Texto gatilho do debate de genêro que rolou no Terceiro Encontro de Estudantes Libertárixs, por Vivian Dias do Coletivo de Ação Social (Marília-SP)
“Todo ser humano fêmea não é necessariamente uma mulher, para ser assim considerada ela deve participar dessa realidade misteriosa e ameaçadora conhecida como feminilidade”.- Simone Beauvoir.
Desde o nascimento somos individual e coletivamente condicionadxs a aceitar, incorporar e reproduzir características estereotipadas e advindas da divisão binária do ser humano. Diante disso, faz-se estritamente necessária a compreensão de que estas (pré) definições acerca do que é ser feminino e masculino são, antes de tudo, construções sociais e não determinações biológicas imutáveis.
Ao final do parto xs médicxs comumente dizem: “é uma menina” ou “é um menino”. Expressões como estas que, se isoladas, não fazem com que x bebê inevitavelmente se identifique com o gênero que lhe foi atribuído segundo seu aparelho reprodutor. O drama do gênero é uma performance repetida, ou seja, deve ser reencenado continuamente para formar um padrão.