Todo apoio a ocupação da Universade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)!

Nós do Rizoma – uma tendência libertária e autônoma do movimento estudantil da USP – gostaríamos de publicizar nosso apoio à ocupação protagonizada por estudantes da Universade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) contra a precarização do ensino superior estatal. A situação é tão explicitamente drástica que até setores da extrema extrema direita (de maneira obviamente oportunista) se colocaram contraditoriamente a favor da tomada coletiva e autônoma de espaços estatais da Universidade.

Já que pouco podemos fazer devido a distância, que ao menos contribuamos para reverbar os gritos de revolta vindos da UFRRJ, e, para quem sabe assim, dar a vocês a certeza que não estão sozinhos nesta caminhada!

Contra o sucoteamento do ensino estatal!
Viva a ocupação como método de luta!
Viva a solidariedade estudantil!

Saiba mais em: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2013/03/517373.shtml
http://oglobo.globo.com/educacao/alunos-da-rural-convivem-com-instalacoes-precarias-inundacoes-7928228
http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/03/26/reitora-da-ufrrj-reconhece-problemas-e-reclama-de-historia-de-faltas-de-investimentos.htm

Grupo do facebook: http://www.facebook.com/groups/568773819813753/

ou até mesmo (pasmem) pelo fascistóide de extrema extrema-direita:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-situacao-miseravel-de-uma-universidade-federal-e-a-cascata-do-pt-ou-pela-primeira-vez-aplaudo-uma-invasao-de-reitoria-ali-quem-esta-desrespeitando-a-lei-e-o-mec-ou-mais-um-flagrante-da-farsa/

Todo apoio à luta contra a mercantilização da UDESC!

Todo apoio a luta das estudantes da UDESC!!!
Todo apoio a ocupação como método de luta (outras virão…)!
Abaixo a mercantilização do ensino!
Por mais investimento em acesso e pemanência!
Pela autonomia e a autogestão universitária!

Saiba mais em:

http://desacato.info/2013/03/ocupa-udesc-48h-de-mobilizacao/
http://desacato.info/2013/03/ocupa-udesc-pauta-de-reivindicacoes-do-movimento-estudantil/
http://desacato.info/2013/03/comunicado-da-udesc-grupo-de-estudantes-desocupa-reitoria-de-maneira-pacifica-apos-liminar/

Assita e ouça o funk da ocupação da UDESC:

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Nota de solidariedade ao companheiro Messias

“Perseguido eu já nasci, demorô!” – Racionais MC

Nós do Rizoma, uma tendência estudantil libertária e autônoma, viemos através desta nota expressar nossa solidariedade ao companheiro Messias, trabalhador bancário e militante sindical. Depois de mais de duas décadas de trabalho de segunda à sexta na Caixa Econômica Federal, Messias – referência sindical para toda a categoria bancária, e que nunca trocara esta e seu posto de trabalho por uma confortável, porém muitas vezes ambígua, cadeira de diretor sindical liberado – foi vítima de um processo administrativo extremamente questionável, que obviamente encontra raízes em sua militância, o qual o condena a demissão por insubordinação no final do mês de janeiro (tendo ele trinta dias para recorrer da decisão).

Frente a um contexto de escalada da violência estatal, de intensa criminalização dos movimentos sociais e das lutas, e que sem dúvidas não pode deixar de ser relacionado com o fracasso dos projetos políticos sociais democratas, mas também com as crises econômicas e políticas externas e internas ao território dominado pelo Estado brasileiro, entendemos que nossas principais armas são a solidariedade combinada com a ação direta. Assim teremos chance de resistir contra as perseguições, contra os insistentes ataques às organizações populares e seus militantes, e contra a precarização da vida e perda de direitos – no caso dos direitos trabalhistas, hoje corremos o risco de perder direitos históricos reunidos na CLT, os quais foram conquistados com muita greve, ação direta e organização há cerca de um século atrás.

Na Universidade de São Paulo passamos ainda agora por uma perseguição política semelhante que acarretou em mais de cinquenta processos administrativos contra estudantes e trabalhadores. Todavia, foi organizada uma campanha política e jurídica, durante a qual recebemos o apoio e solidariedade de diversos movimentos e organizações, e construímos atos e outras ações diretas, o resultado de todo esse processo de luta foi que conseguimos ao menos que não houvessem novas expulsões tampouco demissões – o que não significa que esta luta acabou, afinal, ainda existem estudantes e trabalhadores expulsos e demitidos por questões políticas, e mesmo esses processos não foram totalmente encerrados ainda. Agora no começo de fevereiro o Ministério Público entrou com uma denúncia contra xs 73 que foram presos durante o despejo na reitoria.

Nos colocamos a disposição para construir ombro a ombro uma campanha política em defesa do companheiro Messias, pois entendemos que a solidariedade não pode se limitar a palavras num papel.

Pelo arquivamento imediato do processo de demissão do companheiro Messias!
Pela readmissão de estudantes e trabalhadorxs expulsxs/demitidxs!
Pelo fim à perseguição política!

Rizoma, tendência libertária e autônoma
fevereiro de 2013

Moção de repúdio dos trabalhadores e trabalhadoras da usp à agressão sofrida pelo estudante andré baliera

Nós, trabalhadores e trabalhadoras da USP reunidos em Assembléia no dia 05/12 repudiamos a agressão homofóbica sofrida por André Baliera estudante da Faculdade de Direito da USP nesta segunda-feira dia 03/12 na zona oeste de São Paulo. Consideramos que a homofobia é uma violenta forma de opressão, um ataque ao direito sobre nosso corpo, uma forma de nos dividir e sustentar a ordem social de exploração em que vivemos sob o capitalismo. Por isso repudiamos a ação daqueles que espancaram o estudante André pelo simples fato de ser homossexual. Esta agressão se soma a centenas e milhares de agressões que ocorrem todos os meses contra homossexuais, lésbicas, travestis e transexuais, levando muitas vezes à morte das vítimas. É fundamental que, enquanto trabalhadores e trabalhadoras, tomemos para nós a luta contra qualquer forma de opressão, repudiando todas as agressões, exigindo toda liberdade de exercício de qualquer orientação sexual e avançando na luta contra este sistema capitalista que nos explora e nos oprime.
Basta de opressão! Basta de homofobia! Abaixo o capitalismo!

 

Nota do Rizoma e do coletivo Autônomo de Campinas sobre a agressão no Autônomos FC

“Então, reconhecer a estruturalidade da violência machista é começar a criar as condições necessárias para evitá-las e, finalmente, assumir a responsabilidade quando isso acontece em nosso meio. Mas muitas vezes isso não acontece porque assumir essa responsabilidade é abrir a porta à possibilidade de nos reconhecermos na pele do agressor, o que dá eco a lamentáveis estratégias de corporativismo masculino, nos quais os companheiros guardam silêncio por medo a que suas cabeças rolem junto à dos que estão sendo assinalados abertamente neste momento.”1

Nós do coletivo Rizoma – Tendência Libertária Autônoma e do Coletivo Autônomo de Campinas vimos a público nos manifestar frente à agressão ocorrida no Autônomos e Autônomas Futebol Clube.

As atitudes intimidatórias praticadas por alguns integrantes do Autônomos Futebol Clube, e a conivência dos demais, tornaram inviável a participação segura de diversas companheiras no mesmo espaço político. Compreendemos que toda prática de opressão seja ela manifestada de forma física, patrimonial, psicológica e/ou emocional deve ser tratada com a mesma seriedade. Relativizar casos de machismo como “mais, ou menos opressivos” é reforçar os discursos de deslegitimação da denúncia feita e a manutenção das estruturas do patriarcado.

Acreditamos na autonomia de cada coletivo, organização e/ou espaço libertário para lidar com as questões de machismo da forma que seja decidida pela sua coletividade. No entanto pedimos por coerência entre os ideais libertários/anarquistas e sua prática cotidiana. Mais do que nunca, julgamos emergente o comprometimento do meio libertário/anarquista com a questão de gênero, e, por isso, entendemos que, tanto o Autônomos Futebol Clube, quanto o espaço Casa Mafalda foram coniventes ao se silenciarem perante o ocorrido.

Desta forma marcamos nossa posição e declaramos que todas as tentativas de acobertamento de agressões serão encaradas por nós como continuidade do processo opressivo. Acreditamos que, se nós, enquanto libertárixs, temos coragem para confrontar o sistema, precisamos ter ainda mais coragem para encarar os processos internos aos nossos espaços que reproduzem essas formas de dominação.

Colocamo-nos em solidariedade à todas as companheiras que rompem com a corrente do silêncio e tiram os movimentos sociais de suas zonas de conforto-opressão e os colocam em questionamento. Se nossas lutas têm suas estruturas calcadas em processos de dominação do hetero-patriarcado e não estamos dispostxs a romper radicalmente com estas bases, melhor pararmos de brincar de revolução.

Nenhuma agressão ficará sem resposta

Nota

1) Texto: Quem teme aos processos coletivos? Notas Críticas sobre a ‘gestão’ da violência machista nos movimentos sociais – disponível no blog Difusora Feminista D.I.Y: difusionfeminista.blogspot.com.br/2012/… – Tradução livre feita pelo coletivo Rizoma