NOTA SOBRE O ATO PELA SEGURANÇA DAS MULHERES NA USP

pdf do panfleto entregue em ato: mulheresemlutacontraapm

 

lalalaO ato dessa segunda-feira, 27 de agosto, aglutinou mais de 200 mulheres, de variados cursos, organizadas e independentes em torno da pauta da segurança no campus com recorte de gênero.

Este ato vem na mesma linha que a plenária de mulheres, realizada 1 semana antes, sobre a mesma pauta: a necessidade que as estudantes e as trabalhadoras tem de se auto organizar para nos colocarmos na luta revolucionária.

Houveram várias palavras de ordem contra a PM machista no campus, por uma Universidade mais aberta à sociedade e pela nossa auto defesa.

Percorremos várias unidades chamando as mulheres para o ato, desde a reitoria até o portão 1 da USP, deixando claro que nenhuma violência de gênero vai passar. O trancaço que realizamos no principal portão desta universidade demonstrou a combatividade de nossa luta.

Avaliamos como positivo o fato do primeiro ato de mulheres da USP ter sido auto organizado, pois demonstra quantitativamente a insatisfação e a necessidade das mulheres em organizar a luta revolucionária contra o patriarcado! Muitas são as vezes que o Movimento Estudantil e espaços políticos diversos são hostis, negando a intervenção política às mulheres. Quantas vezes vemos maioria masculina na linha de frente dos atos e outros espaços de luta? A experiência de hoje colocou para todas as mulheres presentes que nós somos capazes e que a política nos pertence!

É preciso que as mulheres estejam organizadas na luta contra o patriarcado e o capital, cumprindo o papel fundamental de responder aos ataques do estado machista!

Na próxima segunda-feira, dia 31 de agosto, ás 18h na prainha da ECA,, ocorrerá a próxima plenária de mulheres. Convocamos a todas para que façamos um balanço sobre o ato e pensemos juntas os próximos passos de nossa mobilização!

Mulheres na luta contra patrões, reitores e todos os agressores!

Frente de Mulheres do Rizoma

Luta, substantivo feminino

LUTA, substantivo feminino. Às que foram, às vieram, às que virão.

Não podemos NUNCA esquecer as inúmeras MULHERES que morreram e/ou foram presas e torturadas durante a ditadura militar!

“A história da repressão durante a ditadura militar e assim
como a oposição a ela é uma história masculina, assim como toda a
história política, basta que olhemos a literatura existente sobre o
período. As relações de gênero estão aí excluídas, apesar de
sabermos que tantas mulheres, juntamente com os homens, lutaram
pela redemocratização do país.”

À todas elas, e à muitas outras anonimas ou não, que sua memória seja preservada hoje e sempre:

Labibe Elias Abduch (1899-1964)
Catarina Helena Abi-Eçab (1947-1968)
Alceri Maria Gomes da Silva (1943-1970)
Marilena Villas Boas Pinto (1948-1971)
Heleny Ferreira Telles Guariba (1941-1971)
Iara Iavelberg (1944-1971)

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