Consequências do binarismo presente na sociedade

Texto gatilho do debate de genêro que rolou no Terceiro Encontro de Estudantes Libertárixs, por Vivian Dias do Coletivo de Ação Social (Marília-SP)

“Todo ser humano fêmea não é necessariamente uma mulher, para ser assim considerada ela deve participar dessa realidade misteriosa e ameaçadora conhecida como feminilidade”.- Simone Beauvoir.

Desde o nascimento somos individual e coletivamente condicionadxs a aceitar, incorporar e reproduzir características estereotipadas e advindas da divisão binária do ser humano. Diante disso, faz-se estritamente necessária a compreensão de que estas (pré) definições acerca do que é ser feminino e masculino são, antes de tudo, construções sociais e não determinações biológicas imutáveis.

Ao final do parto xs médicxs comumente dizem: “é uma menina” ou “é um menino”. Expressões como estas que, se isoladas, não fazem com que x bebê inevitavelmente se identifique com o gênero que lhe foi atribuído segundo seu aparelho reprodutor. O drama do gênero é uma performance repetida, ou seja, deve ser reencenado continuamente para formar um padrão.

Continue lendo

Síntese Introdutória a Teoria da Divisão Sexual do Trabalho

Texto escrito por Aline Pizzol para formação de genêro com a tendência libertária e autonôma Rizoma

“Ninguem nasce mulher,
torna-se mulher”.

Simone de Beauvoir

As condições em que vivem homens e mulheres não são produtos de um destino biológico, imutável e fatalístico, mas, antes de tudo são construções sociais.

As ideias que temos sobre o que significa ser homem e o que significa ser mulher são produzidas pela sociedade e reificadas pela universalização binária do que é entendido/aceitado como feminino e como masculino. A ideia que temos acerca dos ’universos” masculino e feminino decorrem da construção, que é social, de gêneros: o gênero masculino e o gênero feminino.

Continue lendo

Carta Aberta – Nenhuma agressão ficará sem resposta!

Retirado de: http://bastademachismo.blogspot.com.br/2012/10/venho-atraves-desta-carta-de-repudio.html#!/2012/10/venho-atraves-desta-carta-de-repudio.html

“Machistas! Machistas!
Não passarão”

Carta Aberta

Venho através desta carta de repúdio denunciar o machismo. Em especial, no meio libertário, espaço qual lutamos para que seja sempre combativo e não agregador de posturas como essa.

Na noite de 11 de setembro de 2012, Gustavo Oliveira (xGustavinhox – Nieu Dieu Nieu Maitre e Holodomor, MPL e CMI), dito anarquista e feminista, responsável pela Ocupação J13, de Curitiba/PR e até então, meu chamado “companheiro”, me agrediu com socos, empurrões e tentativa de estrangulamento.

Continue lendo