Marcha Nacional Contra o Genocídio do Povo Negro

22/08 – às 18h no TEATRO MUNICIPAL

ABAIXO AOS ASSASSINATOS DE JOVENS NEGRXS!
ABAIXO A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS!
ABAIXO A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA!
ABAIXO AO ESTATUTO DO NASCITURO!
ABAIXO O RACISMO INSTITUCIONAL!
ABAIXO PIMESP DO ALCKIMIN!
ABAIXO A VIOLENCIA E ABUSO POLICIAL!
FORA ALCKIMIN!

Vamos construir um dia nacional de mobilização contra o extermínio sistematizado de jovens negrxs e de denúncia ao genocídio da população negra. Em memória às/aos ancestrais que nos ensinaram na história em que é preciso resistir pra superar uma vida interrompida por balas per-furadas nos corpos de jovens faveladxs em sua maioria pretxs. Estes, que morrem não só na mão da polícia com ou sem farda (mílicias), mas pelo racismo institucionalizado nas áreas da saúde (ex. morte materna, onde as negras morrem 6 vezes mais que as mulheres brancas durante o parto), na falta de educação e investimento pra cumprimento da Lei da História da África nas Escolas (lei 10.639) pprque a ausência de uma memória, de nossa história é também uma forma de matar, pelo direito ao acesso às universidades públicas enquanto a gota frente ao mar de reparações que este Estado nos deve e por fim pelo fim da Policia Militar que há tempos desaparecem com “Amarildos” há tempos. Nesse dia de denúncia, SP, BA, RJ juntos contra as mortes e desaparecimentos de jovens negrxs, pobres, moradorxs de periferia cuja existência nessa atual sociabilidade é inferiorizada, é desumana.Chega de racismo!
E exigimos REPARAÇÕES JÁ!

NÃO ESQUECEMOS:
CHACINA DA CANDELÁRIA, MASSACRE DO CARANDIRU, OS 65 INCENDIOS NAS FAVELAS DE SP SEM EXPLICAÇÃO, A VIOLÊNCIA BRUTAL NA DESOCUPAÇÃO DAS FAMÍLIAS DO PINHEIRINHO, FAVELA DO MOINHO E HELIÓPOLIS, NEM ESQUECEREMOS DO GENOCÍDIO INDÍGENA, DAS MORTES DE MAIO DE 2006 PELA PM DE SP, NÃO ESQUECEREMOS JAMAIS!!!

LINKS d estatísticas:
http://revistaforum.com.br/blog/2012/12/mapa-da-violencia-aponta-crescim…
http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2013/07/morrem-24-negros-para-ca…
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/11/ba-tem-maior-numero-de-homicid…
http://mapadaviolencia.org.br/pdf2012/mapa2012_cor.pdf

Mas ae,
#OndeEstáOAmarildo ? #Quem matou Ricardo? #DuduLivre!

#CotasSim!GenocídioNão!
CONHEÇA O PL EM RESPOSTA AO PIMESP DO ALCKIMIN E PARTICIPE DA CAMPANHA PELAS COTAS:
http://frenteprocotasraciaissp.blogspot.com.br/2013/07/coleta-de-assinat…

até novembro pretendemos colher 200mil assinaturas!Simbora!

Discutir branquitude: o calo que me dói

Por Larissa Santiago para o Blogueiras Negras 08 de agosto de 2013

Na última segunda-feira participei de uma conversa que tinha como tema Feminismo Negro e Identidade: para além da transversalidade de gênero e raça. Com uma provocadora incrível (Profª Liana Lewis) e um filósofo mediando a mesa (Prº Sandro Soyão) a Ciranda Filosófica causou também um estranhamento à minha pessoa:  depois de reconhecer seu privilégio e relatar seu cotidiano embaraçoso com os alunos da cadeira Relações Raciais da Universidade de Pernambuco, fiquei querendo saber porque a incrível professora doutora [sem ironia] não preferiu discutir feminismo branco ou branquitude. Quando indagada, ela categoricamente respondeu afirmando ser necessário um estudo relacional: não existe negro sem branco nem branco sem negro.

Mas a profusão de estudos e de debates sobre negritude e a escassez de debates sobre branquitude (embora isso tenha mudado com os estudos sobre whiteness nos EUA) nos faz pensar que os problemas e resquícios do colonialismo só são possíveis de ser enxergados quando todos olhamos para o negro, o “desvio”. Onde fica a discussão da norma?

“Quando pessoas brancas se voltam para o racismo, tendem a vê-lo como um problema de negros e não como um problema que envolve a todos. Assim, brancos podem ver o trabalho antirracista como um ato de compaixão pelo outro, um projeto esporádico, externo, opcional, pouco ligado às suas próprias vidas, e não como um sistema que modela suas experiências diárias e seu sentido de identidade.” (BENTO, 2002a: 49).

Recordado os acontecimentos na Marcha das Vadias de Brasília, uma das questões que foi debatida em grupos específicos foi a discussão da identidade racial branca, seus privilégios e da posição “involuntária” de opressor. Me pareceu muito clara a dificuldade em tratar esses assuntos quando tudo o que se sabe é que há um oprimido e todos precisamos defendê-lo e, sinto dizer que a Ciranda Filosófica me passou a mesma impressão [que não foi a única]. Não quero dizer com isso que pessoas brancas não possam falar de negritude, mas no meu mundo ideal a intensidade no debate sobrewhiteness se daria só pelo fato de termos maioria branca nas academias e noutros lugares que nem preciso listar aqui.

branquitude_relações raciais

De todos os pontos que identifiquei na discussão iniciada depois do episódio MdV Brasília e que foram intensificados depois da Ciranda, quero trazer para discussão aqui com vocês esses três pontos acima citados: a identidade racial branca (ou o branco racializado), o privilégio branco e o que eu chamei de “opressão involuntária”. Esses pontos serão tópicos para próximos posts que pretendem humildemente provocar discussões e elucidações.

Esperando contribuir para um mundo melhor [brinks], esta autora pergunta: você já tinha ouvido falar em branquitude?


Larissa é baiana e escreve no Mundovão e no Afrodelia.


Acompanhe nossas atividades, participe de nossas discussões e escreva com a gente.

 

A Calimba e a Flauta – lançamento 25/abril

 

Atividade que integra a “Semana de Abolição Interrogada II”NCC&rádiovárzea

Programação completa da Semana da Abolição Interrogada II

125 anos depois…
da Abolição da Escravidão…
o Núcleo de Consciência Negra na USP lhe convida para vir somar conosco nas atividades que estamos organizando para QUESTIONAR se a população negra é hoje, Século XXI, realmente livre e tem acesso pleno aos seus Direitos, como fizemos em 1988 quando organizamos a 1ª Semana.

Dentre as atividades teremos:

>>>> Dia 25/04 (Quinta) – 19hs

“Lançamento do livro-cd “A Calimba e a Flauta – versos úmidos e tesos de Allan da Rosa & Priscila Preta”, recital cênico com o músico Ganzarino.

Organização conjunta c/ Rádio Várzea, na Resistência – 19hs!

Espaço Aquário – No vão da História & Geografia USP

>>>> Dia 29/04 (Segunda) – 14hs

Audiência Pública da comissão de Educação, Cultura e EsporteDebate: Sistema de Cotas na Cidade de São Paulo, seus desafios, problemas e perspectivas”

Convocada pelo Vereador Orlando Silva (PCdoB).

No Salão Nobre João Brasil Vita, 8° andar da Câmara Municipal de São Paulo.

>>>> Dia 17/05 (Sexta)

– Oficina de Stencil e Silk – 14hs

– Aula Pública – 18hs
Tema: Verdades e desafios para superação das desigualdades étnicas-raciais no Brasil
Mesa:
Prof. Dennis de Oliveira
Jupiara Castro
Deputada Estadual Leci Brandão
Repres. da ADUSP
Repres. do DCE-USP
Repres. do Comitê Contra o Genocídio
Repres. da Frente Pró-Cotas do Estado de SP

– Sarau e Festa-Ato – 20hs
Com Poesia, grupos de Samba, Hip-Hop e Dub.

>>>> Semana do dia 20-24/05 (a confirmar data/hora)

– Ato pela Criação da Casa da Cultura Negra na USP,

na Assembléia Legislativa de São Paulo

Convocado pela Dep. Estadual Leci Brandão e com a presença de parlamentares e entidades políticas que lutam junto com o Núcleo de Consciência Negra pela manutenção do seu barracão e porjetos político-sociais na USP.

>>>> Dias 25/05 e 08/06 (2 Sábados) – 13hs

– Oficina de Comunicação Comunitária

Com o Jornalista e Rapper Pirata, do Fórum Hip-Hop de SP