Amanhã! Reunião no SINTUSP contra a repressão na Remo!

12.novembro segunda-feira
– 15h Reunião da comissão de divulgação do ato: produção de panfleto & cartaz;
– 17h Reunião para organizar o ato do dia 22 de novembro;

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19,novembro segunda-feira
– Caminhada na Remo: concentração 15h na associação de moradores;
21.novembro quarta-feira
– 17h Reunião com o CDHU (rua Boa Vista);
22.novembro quinta-feira
– 14h30′ Ato contra a repressão na Remo e na USP: concentração na Tia Eva;

Nota em repúdio à violência sexual ocorrida na festa “Highway to IEL” do dia 25/10 na Unicamp

Nota em repúdio à violência sexual ocorrida na festa “Highway to IEL” do dia 25/10 na Unicamp

Acreditamos que as festas simbolizam um importante espaço de sociabilidade e resistência política dentro deste modelo de universidade que individualiza, segrega e poda a autonomia dxs estudantes. Dessa forma, por entendermos tais espaços como microcosmos de ruptura, não nos omitiremos diante de agressões e violências de quaisquer natureza. A seguir um relato da violência sexual ocorrida na festa “HIGHWAY TO IEL” no dia 25/10:

“ISSO É UM ABSURDO! NÃO PODEMOS DEIXAR ISSO PASSAR. Acabo de voltar de uma festa no Teatro de Arena, espaço de convivência e integração dos estudantes, fundamental para a nossa formação humanistica e também política. UMA MULHER PEGOU NO MICROFONE. Sim, uma estudante, rompeu o som de uma banda de homens e disse: ACABEI DE LEVAR DEDADAS EM MEU ANUS E EM MINHA VAGINA, NO MEIO DE UMA RODA PUNK. Explicou que gosta de rodinha punk, havia percebido que era a única mulher na rodinha, seu amigo lhe convidou para subir nos ombros, os homens da rodinha punk começaram a enfiar seus dedos no corpo dela.Se fosse um homem, enfiariam o dedo nele??

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Sobre os bons policiais

Texto escrito por Mandi para o zine Falando pro Mundão.

Sobre os bons policiais

“E quem pacifica a polícia?” – dizia um cartaz que li dia desses. Não sei. Não sei, pois não há diálogo entre quem porta uma arma versus quem tem somente a própria boca (ou a maioria das bocas do mundo!).

Também me pergunto, como uma das músicas da Frente 3 de Fevereiro, “quem policia a polícia?”. Mas dessa, eu sei a resposta: todas e todos nós. E, se considerarmos que o mundo se divide entre dominante x dominado; oprimido x opressor; quem manda xquem obedece; quem tem dinheiro x quem não tem… Podemos dizer que há duas versões sobre a atuação policial. Em qual você acredita?

Em nenhum momento que a Globo, a Veja (a mesma coisa, né?!) ou Estado defendem a polícia, o estão fazendo sem algum interesse. Para a grande mídia (que são empresas), para as grandes empresas (que patrocinam a grande mídia), para o Estado (que facilita a vida de grandes empresas) e para empresários (que mandam no Estado), é fundamental fazer com que todo mundo acredite que o policial é o herói, o mocinho que nos salva de todo mau, o que não é mentira. Para eles. Os dominantes. Para os que tem dinheiro e propriedades a serem defendidas (e vendidas e compradas e leiloadas).

Já diria Facção Central: Isso aqui é uma guerra. E além disso, também nos diria que na guerra, o mais inocente é o favelado de fuzil russo. Isso porque, enquanto eu escrevo esse texto (e você lê!), milhares de moleques pegam em seus primeiros revolveres, enquanto ninguém vê. Enquanto ninguém quer saber se o moleque já comeu, mas se a lei permite que ele seja preso. Enquanto tudo que importa, é ver o bom policial expulsando mais uma família sem teto (que é a família do menino…) dum predio qualquer. A polícia que eu conheço defende a propriedade, não o ser humano.

A polícia que eu vejo é a que está em guerra, todo dia, contra o povo pobre dos bairros não nobres e periferias. A polícia que eu conheço é a vilã. Que enquadra todo pobre que ousa pensar que é livre para andar nas ruas. A polícia que conheço tem o “suspeito padrão”, o ser humano que será perseguido desde que nasceu. A polícia que conheço é racista.

De onde venho, a polícia me faz engolir bandeira e faixa, se resolvo agir, me manifestar ou fazer parte de movimento social. A polícia bate em 100, 200, 500, se resolvemos abrir a boca, se cansamos dos enquadros, do racismo… Da fome, da falta de emprego, da falta de perspectiva, da falta de casa pra morar. A polícia que conheço taca bomba de gás e bala de borracha em manifestante que, na falta de tudo, tem esperança de sobra. A polícia que conheço não é povo.

Se a televisão me diz que a polícia protegeu a esposa do empresário de ser assaltada, eu digo pra televisão (eu falo sozinha), que nos bairros escuros, aqui de baixo, o policial estupra a mulher, estupra a menina. Elas não são nem a esposa nem a filha do empresário. Aqui em baixo a polícia é o demônio, personagem central nesse inferno.

Até quando fecharemos nossos olhos? Até quando o inimigo nos convencerá?

Fora polícia! Dos bairros, favelas, escolas e vidas!

(Texto dedicado à todas as pessoas mortas pela polícia – que são muitas! – em especial às dos últimos dias, em que a chacina pulsa diante de nossos olhos)

Por Mandi