Homenagem aos 76 anos da Revolução Espanhola (19/07/1936) – parte II

Nesta segunda parte da nossa homenagem aos 76 anos da Revolução social na Espanha apresentamos uma galeria de fotos do período.
São lindas, emocionantes e inspiradoras!

Viva a luta de classes!
Abaixo o Estado, o capitalismo e o patriarcado!

Hijos del pueblo – Filhos do povo

Hijo del pueblo, te oprimen cadenas Filho do povo, que as cadeias oprimem
y esa injusticia no puede seguir, e que a injustiça não pode continuar,
si tu existencia es un mundo de penas se sua vida é um mundo de tristezas
antes que esclavo prefiero morir. Eu prefiro morrer ao invés de escravo.
Esos burgueses, asaz egoístas, Estes burguesa foi amplamente egoísta
que así desprecian la Humanidad, assim desprezam a humanidade,
serán barridos por los anarquistas serão varridos pelos anarquistas
al fuerte grito de libertad. o grito de liberdade.
Rojo pendón, no más sufrir, Bandeira vermelha, sem mais sofrimento,
la explotación ha de sucumbir. exploração deve sucumbir.
Levántate, pueblo leal, Levanta-te, as pessoas justas,
al grito de revolución social. o grito da revolução social.
Vindicación no hay que pedir; Vindication Não pergunte;
sólo la unión la podrá exigir. só a União pode exigir.
Nuestro paves no romperás. Nosso pav não quebrar.
Torpe burgués. Desajeitado burguesa.
¡Atrás! ¡Atrás! Voltar! Voltar!
Los corazones obreros que laten Os corações que batem trabalhadores
por nuestra causa, felices serán. Para o nosso bem, ser feliz.
si entusiasmados y unidos combaten, se animado e lutar juntos,
de la victoria, la palma obtendrán. da vitória, a palma vai.
Los proletarios a la burguesía Os proletários para a burguesia
han de tratarla con altivez, tem que tratá-lo com orgulho,
y combartirla también a porfía e também contenção combartirla
por su malvada estupidez. por sua estupidez mal.
Rojo pendón, no más sufrir, Bandeira vermelha, sem mais sofrimento,
la explotación ha de sucumbir. exploração deve sucumbir.
Levántate, pueblo leal, Levanta-te, as pessoas justas,
al grito de revolución social. o grito da revolução social.
Vindicación no hay que pedir; Vindication Não pergunte;
sólo la unión la podrá exigir. só a União pode exigir.
Nuestro paves no romperás. Nosso pav não quebrar.
Torpe burgués. Desajeitado burguesa.
¡Atrás! ¡Atrás! Voltar! Voltar!

Homenagem aos 76 anos da Revolução Espanhola (19/07/1936)

coletânea de cartazes da CNT/FAI/AIT

Há exatos 76 anos, a Revolução social batia as portas de diversas regiões da Espanha. Em resposta ao golpe fascista de Franco do dia 18 de julho de 1936, no dia seguinte, trabalhadorxs urbanos e rurais pegaram em armas pra resistir ao ataque fascista, e simultaneamente, construir uma nova sociedade. Sem dúvidas foi um dos momentos da história onde mais foi possível se provar a liberdade e a igualdade humana – gosto que até hoje pode ser sentido nostalgicamente pelas gerações que se seguiram.

A Revolução de 36 nos mostrou caminhos para um novo mundo. Um mundo sem estado, sem patrão, sem marido, e sem deus.
Um mundo sem nenhum tipo de opressão

E é por isto que humildemente organizamos esta pequena homenagem aos 76 anos da Revolução Espanhola. Uma coletânea com mais de uma centena de cartazes da CNT/FAI/AIT/FIJL produzidos durante o período revolucionário.

Espero que gostem!

VIVA LA FAI!
VIVA LA CNT!
SALUD Y LIBERTAD!
ARRIBA LXS QUE LUCHAN!

Oportunismo, doença infantil da esquerda pragmática: o apoio às greves da polícia (FARJ)

Publicado 11/02/12, em http://anarquismorj.wordpress.com/2012/02/11/oportunismo-apoio-greve-da-policia/

Federação Anarquista do Rio de Janeiro

A recente greve da polícia militar da Bahia retoma uma discussão antiga no interior das esquerdas. A discussão se orienta, basicamente, no que diz respeito à posição dos trabalhadores em relação à greve policial. Em termos gerais, as posições podem ser dividas em dois blocos[1]. Há os que defendem a greve dos policiais por ser esta uma categoria de assalariados e, portanto, de explorados, ou seja, trabalhadores como quaisquer outros, e aqueles que não defendem os policiais, por entenderem que o papel destes vincula-se diretamente à repressão e à classe dos opressores e exploradores.     Os grupos que apóiam a greve dos policiais reivindicam principalmente que, dentro das PMs, haveria uma “divisão classista”[2]: um setor mais ligado às classes dominantes (oficialato) e outro, explorado pelo primeiro, composto pelas chamadas baixas patentes (soldados, cabos, sargentos). Estes últimos por sua condição de explorados, deveriam receber taticamente o apoio das esquerdas e dos trabalhadores. Outro argumento, reforçando a tese dos que defendem o apoio à greve dos policiais, é o de que a polícia estaria também em “disputa”. Assim, ignorar a possibilidade de influenciar este setor seria, entre outras coisas, um posicionamento puramente “idealista” para aqueles que desejam a ruptura num processo revolucionário.

Valendo-nos da nossa constituição ideológica libertária, antes de irmos ao campo da teoria, onde nossas análises poderão ser melhor fundamentadas, lembremos do despejo do Pinheirinho, executado “magistralmente” pela Polícia Militar, cujos setores do baixo oficialato, mesmo “explorados” economicamente, cumpriram eficientemente sua função ao reprimir, espancar e despejar (sem mencionar as denúncias de violência sexual). Recordemo-nos da atuação da Polícia Militar nos morros cariocas, que mata e assassina nosso povo pobre e negro sob o pretexto do combate ao narcotráfico. Vamos recordar as ações repressivas das Polícias Militares em manifestações estudantis e de trabalhadores, permitindo ao capital seu livre trânsito e reprodução. Sem mencionar, ainda que fosse necessário, a função da polícia na manutenção das desigualdades e na defesa dos exploradores e dominadores de nosso povo. Alguns satisfariam-se com as reflexões feitas até aqui. Acrescentaríamos à estas certezas ideológicas, o reforço da experiência de muitos militantes dos movimentos populares em que estamos inseridos, e que convivem dia a dia com a opressão, o racismo e a repressão dos “trabalhadores” policiais!

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A experiência da Poligremia – autocrítica em busca de um sentido histórico no movimento secundarista

retirado de http://passapalavra.info/?p=60822

Romper o ciclo de eterno (re)começo das lutas e organizações secundaristas exige manter vivas suas experiências anteriores e contemporâneas, relacionar passado, presente e futuro. Por Caio Martins, Leonardo Cordeiro, Luiza Mandetta e Marcelo Hotimsky.

 

Para nós, no movimento secundarista, parece que estamos sempre começando. Por um lado, começando nossa atuação política; por outro, começando ou retomando do zero a organização de nossos espaços políticos. Boa parte de quem participou de grêmios estudantis teve que se dedicar, primeiro, à sua (re)construção. O ritmo imposto pelo ciclo de três anos do colegial é hostil à formação de organizações estudantis duradouras. É difícil para os mais velhos, que estão deixando a escola e participaram da criação do grêmio, consolidar e transmitir suas experiências às turmas mais novas, o que leva comumente à desestruturação ou ao desaparecimento destas organizações. Em geral, o que sobrevive dos grêmios é só uma vaga lembrança entre os alunos e professores – que vez por outra incentiva uma nova geração a começar de novo.

Grêmios contra o aumento em 2006.

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