o setor sucroalcooleiro, depois de ter comprado a Usina Alcídia, em Teodoro Sampaio, na região do Pontal do Paranapanema (SP).
Junto a isso, a ETH Bioenergia, empresa da Organização Odebrecht, tem participação acionária na japonesa Sojitz Corporation – trading multinacional que atua na comercialização de commodities, atuando de forma integrada na produção, logística e comercialização de açúcar, etanol e energia elétrica.
Nesse sentido, os Sem Terra denunciam que o modelo agrícola do agronegócio não representa os interesses do povo brasileiro, já que sua matriz produtiva se baseia em enormes quantidades de agrotóxicos, não respeita o meio ambiente e a biodiversidade, expulsa a população do campo às grandes cidades, concentra grandes extensões de terras e produz em sua maioria commoditties para o mercado externo.
Ao mesmo tempo, a Odebrecht  opera na mesma lógica no meio urbano, com seus grandes empreendimentos imobiliários e de infraestrutura que não correspondem às verdadeiras necessidades da classe trabalhadora.
Para Kelli Mafort, da coordenação nacional do MST, é preciso “acabar com o latifúndio no campo e na cidade, por isso temos que lutar por uma reforma agrária e urbana. Essa luta é um exemplo de que as transformações estruturais que tanto precisamos na nossa sociedade só vão acontecer com a aliança entre os trabalhadores do campo e da cidade”.
Já Guilherme Boulos, do MTST, diz que a construtora faz parte das que mais ganharam com as construções da Copa do Mundo, com condições trabalhistas precárias. “Denunciamos o capital imobiliário e sua consequência à classe trabalhadora. Essa aliança com os Sem Terra é decisiva para o enfrentamento dessas grandes corporações”.
Reunião com governador
Às 9h da manhã desta quarta-feira, uma comitiva de 17 membros do MST se reuniram com o governador Geraldo Alckmin e discutiram a pauta da Reforma Agrária no estado de São Paulo. Continue lendo

Viva aos 30 anos do MST, um dos maiores movimentos sociais do mundo!

 

Por Leonardo Boff
Para a Página do MST

Nesta quarta-feira (22/01), o MST completa 30 anos. O teólogo, filósofo, escritor e amigo do MST Leonardo Boff escreveu o artigo abaixo em homenagem ao MST e à luta pela terra:

Quero me associar a todos os que celebram os 30 anos de resistência, de perseverança, de lutas e de conquistas do MST. Numa perspectiva mais geral, estimo que o MST-Via Campesina é o maior movimento popular organizado do mundo.

Tantos foram difamados, perseguidos, presos, torturados e assassinados e vocês nunca baixaram os braços ou arrearam as bandeiras. Continuaram e continuam porque a causa é justa, humanitária e, porque não dizer, divina. É um luta por vida, fundada na Terra, e Deus é o Deus vivo e o “soberano amante da vida”, como dizem as Escrituras judaico-cristãs.
Vocês resgatam uma das mais ancestrais convicções da Humanidade: a Terra é um bem comum, vital, universal para todos os seus habitantes. Apropriar-se dela, dividí-la e ofendê-la pela excessiva exploração sempre foi considerado um roubo, uma apropriação indébita e um crime de ofensa à dignidade da Mãe Terra.
Vocês estão recuperando este valor universal, e baixar da cruz uma Terra crucificada para que ela possa ressuscitar e nos dar tudo o que sempre nos deu: vida e os meios da vida.
O sonho do MST nunca foi pequeno: a Reforma Agrária ou políticas agrárias mais justas e equitativas. O sonho sempre foi grande: fazer que a Terra possa acolher a todos para nela trabalhar e viver, no respeito a seus limites e possibilidades para nós e para nossos filhos e netos.
O sonho continua de uma nova Terra na qual habitam seres que se sentem filhos e filhas da alegria e não condenados à exclusão e escravos de necessidades.
Nada resiste à luta perseverante. Quem na noite continua acreditando no sol, este o verá brilhante e generoso nascendo de manhã.
Vocês do MST nos dão o exemplo desta perseverança e desta fé imorredoura do Sol que vai despontar para vocês e para todos nós.
Quero ser como sempre fui: um companheiro de caminhada, solidário nas
tribulações e participante das vitórias.

Carta aberta aos apoiadores do assentamento Milton Santos

retirado de: http://passapalavra.info/?p=69415

O Assentamento Milton Santos está em perigo. Será que a militância do MST consegue dimensionar os impactos do possível precedente diante do qual está colocada? Por Passa Palavra

 

São sessenta e oito famílias assentadas no Milton Santos. Não se trata de um debate teórico nem uma disputa por espaços políticos. Trata-se de sessenta e oito famílias em luta pela terra. E se essa luta não for vitoriosa, ficará pendente uma grave ameaça sobre todos os assentamentos já constituídos.

O Assentamento Milton Santos só pode ser defendido graças ao apoio de todos. Mas esse apoio de todos significa, pela proporção de forças hoje existente, antes de mais — o apoio do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Ora, qual é a atitude da direção do MST?

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