[FORA PM] REINTEGRAÇÃO DE POSSE NO ACAMPAMENTO (REITORIA PIQUETADA)

Via GREVE USP 2014

Ocorreu na manhã de hoje (24/agosto) a a reintegração de posse do prédio da Reitoria onde estavam acampados funcionários e estudantes em greve.

Policiais Militares chegaram ao acampamento, situado em frente ao prédio da Reitoria como forma de garantir o piquete 24 horas, com ordens para desobstruir as portas. Por voltas das 07h30 a porta principal já estava aberta e todas as barracas que estavam no estacionamento, que foram consideradas pela polícia como “esbulho”, também foram retiradas. A polícia foi embora por volta das 08h e o acampamento segue em frente à reitoria apesar de não mais estar bloqueando o acesso.

Os piquetes são métodos históricos e legítimos utilizados pela classe trabalhadora como forma de pressão quando há intransigência e ausência de negociação entre os de acima (chefes, patrões, governos, reitores, etc) e o movimento grevista.

A polícia militar fez o que já se tornou rotina na USP. Interviu militarmente contra os métodos de greve. Se há algum tempo atrás (não tão distante assim) era inconcebível e inadmissível uma ação militar dentro de qualquer que seja o campus universitário, agora a Polícia Militar do Estado de São Paulo – aquela mesma que mais mata nas periferias – entra e sai da Universidade de São Paulo como se fosse a sua grande base móvel.

Só nesta greve já tivemos diversas ações militares contra a greve: PM impedindo piquete em diversos prédios, como no caso do prédio da Odontologia que o chefe de departamento acionou a polícia para impedir que trabalhadores em greve questionassem o ilegal corte de pontos em suas folhas de pagamento; reintegração de posse no acampamento/piquete do Centro de Práticas Esportivas, a reintegração de posse que foi realizada hoje às 06 horas da manhã no acampamento em frente à reitoria, e a ação para abrir os portões da USP no último trancaço que contou com enorme quantidade de armamentos utilizados contra estudantes e trabalhadores.

Balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral, assédio e perseguição parecem ser as únicas ferramentas que a Reitoria possui para administrar a maior universidade do país. O reitor Marco Antônio Zago está disposto a tudo para privatizar a USP e encerrar para sempre o projeto de universidade pública que nós defendemos. Mas nós estamos dispostos a tudo E MUITO MAIS para defender um universidade do povo e para o povo, onde trabalhadores recebam salários dignos, onde não haja terceirização, onde o direito à greve seja preservado e acatado, onde a população pobre e preta que sustenta esta universidade possa ingressar e permanecer em suas salas de aulas, de pesquisas, seus laboratórios e em todos os lugares que quiserem e não apenas nos setores de limpeza onde hoje são maioria.Seguimos em luta porque não admitiremos que os Hospitais Universitários sejam desvinculados de sua maior função: formar profissionais qualificados, cientes de sua função social e acima de tudo: continuar sendo um hospital público à serviço da população!

Todas as nossas tentativas de diálogo com a reitoria se mostraram fracassadas, a resposta sempre foi uma porta na cara e a polícia no nosso pé.

Convocamos todas as pessoas ao acampamento que SEGUE em frente à reitoria piquetada para garantirmos este espaço no que se refere ao dia de hoje. A partir de segunda tomaremos as pŕoximas decisões nos fóruns que lhes cabem: Comando de Greve e Assembleia Geral.

E como já dizíamos desde o começo desta greve: NÃO TEM ARREGO

[DEBATE] Protestar Não É Crime

QUANDO:

Domingo (29.06)

HORÁRIO:

14h – 18h

LOCAL:

Cursinho Popular ACEPUSP (rua da Consolação, 1909

EVENTO

CONVIDADOS:

Givanildo-Giva Guarani Kaiowá Manoel
Militante do Tribunal Popular, do Comitê pela Desmilitarização da Polícia e da Política e do Comitê Popular da Copa. É também militante e um dos Coordenadores do Setorial Nacional de Direitos Humanos do PSOL.

Mayara Vivian
Militante do Movimento Passe Livre – São Paulo.

Yuri Polvilho
Militante do movimento estudantil da USP e da OASL

ATO DE APOIO AOS METROVIÁRIOS

Na segunda-feira (9/6), a partir das 7h, em frente à estação Ana Rosa será realizado o Ato Unificado de Apoio aos Metroviários.
O Ato terá a participação do MTST (Movimentos dos Trabalhadores Sem-Teto), MPL (Movimento Passe Livre), das Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, NCST, CTB, CSP-Conlutas, CGTB e CSB, entre várias outras entidades.

O ato é uma resposta dos movimentos sociais, sindicatos e centrais e juventude trabalhadora à intransigência do governo Alckmin. Participe!

extraído de: http://www.metroviarios.org.br/site/index.php?option=com_content&Itemid=&task=view&id=1840

Polícia invade Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mais uma universidade foi palco de ações desastrosas da Polícia Militar (PM). Depois da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ser transformada em campo de guerra no final de março, dessa vez a repressão policial ocorreu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na madrugada de sexta (19) para sábado, terminando a ação com quatro estudantes detidos e vários feridos.

 

 

 

De acordo com uma nota divulgada pelos diretórios acadêmicos de educação física, enfermagem e história da UFRGS, a Escola de Educação Física (ESEF) da universidade sediava o 98º Conselho Nacional de Entidades de Enfermagem naquele dia. Perto das 1h30 do sábado uma viatura da PM se aproximou do portão e um policial avisou que haveria uma reclamação de som alto por parte da vizinhança. Ainda que os estudantes tenham encerrado a festa em razão da reclamação, a PM não se deu por satisfeita e exigia que sua entrada no campus fosse liberada.

 

 

 

Os estudantes e os seguranças patrimoniais terceirizados negaram, então, a entrada dos policiais. Minutos depois, a PM voltou ao portão da ESEF, dessa vez com três viaturas. Avisaram que haveria mais dez reclamações por som alto, ainda que a festa já tivesse sido encerrada. Tendo a entrada novamente negada, duas viaturas se retiraram do local. Porém, os estudantes que conversavam com a polícia foram surpreendidos por um ataque, pelas costas, de doze policiais que agiram com extrema violência contra os negociadores e imediatamente algemaram um dos estudantes. Em seguida os policiais passaram a dar cacetadas, socos e empurrões, a ameaçar os estudantes com armas apontadas, e a retirar celulares dos presentes.

 

 

 

Ao fim, quatro estudantes foram detidos, dois de educação física, um de história e uma de enfermagem – acusados de desacato, desobediência e resistência à prisão. Eles foram encaminhados à 8ª Delegacia de Polícia, e em seguida ao Departamento Médico Legal, sendo três deles liberados às 6h, e outro às 8h30, devido à necessidade de atendimento médico por causa das agressões policiais.   Os três diretórios acadêmicos envolvidos afirmam que a ação policial na UFRGS foi mais uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais, “sobretudo no período que sucede as grandes mobilizações de 2013 e inicio de 2014 e antecede à realização da copa do mundo, onde o Estado repressor já aponta suas armas para aqueles que ousam questionar a ordem barbarizante que rege nossa sociedade”.

http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=6739