Moção de apoio à ocupação da UFPR

“Carregamos um mundo novo em nossos corações, que cresce a cada momento. Ele está crescendo neste instante […].”
Buenaventura Durruti

Nós do Rizoma, uma tendência libertária e autonôma que atua na USP, gostaríamos de expressar publicamente nosso apoio e solidariedade aos estudantes ocupantes da reitoria da UFPR. Entendemos que a única maneira efetiva e transformadora de lutar por conquistas sociais é tendo a ação direta como método – pois somente quando os próprios interessados protagonizam a luta, sem contar com representantes ou intermediários políticos, se torna possível a transformação social e o avanço rumo as nossas bandeiras, além de fortalecer a construção e o amadurecimento do movimento como um todo: é na participação real na luta política que se aprende a lutar e fazer política transformadora. E sendo toda ocupação uma forma de ação direta combativa, e que coloca em cheque a própria hegemonia territorial, essa além de possibilitar as importantíssimas experiências de autogestão autonôma do espaço ocupado, é também e por isto mesmo, um forte instrumento de pressão para alcalçarmos nossas reivindicações.

Viva a construção da greve geral na educação!
Todo apoio as ocupações universitárias!
Viva a ação direta e a solidariedade!
Lutar por uma outra universidade para construir uma outra sociedade!

Rizoma – Tendência Libertária e autonôma, 12/07/12

Moção de apoio aos estudantes que ocupam a reitoria na UFPR!

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O comando de greve da UNIFESP- Guarulhos apóia os estudantes da Universidade federal do Paraná na ocupação da reitoria que ocorreu no dia 03 de julho de 2012. Acreditamos que tal medida é conseqüência da posição intransigente e negligente da administração que não apresentou soluções plausíveis para os problemas enfrentados na Universidade.
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Lamentamos o não apoio do Diretório Central dos Estudantes da UFPR  à ocupação da Reitoria, assim como sua política oportunista e governista, pois entendemos que se faz necessária a paralisação das atividades e serviços de tal segmento da instituição como medida estratégica para pressionar no processo de negociação das pautas reivindicadas desde o dia 29 de maio. Repudiamos também qualquer tipo de acobertamento e aliança com o governo e suas entidades filiadas.
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A UFPR, assim como tantas outras instituições federais, sofrem com o sucateamento da educação pública nesse país. A greve nacional é a luta pela educação pública de qualidade, é a luta por maior acessibilidade, por assistência estudantil, por estrutura, é uma luta que defende e exige a democracia dentro da universidade, assim como o fim das terceirizações e privatização dos setores públicos. Tendo em vista a conjuntura atual,  entendemos a ocupação como uma importante tática, uma vez que não apenas no Paraná assistimos um constante desprezo pelas reivindicações do movimento estudantil.

Nesse sentido, vimos através desta moção não apenas nos solidarizar, mas também somar forças contra a repressão sofrida pelo movimento estudantil, expondo sempre a necessidade de se travar uma luta contra qualquer tipo de punição, seja aos alunos que compõem o comando de greve e que ocupam a Reitoria Universidade Federal do Paraná, seja por qualquer outro comando ou grupo de alunos grevistas.

Toda a força ao movimento estudantil,

Avante na luta pela educação pública no Brasil!

Comando de greve da Unifesp/Guarulhos

MOÇÃO DE APOIO AOS ESTUDANTES PRESOS DA UNIFESP (dos processados da USP)

É universalmente reconhecido que a sociedade brasileira possui desigualdades radicais.

O discurso comum sobre o tema, transmitido na televisão, nas rádios e na internet, alega que as desigualdades do Brasil existem por causa de ações degeneradas de incompetentes e corruptos, afirmam que a miséria é uma mescla da “imoralidade” dos políticos com a “indisciplina” dos “vagabundos”, e que as soluções corretas abrangeriam um conjunto de medidas que vão da “diminuição dos gastos” ao fim da “criminalidade” e dos “bandidos”, passando pela “criação de leis mais rígidas” e pelo incentivo ao “setor privado” e ao “desenvolvimento nacional”.

Mas a que e (mais importante) a quem vale tal discurso?

Esse discurso visa dar sobrevida aos modelos vigentes de produção econômica e de gestão das populações. Ou, em outras palavras, visa salvaguardar o capitalismo e o Estado. Não é por acaso, desse modo, que os grandes difusores (e beneficiários) desse discurso sejam os governantes executivos do Estado, as chefias legislativas e burocráticas, grupos conservadores de juízes, desembargadores e promotores do judiciário, os proprietários e especuladores de grandes fundações e empresas, os pesquisadores e cientistas alinhados aos interesses da acumulação, os grandes oligopólios da informação, as altas patentes militares – o exercício do poder fia o tecido que os associa na manutenção da ordem vigente.

Quando nós, presos nas movimentações políticas na USP e UNIFESP, reivindicamos condições justas de educação, trabalho e convívio na universidade pública (condições que o capitalismo e o Estado não podem oferecer), estávamos também – espontânea e objetivamente – nos colocando contra todas as forças associadas que exercem o alto poder em nossa sociedade capitalista. E sim, foi essa oposição que motivou as prisões e os processos criminais, as agressões e as ofensas, as torturas, as expulsões da universidade e as demissões.

Por outro lado, é essa oposição que também nos une, estudantes da USP, e da UNIFESP, UNILA, UNIR, e tantas outras, todos presos e processados, mas todos também lutadores frente a necessidade de resistir à privatização do ensino superior, às explorações do trabalho terceirizado, aos espetáculos da sociedade consumista e ao autoritarismo de homens de farda e de terno e gravata. E para resistir, é necessário lutar.

TODO APOIO AOS 26 ESTUDANTES PRESOS DA UNIFESP!
POR UMA EDUCAÇÃO SUPERIOR PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE!
NÃO À REPRESSÃO!

Processados na USP

Moção de Solidariedade aos Estudantes da UNILA

Nós da tendência estudantil Rizoma gostaríamos de manifestar nossa completa solidariedade e apoio aos estudantes da UNILA (Foz de Iguaçu), e repudiar veemente a ação da polícia militar na Quebrada do Guevara no dia 3 de junho.

Com esta ação, a PM expõe por mais uma vez suas origens e tendências fascistoides – agredindo e detendo estudantes tão somente por estes estarem reunidos, deixando transparecer também uma grande dose de xenofobia e de intolerância política. Não nos enganamos, a PM da ditadura é a mesma PM da democracia – segundo dados oficiais, a PM assassinou em 2011 um total de 290 pessoas só na cidade de São Paulo. Isto para não lembrarmos de massacres como o de maio de 2006, quando a mesma polícia acabou com a vida de mais de 500 pessoas.

Fora PM do mundo!

Rizoma – Tendência Libertária Autônoma. 19/06/12

Moção de solidariedade a greve das Universidades Federais

Nós do Rizoma – uma tendência estudantil formada por estudantes de diversos cursos da USP – gostaríamos de expressar nossa solidariedade e apoio à greve e aos grevistas das mais de 50 universidades federais. Entendemos que a luta por uma educação popular, livre e gratuita é uma só, assim como nossos inimigos nessa luta também formam um só grupo unido – o Estado e seus braços, e os interesses do capitalismo – nós também devemos nos esforçar para fortalecer nossos laços.

Gostaríamos, em especial, de expressar nossa aversão ao braço armado do Estado – a polícia – e seus violentos atos de repressão política ao movimento estudantil da UNIFESP de Guarulhos. Repressão que nos choca por sua violência, e também por ser abertamente política. Ademais, no Brasil atual temos uma população carcerária de cerca de 500mil pessoas, em geral pobres, e que foram presos ou por comercializar produtos ilícitos, ou por atos contra a propriedade privada – o que deixa explícito o papel de classe e político da polícia e do sistema penitenciário. O verdadeiro roubo é a propriedade privada!

Estamos juntos na luta contra a política, a economia e a educação das classes dominantes!

Por uma sociedade sem Estado e sem polícia!

Rizoma – Tendência Libertária e Autônoma – 18/06/12