Nota de apoio e solidariedade às mobilizações das UNESP

Sem sombra de dúvidas, a universidade se configura – e sempre se configurou na história – como um dos espaços de consolidação de privilégios e dominação das elites, e da acentuação de desigualdades em nossa sociedade,dando encaminhamento à divisão do trabalho nos mais diversos níveis:social, intelectual e braçal, racial,territorial e sexual.

O ambiente universitário que se encontra a partir dessas divisões e desigualdades é de extrema “homogeneidade”, sendo que esse processo de conservação da ordem estabelecida encontra apoio principalmente na barreira social que é o vestibular, um mecanismo que exclui milhares de estudantes por ano, e na insuficiência deliberada dos programas de permanência estudantil, que acaba por excluir aquelxs que passaram pelo primeiro filtro mas que ainda possuem a pressão econômica das despesas com moradia, alimentação e materiais, o que muitas vezes exige dessxs o acréscimo de uma jornada de trabalho/estágio como fonte de renda complementar. Não podemos deixar de pensar também nessa vivência acadêmica sem entender a soma concomitante dos problemas externos de ordem familiar, opressiva e pessoal.

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UNESP aprova o PIMESP!

Xs estudantes da UNESP-Ourinhos estão em greve desde o dia 17 de abril, devido ao não pagamento de suas bolsas-moradia, atrasado há mais de dois meses. Além delxs, desde o dia 22 estudantes da UNESP-Marília também estão em greve, ocupando a diretoria da universidade e o restaurante universitário, até que sejam revistas as bolsas de auxílio sócio-econômico que, de repente, diminuiram, fazendo com que haja casas na moradia com mais de 10 estudantes!

Era de se esperar que uma universidade que trata dessa maneira a permanência estudantil aprovasse o PIMESP, programa de “inclusão” de estudantes pobres criado pelxs ricxs do PSDB. Agora falta o posicionamento da USP e da UNICAMP que devem seguir no mesmo caminho.

Precisamos nos articular nesta luta estadual para barrar este projeto segregador!

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Unesp aprova metas de inclusão social do Pimesp
Elas deverão ser atendidas ao longo de três anos a partir de 2014

O Conselho Universitário da Unesp, em reunião ordinária no dia 25 de abril, após receber manifestações das congregações das Unidades Universitárias, encaminhadas para uma comissão da Câmara Central de Graduação criada para discutir o Pimesp (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista) proposto pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), deliberou ser favorável às metas de inclusão social do Programa. Elas estabelecem que ao menos 50% das matrículas em cada curso e em cada turno deverão ser ocupadas por alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. Dentro dessa meta, o percentual de negros, pardos e indígenas deverá ser, também no mínimo, 35%, valor verificado para a população do Estado de São Paulo no Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE. As metas deverão ser atendidas ao longo de três anos a partir de 2014.

O Conselho Universitário solicitará ao Cruesp informações mais detalhadas sobre uma das estratégias propostas para atingir as metas: o Instituto Comunitário de Ensino Superior (ICES). Em parceria com a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), ele possibilitaria a oferta de cursos superiores sequenciais com duração de dois anos, que atenderiam 40% do total das metas étnico-sociais. Essas informações, segundo o Conselho, seriam importantes para fundamentar o processo de discussão do Pimesp que continua ocorrendo nas Congregações da Unesp.

(retirada de: http://www.unesp.br/#!/noticia/10727/unesp-aprova-metas-de-inclusao-social-do-pimesp/)

Comunicado do centro acadêmico de Serviço Social + Ato estadual contra as sindicancias na UNESP de Franca

Ato estadual contra as sindicancias na UNESP de Franca
Diante das sindicâncias abertas pelo professor Fernando Fernandes (diretor da faculdade e coordenador do grupo CIVI), iremos organizar um ato estadual na terça-feira, dia 03 de Dezembro de 2012, a partir das 14h!
Tratam-se de 31 sindicâncias, mostradas na calada da noite e no fim das aulas, por conta do ato contra a presença de membros da TFP e UDR na Universidade.
Contamos com o apoio de todos para que os 31 estudantes não sejam punidos por lutarem para que a Universidade não seja palco de discurso de ódio