PM invade moradia e agride estudantes da UNILA-Foz do Iguaçu

Fora PM do mundo! Por um mundo sem estado, e sem capital!

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=jxCBi7S9chs&fb_source=message

Nota de esclarecimento.

Após as mais diversas versões apresentadas pela imprensa local, nós estudantes da UNILA e moradores  da residência invadida, apresentamos nossa versão dos fatos.
Repúdio
Manifestamos primeiramente e com veemência nosso repúdio ao abuso policial praticado na noite de domingo, 3 de junho, na moradia “Quebrada do Guevara”, onde encontram-se vivendo cerca de sessenta estudantes da Unila, dos quais cerca de vinte e cinco encontravam-se reunidos na área comum da moradia na hora da invasão.
Sob alegação de flagrante ao descumprimento da lei do silêncio, policiais militares invadiram a moradia estudantil. Tal alegação foi imediatamente desmentida pelos vizinhos que disseram nunca ter ouvido um ruído na moradia e que apenas perceberam o ocorrido devido aos disparos efetuados pelos policiais. Essa informação se confirma quando verificado o equipamento de som usado na ocasião do encontro dos estudantes. Tratava-se de duas caixas de som de computador, ligadas num celular, cujo som tocara no interior da moradia.
Diante da resistência de que apenas um representante tivesse que acompanhar um grupo de militares em duas viaturas, os policiais disseram que dariam voz de prisão a quem eles escolhessem. A reação pacífica dos estudantes se deu mediante a exigência de que todos fossem à delegacia para a segurança individual e coletiva do grupo.
Dessa forma estabeleceu-se um impasse e os policiais iniciaram uma agressão indiscriminada. Os estudantes foram espancados. A ausência de policial feminina não impediu que mulheres fossem abordadas, e se não bastasse tal violação, a mesma se deu com excessiva violência. Indefesas, meninas foram arrastadas e golpeadas de cassetete. Num ato de delinqüência de um dos policiais, uma jovem foi chutada várias vezes quando se encontrava deitada cercada por estilhaços de vidro da porta que havia sido estourada. Três disparos foram efetuados, causando pânico entre os estudantes. Muitos ficaram feridos. Oito foram detidos, dentre eles, três brasileiros e cinco estrangeiros.

Sobre a falta de anarquia na USP

Este texto é uma resposta a dois outros textos publicados no USP Livre. Leia-os aqui:

Texto de Rafael Dantas do PCO: http://usplivre.files.wordpress.com/2012/05/jornal-usp-livre-53.pdf          http://usplivre.org.br/2012/05/17/opiniao-falta-um-pouco-de-anarquia-na-usp/

Resposta anônima: http://usplivre.org.br/2012/05/21/opiniao-sobre-o-texto-falta-um-pouco-de-anarquia-na-usp/

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Assim que li o texto de Rafael Dantas sobre a escassez da anarquia na USP, pensei de imediato em escrever uma resposta. Todavia, uma resposta duplamente anonima sairia no USP Livre poucos dias depois. Esta me contemplou em diversos aspectos, contudo, não em tudo, por isto mantive a ideia de escrever esta resposta.

Acredito que é importante começar remetendo-me – mesmo que levemente – a diferenciação entre anarquia e anarquismo feita por Errico Malatesta. Segundo este a anarquia “é a sociedade organizada sem autoridade”, ou seja, é um ideal de sociedade onde não haja nenhum tipo de dominação ou opressão. Já o anarquismo deve ser entendido como uma ideologia política (compreendendo ideologia não na sua definição marxista como falsificação da realidade, mas sim como conjunto de aspirações, concepções e posições orientadas para um objetivo finalista) originada no século XIX no seio das classes dominadas pelo capitalismo, e que tem sua primeira formação mais consolidada no setor libertário da AIT – do qual faziam parte James Guillaume, Mikhail Bakunin entre outros. Apesar de ser possível identificar elementos e aspirações à anarquia em diferentes momentos e pensamentos da história, a origem do anarquismo está estritamente relacionado com a procura de respostas e de oposição à ascensão do capitalismo e de seus métodos de dominação – sejam eles econômicos, políticos, jurídico-militares, ideológicos etc – na sociedade moderna. O anarquismo é, desde sua gênese, uma das correntes revolucionárias do socialismo.

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10 anos do FAO e fundação da Coordenação Anarquista Brasileira

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10 anos do Fórum do Anarquismo Organizado. Rumo à Coordenação Anarquista Brasileira!
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No início de 2002 recomeçava de forma mais lúcida um processo de articulação nacional para o anarquismo organizado e com inserção social no Brasil. Há dez anos foi criado o Fórum do Anarquismo Organizado – FAO, com o objetivo de articular grupos regionais e também lutar pela construção de uma organização anarquista brasileira dotada de um projeto político comum. De lá pra cá conseguimos fazer avançar este processo com a consolidação de Organizações Especificamente Anarquistas em alguns estados.
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Modestamente contribuímos para colocar o anarquismo no terreno da luta de classes, formando parte de importantes lutas na cidade e no campo, com presença em diversos lugares no país. Atualmente, contando com a participação e incidência em mais de dez estados brasileiros, decidimos dar uma passo à frente no processo nacional com a criação da Coordenação Anarquista Brasileira (CAB). Não estamos criando uma mera sigla ou uma aparência sem correspondência com a realidade. Pelo contrário, decidimos pela coordenação de organizações anarquistas especifistas, pois necessitamos de uma organicidade que seja correspondente à nossa capacidade e necessidade de intervir na realidade brasileira com perspectivas de mudança em prol do projeto socialista e libertário.
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Estaremos realizando neste ano de 2012 um Congresso Anarquista com delegações das organizações regionais que irão fundar a CAB e fazemos um convite às organizações anarquistas internacionais para participarem das seguintes atividades na cidade do Rio de Janeiro:
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– 9 de Junho – Debate sobre a Organização Específica Anarquista com os companheiros da Federação Anarquista Uruguaia e da Coordenação Anarquista Brasileira. (inscrições: secfao@riseup.net)
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– 10 de junho – Ato Público de lançamento da Coordenação Anarquista Brasileira
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CRIAR UM POVO FORTE!
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Declaração de Princípios e Intenções do FAO:
http://www.anarkismo.net/article/17346