Comunicado do centro acadêmico de Serviço Social + Ato estadual contra as sindicancias na UNESP de Franca

Ato estadual contra as sindicancias na UNESP de Franca
Diante das sindicâncias abertas pelo professor Fernando Fernandes (diretor da faculdade e coordenador do grupo CIVI), iremos organizar um ato estadual na terça-feira, dia 03 de Dezembro de 2012, a partir das 14h!
Tratam-se de 31 sindicâncias, mostradas na calada da noite e no fim das aulas, por conta do ato contra a presença de membros da TFP e UDR na Universidade.
Contamos com o apoio de todos para que os 31 estudantes não sejam punidos por lutarem para que a Universidade não seja palco de discurso de ódio
Cronograma:12h00 – Oficina de Cartazes na Várzea
14h00 – Congregação e ato pacífico durante a congregação.
17h00 – Debate/Ato na Várzea (MESA A CONFIRMAR) – presença de professores da UNESP Franca, USP, Unicamp; estudantes de várias UNESPs, USP, Unicamp e de várias entidades, como DCE Unicamp. União Nacional dos Estudantes, DCE USP, Sindicato dos trabalhadores da Unicamp, Sindicato dos Trabalhadores da USP etc.A presença de tod@s que acreditam numa universidade livre, democrática e socialmente referenciada é ESSENCIAL!
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REPRESSÃO NA UNESP FRANCA
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“Quem não se movimenta não sente as correntes que os prende”
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Em 28 de agosto de 2012, vieram a Franca a convite do CIVI (curso de introdução à vida intelectual), grupo conservador da Unesp que tem como sua principal referência Olavo de Carvalho e com o apoio da direção do campus, Dom Bertrand, herdeiro da família real brasileira, líder da UDR (União Democrática Ruralista), movimento que prega abertamente que os grandes latifundiários brasileiros organizem milícias para atacar os movimentos sociais e camponeses que lutam pela reforma Agrária, além de fazer uma defesa fervorosa contra as comunidades quilombolas no interior do País e o jornalista Sepúlveda, membro do grupo Tradição, Família e Propriedade (TFP), entidade homofóbica e machista, inimiga número um dos direitos humanos e defensora saudosa do regime militar. Ambos ganharam notoriedade realizando uma campanha fervorosa contra a aprovação de uma emenda constitucional para punir os fazendeiros que se utilizam de trabalho escravo ainda hoje no Brasil.
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No dia da palestra, o movimento estudantil, que já possui uma importante tradição de lutar lado a lado dos trabalhadores da cidade, mostra que continua ao lado deles, dos sem terra que lutam por reforma agrária, dos quilombolas, das mulheres, dos negros e dos homossexuais não se seduziram pelo falso discurso de “liberdade de expressão” defendido pelos conservadores. Um ato de mais 200 pessoas rechaçou a presença de ambos na universidade pública e a palestra foi cancelada.
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Hoje, dia 26 de novembro, 31 alunos de diversos cursos e anos, receberam um mandado de citação sendo sindicados e responsabilizados pelo não acontecimento da palestra. Baseados num regime interno ditatorial e amparados pela estrutura de poder antidemocrática que vigora na universidade, a burocracia acadêmica tenta punir estudantes aleatoriamente na tentativa de reprimir todo um movimento que fez ecoar as vozes dos explorados e oprimidos na universidade pública contra as ideias dos setores mais conservadores da sociedade.
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Desta forma, solicitamos a solidariedade ativa de todos os que se posicionam ao lado da classe trabalhadora e dos oprimidos e pedimos o envio de moções de repúdio à sindicância instaurada e a perseguição política de todxs lutadores do país. Chamamos a todas as organizações políticas, entidades estudantis, sindicatos, grupos de direitos humanos, entidades de categorias profissionais e militantes a se posicionarem e encamparem conosco uma grande campanha contra a repressão política a todxs movimentos de luta.Centro Acadêmico de Serviço Social “Rosa Luxemburgo
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