Movimento Estudantil – Lutas na UNIFESP e UFMG!

UFMG:

A ocupação que teve início no dia 25 de junho, terça-feira, teve como estopim a presença das forças armadas dentro do campus, além das paralisações autoritárias nas atividades da universidade que ocorreram nos dias dos jogos da Copa das Confederações. O movimento acabou caminhando para uma série de reflexões referentes à lógica privativista de utilização do espaço público e sobre a democratização da universidade, uma pauta com uma reivindicação muito clara, que diz respeito a maior participação da comunidade acadêmica nos processos decisórios.

O movimento se desenvolve de maneira autonôma e horizontal. Segue aqui a carta aberta dxs ocupantes da reitoria:

https://www.dropbox.com/s/uz519ebqbgnplnx/1a%20CARTA%20ABERTA%20OCUPA%20REITORIA%20UFMG%20b.pdf

FORA MILICOS DO CAMPUS!
DEMOCRATIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES JÁ!
TODO APOIO A_S COMPANHEIRXS DA UFMG!

Unifesp em luta!

Duas salas da UNIFESP-Guarulhos já se encontram ocupadas, o indicativo e clima de greve já se coloca presente. Recém saídxs de uma intensa batalha contra a precarização do campus e a repressão policial, xs estudantes da EFLCH enfrentam um inimigo que já vem se aproximando a um tempo: a possibilidade de transferência do campus da periferia (bairro Pimentas, Guarulhos) para o centro de São Paulo. A proposta, que já é escandalosa por si só, se mostra mais monstruosa diante do contrato de 15 milhões com o grupo Torricelli-Anhanguera. E, obviamente, como não é de se espantar, a decisão foi tomada de forma totalmente autoritária pela burocracia universitária sem a menor consulta à comunidade unifespiana.
Racista, elitista, fascista! Muitos são adjetivos que caracterizam a proposta da reitoria. A lógica burguesa de afastar os serviços da periferia e concentrá-los no centro não pode ser encarada com naturalidade, principalmente sendo o campus de Guarulhos um dos que contam com a maior quantidade de estudantes oriundxs do ensino público, de origem humilde. É uma luta, acima de tudo, por dignidade! Apoiamos veemente a luta dxs compas da Unifesp!

– NÃO À TRANSFERÊNCIA DO CAMPUS DA UNIFESP-GUARULHOS!
– MAIOR PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ACADÊMICA NAS DECISÕES!
– CHEGA DE ENRIQUECER AINDA MAIS A CÚPULA DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA!

Para mais informações: http://unifespemluta.wordpress.com/

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Ato pela Moradia da Ocupação Margarida Maria Alves

 Ocupação Margarida Maria Alves pede apoio!

A ocupação Margarida Maria Alves se encontra perto da estação da Luz e recebeu esse nome em homenagem a uma grande lutadora paraibana. Desde o dia 6 de janeiro de 2013 mais de 60 famílias habitam o prédio onde antes funcionava a secretaria do projeto de Revitalização da Luz da gestão Kassab e hoje é parte do espaço no qual se pretende construir o Memorial da Democracia, pelo Instituto Lula.
Nessa última semana ocorreu um principio de incêndio em um dos cômodos ocupados, o qual foi rapidamente apagado pelos moradores e não se alastrou para fora do quarto, não causando danos ao edifício. A prefeitura agora busca utilizar a segurança dos que lá vivem como pretexto para desalojar e jogar essas famílias na rua, alegando que o edifício oferece riscos e que não pode ser habitado. A única oferta da prefeitura é um cheque despejo de R$900,00 e perspectiva de atendimento habitacional em quatro anos. Nós não vamos sair! A nossa luta é pelo direito básico à moradia e não se calará com nenhuma esmola. Somos cidadãos e sabemos a importância de uma moradia digna. Queremos nossos direitos, e quem vai nos negar? Os abrigos são inabitáveis e a proposta de cheque despejo é desumana, 900 reais em 4 anos não faz nada por nosso direito à moradia e só dispersa os moradores em novas moradias precárias pela cidade.
Nos mobilizamos porque entendemos que é legítimo permanecer nesse edifício até que nos concedam aquilo que nos pertence: a nossa casa. Não temos outro objetivo se não trocar nossa casa atual, por uma outra casa, também no centro! Não aceitaremos que nos coloquem na rua por despejos mascarados de políticas públicas: não queremos abrigos, não queremos cheque despejo, queremos moradia e queremos mais, queremos políticas de habitação em massa, a médio e a longo prazo para atender a necessidade da população pobre de São Paulo, de maneira digna e que não nos expulse para as periferias.
Somos um movimento social e nos organizamos porque sabemos que juntos somos mais fortes, não podemos ser caso de polícia porque defendemos o que é nosso por lei. Se eles querem democracia, nós também queremos, só que para nós a democracia é moradia para todos! Assim permaneceremos lutando e convidamos à lutar conosco todos aqueles que, mesmo com moradia consolidada, se sensibilizam e se revoltam com a situação daqueles que tem seu direito mais básico negado.
Por isso convidamos todos e todas para nosso ato contra todas essas medidas da Prefeitura, nosso direito à moradia não será desrespeitado!!

QUARTA FEIRA DIA 03/07 ÀS 10H NA RUA COUTO DE MAGALHÃES, 381, NA REGIÃO DA LUZ!

REIVINDICAMOS:

1. Que nós permaneçamos na ocupação até o devido atendimento habitacional, com moradia fixa e definitiva, como é direito!

2. Repudiamos a forma como o Poder Público trata os movimentos populares, não se deve privilegiar um ou outro movimento. Não à criminalização dos movimentos populares!

3. Políticas públicas de habitação em massa, de médio e longo prazo!

4. Repudiamos o cheque despejo e a alocação em albergues! Isso não é política pública habitacional!

5. Moradia no centro para população de baixa renda, conforme promessa de campanha do Haddad! Os moradores da ocupação Margarida devem ser incluídos nas moradias populares da Zeis 3 que agora estarão em discussão!

Link para o evento no Calendário de Movimentos Sociaishttps://calendario.sarava.org/pt-br/evento/ato-pela-moradia-da-ocupa%C3%A7%C3%A3o-margarida-maria-alves

Link para o evento no Fachobook:
https://www.facebook.com/events/391926250917642/?ref=3

Organizar a raiva!

O ódio do gigante, de Leonardo Blecher
brasil

Enquanto um sorridente gigante branco, de cara pintada em verde e amarelo e envelopado por uma bandeira brasileira, caminhava lentamente para a Avenida Paulista, outro ente fantástico preferiu permanecer diante da Prefeitura de São Paulo.

Era também um gigante, mas bem diferente. Este era disforme e empunhava uma bandeira negra. O lenço em seu rosto não escondia um sorriso, mas as rugas da fúria.

O gigante era confuso, impulsivo, enérgico, monstruoso. Dirigia pontapés, pedras e palavras cortantes ao ostentoso prédio do poder executivo paulistano. Era contra uma parede que sua raiva explodia.

Todos os dias, este gigante acorda cedo, toma um café preto e sai de casa quando o sol ainda dá seus primeiros sinais. Equilibra-se entre a calçada estreita e a rua esburacada para esperar a chegada da lata metálica que o carregará por quilômetros, espremido, asfixiado.

Quando chega ao seu destino, olha com medo para o homem que o fez ir até lá, abaixa a cabeça e veste seu uniforme. Seu inimigo é um único ser humano pequeno e fraco, que, por algum motivo, tem poder para humilhá-lo. Após horas de tédio e esforço físico, o gigante recebe dele sua última ordem do dia: “Pode ir embora, até amanhã.”

Enquanto volta para sua casa, novamente encurralado em uma lata metálica, o gigante pensa. Pensa nas contas atrasadas, na doença da mãe, no familiar que morreu, mas não chora. Sente um vazio no tórax, a garganta seca, poderia jurar que é tristeza. E ele aprendeu que tristeza se cura com trabalho, batalhando pela vida.

Na última terça, quando o gigante olhou para o prédio da Prefeitura, se inflamou. Viu naquela parede a mesma barreira que o separa de seus desejos, seus anseios, sua felicidade. O muro que o divorcia da emancipação estava finalmente diante de seus olhos. E foi então que percebeu que o que sente todos os dias na volta pra casa não é tristeza.
É ódio.

 

[Grécia] Facebook desativa 4.000 contas e pede os dados pessoais para voltar a ativá-las

É um tempo de guerra, é um tempo sem sol”. É tempo de mirar, mais do que nunca, em que territórios estamos pisando, em que(m) confiamos, onde estamos.

 
Aqui, o texto sobre o que aconteceu com o facebook do Rizoma https://rizoma.milharal.org/2013/04/07/sobre-o-facebook-do-rizoma/
Neste endereço, um texto sobre o facebook, em si
https://rizoma.milharal.org/2013/03/10/sobre-o-facebook/

Por fim, um salve e muito amor pra quem se dedica a construir canais de comunicação livres na internet! Mark Zuckerberg, dono do Google, Microsoft etc: não precisamos de vocês!

Retirado de: http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2013/06/17/grecia-facebook-desativa-4-000-contas-e-pede-os-dados-pessoais-para-voltar-a-ativa-las/

Duas semanas atrás, os dirigentes do Facebook haviam declarado que em breve iriam adotar medidas para proibir a publicação de fotos que, de acordo com seus critérios, “favorecem o uso da violência”. Na quarta-feira, 5 de junho, o Facebook começou a desativação de mais de 4.000 contas de usuários gregos. Entre as contas há muitas que tinham postado fotos de conflitos e enfrentamentos de rua entre manifestantes e policiais, bem como outras de grupos antifascistas, esquerdistas, antiautoritários e de pessoas que se opõem ao Regime e as forças da Soberania. Continue lendo

Polícia Federal invade a sede da Federação Anarquista Gaúcha (FAG)

Retirado de: http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2013/06/21/policia-federal-invade-a-sede-da-federacao-anarquista-gaucha-fag/ (aproveita e dá uma olhada na ANA!)

Comunicado:

Na tarde desta quarta feira, 20/062013, entre 12 a 15 agentes a paisana, em blazers e utilizando coletes pretos, dizendo ser da Polícia Federal arrombaram e invadiram o Ateneu Batalha da Várzea, espaço político social da Federação Anarquista Gaúcha localizado na Travessa dos Venezianos, e levaram diversos de nossos materiais. Os agentes não apresentaram mandato de busca e apreensão aos vizinhos que buscaram se informar do que se passava. Além disso, agentes, também a paisana, buscaram prender uma companheira em sua casa nessa manhã.

A FAG é uma organização política com 18 anos de existência pública. Ao longo destes anos nunca nos escondemos, sempre mantivemos nossos espaços públicos onde realizamos inúmeras atividades de ordem política e cultural assim como nossa atuação no campo popular e da esquerda gaúcha e nacional. O Ateneu é um espaço onde ao longo de 03 anos temos dado sequência a essas atividades, mantendo uma biblioteca pública e realizando periódicas atividades.

Recordamos também que em Outubro de 2009 tivemos nossa antiga sede, à época localizada na Lopo Gonçalves, invadida pela Polícia Civil por ordens da então governadora Yeda Crusius em função de um cartaz onde a responsabilizávamos, e seguimos responsabilizando, pelo assassinato do militante do MST Elthon Brum em São Gabriel. Na ocasião tivemos todos os materiais da sede apreendidos, levaram inclusive nossas lixeiras. Continue lendo