Não creditem nada aos meios de comunicação que se empenham constantemente em deslegitimar a nossa querida, velha e sofrida periferia. (por Yuri Polvilho)

Pedirei, apesar do grande texto que escrevi, aos meus amigos não informados na totalidade acerca do que acontece na USP leiam:

Não creditem nada aos meios de comunicação que se empenham constantemente em deslegitimar a nossa querida, velha e sofrida periferia.

Os meios de comunicação possuem sim pessoas em seu comando e que cumprem um papel dentro de nossa sociedade hierarquizada e da divisão produtiva e social existente dentro de nosso território, ou seja, assim como qualquer discurso, não possuem neutralidade, acrescentando o fato de nas mãos da grande mídia esse discurso se portar como um interesse exclusivo objetivado em mascarar as verdadeiras relações das coisas.

Quanto ao “TÚNEL” encontrado na comunidade da São Remo, tenho toda a certeza de que se trata de mais uma jogada que já vem acontecendo há alguns meses, como interesse da Gestão do REITOR João Grandino Rodas, escolhido pelo governador Geraldo Alckmin –sim, o mesmo do Massacre do PINHEIRINHO e dos despejos violentos aos moradores ocupantes de imóveis abandonados do centro –, em total alinhamento com a política de/para ELITE do PSDB. RODAS pretende e já lança um projeto de “REURBANIZAÇÃO” da comunidade da São Remo, já relembrando a chegada de eventos internacionais como a Copa e Olimpíadas e a grande valorização de propriedades e terrenos no bairro do Butantã, que se expressa como um reflexo da ESPECULAÇÃO imobiliária em expansão sob os interesses das grandes Empreiteiras e Elites, tendo como objetivo a expulsão dos pobres das regiões de nova “centralidade”.

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MANIFESTO PELO FIM DOS MASSACRES (por Rede 2 de Outubro)

“O ser humano é descartável no Brasil / como modess usado ou bombril
Cadeia guarda o quê o sistema não quis / esconde o que a novela não diz”
Racionais MCs, “Diário de um Detento”

Em 2 de outubro de 1992, no mínimo 111 homens presos e desarmados foram brutalmente executados por mais de 300 policiais militares fortemente armados, fato nomeado historicamente como o “Massacre do Carandiru”.

Foi o maior massacre da história das penitenciárias brasileiras, só comparável aos grandes massacres indígenas e africanos do período Escravocrata e aos massacres de grandes rebeliões populares ao longo da história do país, como Palmares e Canudos. A exemplo do que ocorreu em relação às prisões, torturas e assassinatos da Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1988), também em relação ao “Massacre do Carandiru”, ocorrido em pleno regime ‘democrático’, operou-se e ainda se opera uma série de medidas para negar às vítimas e à sociedade o direito à memória, à verdade e à justiça.

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Moção de apoio dos estudantes da geografia ao ato ocorrido no dia 20/09

retirado de: http://cegeusp.blogspot.com.br/2012/09/mocao-de-apoio-dos-estudantes-da.html

Os estudantes reunidos em assembleia da geografia no dia 24/09 declaram sua profunda indignação pelo processo antidemocrático de escolha do novo diretor da FFLCH, no qual, em um universo de 15.000 alunos, professores e funcionários, a decisão dos rumos de nossa unidade fica a cargo de uma pequena minoria.
No dia 20/09 os estudantes conseguiram barrar a votação para escolha do diretor da FFLCH programada para aquele dia, a partir de um ato que reuniu cerca de 200 estudantes, contando com a participação do DCE, Centros Acadêmicos, Atlética, Bateria e diversos correntes do movimento estudantil. Tal fato teve o intuito de mostrar o descontentamento dos estudantes pela falta de democracia e diálogo da direção, que sequer deixou que os 5 representantes discentes escolhidos pelos centros acadêmicos de cada curso pudessem acompanhar as eleições.
Acreditamos que essa mobilização estudantil foi um passo fundamental para mostrar a necessidade de se rediscutir a estrutura de poder existente hoje na Universidade, que centra as decisões nas mãos de poucos, sem a participação de fato de estudantes, funcionários e do conjunto dos professores.

 Assembléia dos Estudantes da Geografia.
CEGE (Centro de Estudos Geográfico Capistrano de Abreu)

Nota sobre a reintegração de posse do apartamento 102 do bloco A do CRUSP, de Amanda Freire (lançada 01/10 por diversos grupos)

Não é novidade  o fato de que a questão de moradia/permanência estudantil nunca foi uma prioridade para a administração da USP, sendo o próprio CRUSP uma conquista dos estudantes,

Atualmente, a USP passa por um recrudescimento de seus métodos de repressão, sendo facilmente comparada aos tempos da ditadura. Esse processo já resultou em estudantes e funcionárixs processadxs ou mesmo expulsxs/demitidxs da Universidade.

Hoje, por lutar por uma moradia estudantil eficaz e contra a vigilância colocada em prática pela COSEAS, Amanda Freire, estudante de filosofia, foi expulsa, e agora pretendem realizar a reintegração de posse de seu apartamento (102 do bloco @) – usando, ainda, de uma clara ameaça:se ela não sair “por bem”, irão jogá-la na rua, e chamar o Conselho Tuterlar para ficar com seu filho, que tem menos de 1 ano.A Universidade irá tirar as condições de moradia da estudante, para então afirmar que ela não tem possibilidade de criar a criança.

Vale a pena lembrar que o processo não está encerrado, pois Amanda entrou com um recurso. Dois outros estudantes que passavam pelo mesmo processo conseguiram a reversão da expulsão. A juíza responsável considerou o caso insconstitucional, pois se baseava no regimento disciplinar de 1972, da Ditadura Militar.

Por isso, é importante que nos coloquemos em sua defesa, e de todos aqueles que lutam por um outro projeto de Universidade.

Nós, mulheres, nos organizamos e estamos em vigília durante o dia todo (1/10) – dia para o qual está marcada a reintegração de posse – em frente ao bloco @ do CRUSP. Chamamos todxs para se somar a essa luta, participando das atividades organizadas. Coloquemo-nos ombro a ombro na luta por uma Universidade mais democrática, sem machismo, racismo, homofobia e nenhuma outra forma de opressão.

Frente Feminista da USP
Coletivo Feminista Lélia González
Coletivo Feminista Marias Baderna
DCE livre da USP
AMORCRUSP
Rizoma Tendência Libertária Autonôma
Sujeito Coletivo
Núcleo de Consciência Negra
Coletivo Florestan
Coletivo Pr’Além dos Muros
Coletivo Uma Flor Nasceu na Rua!
Mulheres do Rompendo Amarras
CEGE
Juntas
Juventude às Ruas
Pão e Rosas
Contraponto
CAHIS
Moradia Retomada
Juventude LibRe