Nota em apoio aos estudantes da PUC

“A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa” Marx, o barbudo.

Já vimos este filme antes, e sabemos o desenrolar da história.

Atropelando o processo já nada “democrático”, alguém – que se considera acima de todos os mortais – elege como reitor(a)aquele/a que não ocupa o primeiro lugar da feudal lista tríplice.

Quando o ocorrido foi na USP, o desenrolar da história foi cada vez pior. De invasão da PM no campus, eliminações e processos à câmeras espiãs por toda a usp – incluindo os refeitorios. Estamos todxs reféns de uma reitoria que veio, a toque de caixa, destruir a Universidade Pública, a livre criação artística e os direitos de manifestação política garantidos pela – tão santificada e nada revolucionária – constituição.

Desde já nos colocamos totalmente em apoio ao movimento grevista, e saudamos a atitude dos docentes e trabalhadores em apoiar ativamente as reivindicações, o que demonstra que os estudantes não estão isolados nessa luta, e que ela não é interessa somente a um setor da Universidade. Quando o mesmo ocorreu na USP, pagamos pela imobilidade dos outros setores, que nos apoiaram de maneire geral tão somente com palavras bonitas. Fato que facilitara a criação de uma imagem estigmatizada dxs estudantes da USP como baderneirxs que usam o dinheiro público para não estudar por parte da grande mídia. Este estigma foi e é mais uma das tantas barreiras que temos que enfrentar ao tentar construir um movimento forte, mas não desanimemos com a manipulação da mídia – esta possuí seus próprios interesses em quanto grupo social. E se mentem sobre nós, é porque combatemos suas políticas opressoras e a de seus aliados.

Nos colocamos em solidariedade e lado a lado para o que for preciso.E dizemos: Sigam fortes, sigam em luta!

Todo apoio à greve da PUC/SP!
Viva a ação direta e a solidariedade!

Saudações libertárias, Rizoma – Tendência libertária e autônoma

MANIFESTO PELO FIM DOS MASSACRES (por Rede 2 de Outubro)

“O ser humano é descartável no Brasil / como modess usado ou bombril
Cadeia guarda o quê o sistema não quis / esconde o que a novela não diz”
Racionais MCs, “Diário de um Detento”

Em 2 de outubro de 1992, no mínimo 111 homens presos e desarmados foram brutalmente executados por mais de 300 policiais militares fortemente armados, fato nomeado historicamente como o “Massacre do Carandiru”.

Foi o maior massacre da história das penitenciárias brasileiras, só comparável aos grandes massacres indígenas e africanos do período Escravocrata e aos massacres de grandes rebeliões populares ao longo da história do país, como Palmares e Canudos. A exemplo do que ocorreu em relação às prisões, torturas e assassinatos da Ditadura Civil-Militar brasileira (1964-1988), também em relação ao “Massacre do Carandiru”, ocorrido em pleno regime ‘democrático’, operou-se e ainda se opera uma série de medidas para negar às vítimas e à sociedade o direito à memória, à verdade e à justiça.

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Moção de repúdio à violência policial aos etudantes da UFES (Rizoma e CQM)

Nós, estudantes e trabalhadores do Coletivo Quebrando Muros e da Tendência Libertária Rizoma, vimos por meio desta moção repudiar a ação violenta da Polícia Militar do Espirito Santo contra os estudantes da UFES- campus de Goiabeiras, no dia 05 de outubro. Entendemos que a Universidade deve ser um espaço democrático e de debate crítico, e JAMAIS de repressão policial e que os estudantes podem e devem utilizar os espaços da universidade, não só no âmbito acadêmico, como também no político, cultural, social, prezando sempre pela autonomia e livre expressão.

Percebemos que os casos de militarização dos campi de diversas universidades públicas do país só vem aumentando, já tivemos casos recentes na USP, UNIFESP Guarulhos, UERJ e agora a UFES entre tantos outros. Esta postura é contrária aos direitos de liberdade de pensamento e manifestação dentro da universidade, visto que fere a autonomia universitária. Em todos os exemplos, vemos que a intervenção policial
sempre é violenta, e vem no intuito de conter manifestações e atos de estudantes e trabalhadores em luta por melhorias na educação, condições de trabalho e agora até em atividades culturais.

Nesse sentido, é inadmissivel a violência cometida contra os estudantes da UFES.
Expressamos também nosso total apoio aos estudantes!

FORA PM DA UFES!

Coletivo Quebrando Muros
Rizoma – Tendência Libertária e Autônoma 

 

Moção de apoio dos estudantes da geografia ao ato ocorrido no dia 20/09

retirado de: http://cegeusp.blogspot.com.br/2012/09/mocao-de-apoio-dos-estudantes-da.html

Os estudantes reunidos em assembleia da geografia no dia 24/09 declaram sua profunda indignação pelo processo antidemocrático de escolha do novo diretor da FFLCH, no qual, em um universo de 15.000 alunos, professores e funcionários, a decisão dos rumos de nossa unidade fica a cargo de uma pequena minoria.
No dia 20/09 os estudantes conseguiram barrar a votação para escolha do diretor da FFLCH programada para aquele dia, a partir de um ato que reuniu cerca de 200 estudantes, contando com a participação do DCE, Centros Acadêmicos, Atlética, Bateria e diversos correntes do movimento estudantil. Tal fato teve o intuito de mostrar o descontentamento dos estudantes pela falta de democracia e diálogo da direção, que sequer deixou que os 5 representantes discentes escolhidos pelos centros acadêmicos de cada curso pudessem acompanhar as eleições.
Acreditamos que essa mobilização estudantil foi um passo fundamental para mostrar a necessidade de se rediscutir a estrutura de poder existente hoje na Universidade, que centra as decisões nas mãos de poucos, sem a participação de fato de estudantes, funcionários e do conjunto dos professores.

 Assembléia dos Estudantes da Geografia.
CEGE (Centro de Estudos Geográfico Capistrano de Abreu)

Nota de apoio a ocupação da Congregação da FFLCH

Nota de apoio a ocupação da Congregação da FFLCH em PDF

“Paz sem voz não é paz, é medo” – o Rappa

Nós da tendência libertária e autônoma Rizoma gostaríamos de expressar nosso apoio a ação protagonizada pelo movimento estudantil no dia 20 de setembro. Neste dia ocorreria a ratificação do sucessor à direção da FFLCH na reunião da Congregação, todavia, dezenas de estudantes que ali se encontravam para protestar contra a feudal “democracia” universitária e contra os ditadoriais processos disciplinares, decidiram por ocupar a solene reunião, e interromper o ritual de sucessão. Cabe dizer que até mesmo a leitura da carta tirada em plenária estudantil da FFLCH não fora permitida pela atual direção.

Apesar de termos críticas à maneira que a pauta de democracia tem sido desenvolvida pelo movimento – tanto por considerarmos que a pauta principal deve ser a luta contra a repressão, quanto por entendemos que é insuficiênte realizarmos tão somente a crítica àqueles que ocupam cargos de poder e a crítica aos processos de escolha destes, já que o problema é fundamentalmente a estrutura hierárquica em si, não é o rei, mas sim o trono – entendemos que o ocorrido deixa explicito que mesmo para questões burocráticas e menos relevantes a única maneira eficaz que temos para exigir nossas pautas é através da ação direta, é através da força de nossa mobilização. E que, assim sendo, abre-se uma possibilidade do movimento retomar o caminho da luta, e – quem sabe – alcançar conquistas reais.

Por último, gostaríamos de repudiar veemente os setores do movimento estudantil que se posicionaram contra a mobilização ocorrida e a favor da burocrática Congregação. Entendemos que não há neutralidade possível dentro das lutas sociais, e que se posicionar contra a ação direta e a luta, e pela passividade, pela inatividade e junto com a burocracia, é equivalente a apoiar a atual estrutura de poder e as diversas “violências” que esta vem sistematicamente executando contra estudantes e trabalhadorxs. É necessário que o conjunto do movimento deixe claro que não aceitará em seu seio este tipo de posição covarde e que tão somente serve para atravancar e fragmentar a nossa luta.

Viva a ação direta!
Violento é o Estado, sua polícia e suas estruturas burocráticas!
Saudações libertárias!

Rizoma, setembro 2012