[HOJE] A Lei Anti-terror e as leis de exceção – no ECLA!

Quando:  qui, 27/03/2014 – 19:00
Endereço: Rua Abolição, 244 – Bixiga
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Rua Abolição, 244 – Bixiga
Link: 
 

O Comitê pela Desmilitarização da polícia e da política e o Comitê Popular da Copa 2014 em SP, convida à todxs os movimento, coletivos, sindicatos, partidos para debater a Lei Antiterror e as Leis de exceção.

Esse debate se torna fundamental ,para que possamos diante de todo processo de recrudescimento das leis de repressão, compreender como a Lei Geral da Copa, O Decreto de Garantia de Lei e Ordem, que a sua execução é detalhada na PORTARIA NORMATIVA No 3.461 /MD , a Lei Antiterror PLS 499, além de outros instrumentos legais de exceção, mais localizados ou amplos, que visam reprimir qualquer tipo de manifestação popular e instaurar insegurança permanente para aqueles que sonham lutar.

Lançamento do RAP da Desmilitarização com Liberdade e Revolução e Facção Central

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INFOS ATUALIZADAS!

Retiradas de: https://www.facebook.com/agenciapublica

| Urgente |

Policiais militares tentaram interromper o debate sobre leis antiterrorismo e de exceção que aconteceu nesta quinta-feira, no Espaço Cultural Latino Americano (ECLA), em São Paulo, de acordo com os participantes. (Veja o evento criado no Facebook: http://goo.gl/Q5U97z)

Segundo Givanildo Manoel da Silva, um dos organizadores do debate e membro do Comitê Popular da Copa, cerca de 10 policiais apareceram no local por volta das 19h30, quando o evento estava começando.

“Eu estava na mesa de debate na hora. Eles apresentaram um oficio que dizia que no local acontecia um evento contra a PM. Nós percebemos, questionamos e exigimos um mandado judicial”, conta.

Como os policiais não possuíam um mandado judicial, o evento prosseguiu e os oficiais deixaram o local.

“Foi claramente uma atitude para nos intimidar, para nos pressionar. Eles diziam que se tratava de um evento partidário, como se em plena democracia isto fosse um problema”, diz Givanildo.

Segundo a organização do evento, cerca de 80 pessoas participaram do debate e mais 120 acompanharam a transmissão ao vivo. O debate terminou as 22h20.

ASSEMBLÉIA ABERTA E LIVRE

De Por que o senhor atirou em mim?

  • Desde o ano passado, temos acompanhado as cenas de violência e truculência policial nas manifestações populares. Uso de armas, prisões arbitrárias, falta de identificação…. As manifestações contribuíram para que as cortinas pesadas que encobrem o comportamento cotidiano das polícias militares nas favelas e periferias fossem abertas: repressão, violência, despreparo para o convívio democrático.

    É urgente repensar a estrutura e o modelo das polícias existentes no país, herança da ditadura militar. Este ano prenuncia intensificação de protestos e lutas populares (ano de Copa do Mundo, de eleições…) e precisamos garantir a segurança dos cidadãos e cidadãs que acreditam nas ruas como um lugar de luta por um país mais justo.

    Manifestações fortalecem a Democracia. A participação política é um pressuposto do Estado Democrático e deve ser garantida como direito!

    Dia 06, vamos debater a repressão policial e construir juntos resposta para garantir nosso direito.

Quem se importa com a morte de mais um José?

Por Negro Belchior 

“Mandaram meu filho ajoelhar e o assassinaram”

A frase acima é do pai da vítima, o senhor que você vê na foto, que afirma que o rapaz foi assassinado por PMs. Revoltados, moradores incendiaram dois ônibus e fecharam via na Zona Norte do Rio

Mais uma operação da Polícia Militar carioca, agora no Morro São João, no Engenho Novo, terminou com a morte de um civil – um jovem negro, para não fugir a regra. Na noite desta quarta-feira, José Carlos Lopes Junior, de 19 anos, teria sido sumariamente executado por policiais militares – segundo relatos de moradores publicados pelo jornal carioca O Dia. Após essa ação da PM, dezenas de moradores da favela, que conta com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde janeiro de 2011, fecharam o acesso principal e incendiaram dois ônibus.

O pai da vítima, José Carlos Lopes, afirmou o seguinte ao jornal:  Mandaram meu filho ajoelhar e o assassinaram. Que polícia é essa? Por isso que sumiram com o Amarildo e não acontece nada”.

E o Rio sangra…

Há muitos anos movimentos sociais brasileiros e organizações internacionais denunciam a política de segurança e a permanente ação genocida das polícias no Rio de Janeiro e de todo o país.

O Estado e suas polícias – que são inclusive glamourizadas no cinema — têm suas ações legitimadas pelos grandes meios de comunicação que repetem o discurso sobre a necessidade de se garantir a segurança do “cidadão de bem”, além de contribuir para que a violência seja considerado algo natural, desde que por uma suposta legítima defesa e, também, é claro, desde que dirigida a um alvo determinado – e aí os “alvos” são, quase sempre, não por acaso, pobres e pretos.

Quem se importa com a morte de mais um José?

Que grande jornal televisivo cobrirá a dor da família?

A “opinião pública” vai exigir uma caça ao vivo e em tomadas cinematográficas do suspeito pelo assassinato de José?

Debateremos leis mais severas para coibir a ação dos assassinos a serviço do estado?

Ouviremos discursos emocionados de âncoras nos telejornais das grandes redes de televisão?

Especialistas analisarão, em horário nobre, a fragilidade de uma democracia que promove com seu aparato armado, uma carnificina muito maior que a registrada em nossas duas ditaduras civil-militares?

A Polícia Federal será acionada para encontrar, seja onde for, o “foragido”?

Ah, ele não está foragido! O fardado que apertou o gatilho será comemorado e ganhará mais status em sua corporação.

E logo virão as cenas do próximo capítulo…

E a poesia dos Racionais…  cada dia mais sentido faz!

 “Recebe o mérito, a farda, que pratica o mal.

Me vê , pobre, preso ou morto, Já é cultural”.

Racionais

A experiência universitária como uma interdição violenta de direitos

Os casos de ingerência, terrorismo psicológico e seleção sem critérios por parte da SAS/USP (Superintendência de Assistência Social) são incontáveis. A cada ano que passa mais e mais pessoas tem seu direito de moradia rejeitado sistematicamente no intuito de aprofundar a elitização da Universidade.

Reproduzimos a seguir um relato acerca do processo de seleção da SAS. Esse está hospedado no blog : http://relatoscrusp.wordpress.com/ que tem como objetivo colher relatos e denúncias da política excludente e elitista da Reitoria que se concretiza através de sua Superintendência:

“Meu nome é [nome omitido], sou aluno da graduação – curso de Filosofia -, ingressei na universidade no primeiro semestre de 2013 e tenho morado no alojamento do CRUSP desde então. Não pude ocupar uma das vagas da moradia estudantil (embora haja vagas) pois meu direito foi interditado, em grande medida, pela assistencial social que opera na USP.

Durante o processo de seleção que é realizado pela assistência social nos requisitam, recorrentemente, relatos – de nossa vida, de nossa situação socioeconômica, etc. Eu já os fiz incontáveis vezes. De tal modo, para mim, é difícil fazer esse relato, tendo em vista que isso se configurou num processo de tortura pelo qual eu tenho de rememorar não somente a minha trajetória até aqui, mas sobretudo o processo pelo qual tenho passado após minha entrada na USP, seu descalabro, sua violência, sua reificação e o mal estar que o permeia.

Falarei um pouco sobre a minha trajetória até a universidade e sobre como se deu a interdição do meu acesso à moradia. Para isso me valerei, além do que aqui escrevo, de todos os e-mails (49 e-mails, de 04 de Março de 2013 a 12 de Dezembro de 2013) que troquei com a assistente social responsável pelo meu caso, bem como de documentos, depoimentos e fotos que apresentei.

Peço que vocês acompanhem o relato com atenção.

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