Revogação da punição aos estudantes da Unesp

Retirado de Petição Pública

Escrito por: Comitê de Mobilização dos estudantes da UNESP-Marília

MANIFESTO PELA REVOGAÇÃO DA PUNIÇÃO AOS ESTUDANTES DA UNESP

No ano de 2013 os estudantes da Universidade Estadual Paulista lutaram em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade com processos democráticos, por condições de acesso e permanência ao ensino superior, principalmente para os oriundos da classe trabalhadora, e maior participação nos órgãos decisórios colegiados da universidade. Após meses de greve sem resposta, os estudantes deliberaram pela ocupação na reitoria da universidade que foi logo encerrada, após um acordo que as reivindicações seriam atendidas. Contudo, as reivindicações não foram atendidas e os estudantes realizaram uma segunda ocupação, que foi reprimida pela invasão e detenção de 113 estudantes pela Tropa de Choque.

É importante ressaltar que o governo do Estado, que reprime os estudantes mediante a reitoria, é o mesmo que recentemente reprimiu a greve dos trabalhadores metroviários com bombas, balas de borracha e demissões; que prende ativistas durante as manifestações baseado em provas forjadas; que durante a greve reprimiu os trabalhadores da USP com força policial, reintegrações de posse e cortes de ponto. Isto é, o mesmo governo possui uma orientação clara de reprimir trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e a população pobre e negra das periferias cotidianamente nas cidades.

A forte repressão estatal e a criminalização dos movimentos sociais no último período representa uma postura intransigente e não democrática perante os lutadores. Lutar por direitos é um direito inalienável.

REITORIA PUNE CERCA DE 100 ESTUDANTES EM UMA SINDICÂNCIA FALSA E ARBITRÁRIA

A invasão e detenção de 113 estudantes pela Tropa de Choque em 2013, termina com a punição de cerca de 100 estudantes com suspensão de 60 dias. Essa sindicância baseou-se nos artigos 161 e 162 do Regime Disciplinar, os quais advêm da ditadura civil-militar e se tornaram inconstitucionais após a Constituinte de 1988, quando foi instituído o direito de organização e de manifestação.

As testemunhas arroladas pela reitoria para acusar falsamente os estudantes eram diretores que não estavam no local quando ocorreu a depredação do patrimônio feita pela Tropa de Choque, ação comprovada por vídeos gravados e responsabilidade assumida pelo Coronel Reinaldo em coletiva de imprensa.

Foi negado o direito de defesa para a maioria dos estudantes e a oitiva de todas as testemunhas.

Somam-se à estas mais de 100 processos criminais e processos administrativos disciplinares sobre estudantes dos campi de Araraquara, Rio Claro, Franca e Marília referentes às manifestações e ocupações de direção ocorridas no processo de mobilização entre 2012 e 2014.

Essa posição ditatorial da reitoria demonstra como a luta legítima é tratada como caso de polícia e perseguição política.

A perseguição não pode continuar

A atitude da reitoria é um grave atentado ao direito democrático e à lisura dentro da Universidade e traz graves consequências à vida acadêmica desses estudantes, como a perda de bolsas de estudo e a impossibilidade de os concluintes se formarem nesse ano, por exemplo.

É central uma ampla campanha democrática com diversas entidades, sindicatos e movimentos sociais que se solidarizam com a nossa luta: assinando este Manifesto, compondo nossos atos e atividades, bem como mediante notas e todo tipo de apoio à campanha contra a repressão e pelo direito de lutar.

Passado o período de greve desse ano, no momento, estamos retomando nossas atividades fins, o ensino, a pesquisa e a extensão, e devemos garantir relações democráticas no interior da universidade.

Dessa maneira, o primeiro passo nessa campanha é a luta pela revogação da sanção pelo órgão máximo de deliberação da UNESP, o Conselho Universitário (CO), que reunir-se-á no dia 30 de outubro.

Ninguém Fica Pra Trás!

A Unesp, mesmo fundada durante a ditadura civil-militar, lutou por meio de seus segmentos por uma universidade democrática desde a década de 1970. A história da universidade é uma história de luta e o Movimento Estudantil foi imprescindível nesse processo. A reitoria mancha essa história.

Lutar não é crime, é um direito! Nenhuma punição aos lutadores!

Revogação da suspensão aos estudantes! Ninguém Fica Pra Trás!

Comitê de Mobilização dos estudantes da UNESP-Marília

Pedágio para o fundo de greve e reuniões organizativas do QIB e Encontro das estaduais

Nesta segunda-feira (18.08),  começamos o dia com o Pedágio para o fundo de grevecom a seguinte organização:

Concentração 11h na reitoria pra preparar material e definir questões organizativas.
Saída às 12h. Pedágio começa 13h no Metrô Butantã.
Distribuir panfleto unificado dos estudantes em greve para a população durante o pedágio.

E às 16 horas temos duas reuniões organizativas: a primeira para organizar o Reunião de organização da QiB Contra o Arrocho na prainha da ECA e o GT de organização do Encontro Estudantil das 3 Estaduais Paulistas dentro do Espaço Aquário no Hist/Geo.

Para explicar um pouco o caráter deste encontro e a importância de sua construção, segue o texto explicativo na evento no Facebook:

No final de semana do dia 05 e 06 de julho ocorreu a Plenária Estudantil das três estaduais paulistas. Esta reuniu quase uma centena de estudantes das três universidades – UNESP, USP e UNICAMP – e teve como debates principais: balanço e perspectivas para a greve unificada, cotas, permanência e repressão. A partir destes debates decidimos, por consenso, tomar algumas resoluções, entre elas: que os eixos unificados de nossa greve estudantil são repressão, cotas, permanência e contra a precarização/privatização; formar uma comissão para organizar o próximo Encontro (a ser realizado na USP); fortalecer as campanhas contra a repressão – especialmente em defesa de Fábio Hideki, em defesa dos processadxs de Araraquara (recentemente rolou uma reintegração de posse) e em defesa da readmissão de metroviárias demitidas devido a greve última; iniciar uma articulação entre os campis ultraprecarizados (each-USP, campis experimentais da UNESP, limeira e piracicaba da UNICAMP), entre outras.

A ata desta plenária pode ser visualizada no blogue do Centro Acadêmico de Geografia da USP: https://cegeusp.milharal.org/2014/07/08/ata-da-plenaria-unificada-estudantil-das-tres-estaduais/

 

GREVE – Mobilização na UNESP

ESTUDANTES EM LUTA: CALENDÁRIO DA MOBILIZAÇÃO DXS ESTUDANTES DA UNESP!

*Presidente Prudente: GREVE GERAL (das 3 categorias).
*Franca : GREVE GERAL (das 3 categorias).
*Assis: GREVE GERAL (das 3 categorias).
*Bauru: GREVE GERAL (das 3 categorias).
*São Paulo: GREVE GERAL (das 3 categorias).
*Botucatu: Assembleia com indicativo de GREVE (29/05).
*Araraquara: Assembleia com indicativo de GREVE (29/05).
*Marília: Assembleia com indicativo de GREVE (29/05).
*Rosana: Assembleia com indicativo de GREVE (29/05).
*Rio Claro: Assembleia com indicativo de GREVE (02/05).
*Ourinhos: Assembleia com indicativo de GREVE (05/05).

Unesp em luta!

(fonte: DCE provisório – Helenira Resende)

49 estudantes expulsos da moradia estudantil por baixo rendimento academico – DIREÇÃO DA UNESP ILHA SOLTEIRA OCUPADA

Carta à comunidade acadêmica


A moradia estudantil da UNESP/FEIS encontra-se em situação muito delicada. A direção da nossa faculdade expulsou, sem discutir com os estudantes, 49 pessoas dessa moradia. Eles justificam essa “decisão” por conta do critério de meritocracia (70% de aprovação) que esses moradores devem ter.
Acontece que a maioria desses moradores são pessoas que vieram de escola pública e com muito esforço conseguiram passar pelo vestibular. E sabemos que a atual educação publica brasileira não forma estudantes minimamente preparados para cursar o ensino superior, além disso, esse rendimento acadêmico fica mais comprometido quando além de estudar (muitas vezes em período integral), esses alunos precisam também trabalhar, dificultando inclusive o acesso à pesquisa.
Para piorar ainda mais a situação, a análise para essa exclusão apontou o fato de estudantes, já formados em alguma graduação, não poderem residir na moradia o que é um argumento já superado até mesmo pela reitoria, uma vez que com a greve dos 3 setores (estudantes, servidores e docentes) do ano passado – 2013 – , conseguimos, para esse ano, a reformulação dos critérios para a contemplação de bolsas de permanência estudantil, discussão que só passa despercebida por nosso diretor quando o favorece, pois o outro critério utilizado para essa expulsão foi uma das orientações da COPE – Coordenadoria de Permanência Estudantil, criada por conta da greve aqui apresentada, que coloca como renda máxima para o estudante ter direito ao auxílio, o valor máximo de 1,5 salário mínimo de renda per capita, considerado por essa unidade, a renda bruta (inadmissível, uma vez que há descontos salariais).

DE PERMANÊNCIA NÃO ABRO MÃO, SE PRECISAR A GENTE OCUPA A DIREÇÃO!!!

Retirado de UNESP

Na página do facebook da Unesp de Ilha Solteira já consta que houve corte na internet do campus central depois da ocupação.

Todo apoio à luta das/os companheiras/os da UNESP por permanência estudantil!