USPRETA: Semana das Artes Negras da ECA

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USPRETA: Semana das Artes Negras da ECA
de 3 a 7 de novembro

Nós da Opá Negra, convidamos a todas/os para a 1° Semana das Artes Negras da ECA, que acontecerá entre 3 a 7 de novembro integrando as artes cênicas, as artes visuais, o audiovisual e a música.

Venham participar das atividades e ajudar a construir o movimento negro dentro da USP!

PROGRAMAÇÃO

// SEGUNDA (03.11)

16H-18H (Prainha ECA)
– Oficina de Turbante Preta Rainha com Débora Marçal
(numero de vagas limitado – as inscrições serão por e-mail)

18H30 (Praça do Relógio)
– Performance Raiz Forte

19H (no teatro laboratório do CAC – Artes Cênicas)
– Debate com OS CRESPOS, COLETIVO NEGRO e AS CAPULANAS

// TERÇA (04.11)

15H (no Auditório do CTR – Audiovisual)
– Exibição do documentário “Zumbi somos nós” + Roda de conversa com o Coletivo Frente 3 de fevereiro.

18H (no Auditório do CTR – Audiovisual)
– Exibição do filme “Negação do Brasil”

// QUARTA (05.11)

14H30 (no Quadrado das Artes)
– Oficina de Grafite nas paredes da ECA
(numero de vagas limitado – as inscrições serão por e-mail)

18H (no Departamento de Artes Plásticas)
– Conversa com artistas: MOISÉS PATRICIO, JAIR GUILHERME FILHO E CLAUDINEI ROBERTO

// QUINTA (06.11)

14h30 (no CMU) Duo de trompete Atila Silva e Luan Charles

15h Palestra sobre a influência Africana na música com Prof Dr. Zé Alexandre Carvalho.

– Festa USPRETA (Opá Negra + Canil_)

https://www.facebook.com/events/661579703955357/?notif_t=plan_user_joined

// SEXTA (07.11)

14H (no Departamento de Artes Plásticas)
– Debate com MARCELO D’ SALETE

Em breve, mais informações.
e-mail: coletivo.opanegra@gmail.com

[Hoje] Reunião aberta do CALC no Audiovisual sobre permanência estudantil

QUANDO:

Terça-Feira (14.10)

HORÁRIO:

18h

LOCAL:
Em frente ao Departamento de Audiovisual CTR

EVENTO

 

Texto do Evento:

Durante as mobilizações de 2013 e 2014 dentro da universidade, surgiu o tema da demanda estudantil em relação à permanência. Depois de passar pelo filtro social do vestibular, que deixa tantos de fora, como se manter na universidade e estudar com qualidade com a falta de bolsas de estudos, moradia estudantil, cargas horárias muito pesadas?

Um Grupo de Trabalho sobre permanência estudantil começou a ser articulado no curso de Audiovisual e nessa reunião aberta vamos discutir mais sobre esse tema e pensar em como articular essa iniciativa em outros cursos da ECA.

Compareça à reunião para dizer os problemas de seu curso e suas dificuldades em se manter na universidade. Vem!

CARTA AS/AOS FUNCIONÁRI_S, PROFESSOR_S E ALUN_S SOBRE O ACESSO AO PRÉDIO DO DEPARTAMENTO DE CINEMA, RÁDIO E TELEVISÃO

Via Facebook CA Lupe Cotrim

A discussão do acesso ao prédio do CTR ainda é vista como tema de extrema importância para as/os estudantes do departamento. Entendemos que esta questão extrapola a fronteira departamental e recai no âmbito da Universidade como um todo. Sendo a USP uma universidade pública, entendemos que ela tem o dever de ser acessível a todas/os e atuar democraticamente a serviço da população.

Há três meses, estudantes, funcionárias/os e professoras/es estão em greve lutando por esse ideal, contra um projeto de restrição elitista e privatista da Universidade. Se a USP deseja verdadeiramente espelhar a sociedade que a sustenta, deve atender um número cada vez maior de pessoas que queiram entrar nela, ao invés de ficar cada vez menor e mais elitizada – restringindo o acesso à educação de qualidade.

Demandamos o livre acesso como forma de democratizar a entrada no departamento e torná-la condizente com as reais necessidades daquelas/es que usufruem da estrutura oferecida pela universidade. Propomos a circulação de pessoas como forma de assegurar, vigiar e preservar o prédio, tendo em vista que ela nos proporciona maior segurança, seja em relação aos equipamentos ou à nossa integridade física.

Compreendemos que a infraestrutura de que dispomos é pública, ou seja, pertence a todas/os. Acreditamos que restringir o acesso é agredir o direito da comunidade. Como comunicadoras/es e produtoras/es de conteúdo cultural é essencial que tenhamos dimensão do exterior, pois a função da Universidade é formar suas/seus alunas/os para dialogar diretamente com a realidade social.

Aqui dentro, nos deparamos com uma situação de descompasso entre aquilo que se conceitua e o que é feito na prática pela burocracia. As regras que hoje vigoram no Departamento barram até mesmo estudantes da USP, da Unidade e do próprio curso, impedindo-nos de entrar e de usufruir dos laboratórios. Nos últimos dias ocorreram episódios que repudiamos e gostaríamos de expor:

– Alunas/os do departamento tentaram entrar no prédio em horários diversos (8h, 13h, 18h, após às 20h, etc…) e foram barradas/os. Em alguns casos, simplesmente não entraram, em outros foram obrigadas/os a apresentar comprovante de que pertenciam ao curso e responder indagações sobre aonde iam e com qual propósito.

– Pessoas de fora do departamento tiveram sua entrada no prédio barrada e outras chegaram a ser intimidadas individualmente a se retirarem (também em diversos horários).

– Ocorreram ainda abordagens racistas. Um aluno negro do CAC teve sua presença aqui dentro durante o dia questionada e foi mencionado pelo departamento posteriormente como “uma pessoa muito estranha” que frequentava o espaço. Cerca de uma semana depois, uma garota negra que utilizava a Sala de Produção – espaço destinado à convivência e às produções desvinculadas das atividades acadêmicas – com outros colegas, também durante o dia, foi abordada pela diretora do departamento, que pediu que ela se retirasse. A garota ouviu que deveria “calar a boca” e foi chamada de “desagradável”.

Estes casos nos colocam frente a uma situação inadmissível. Diante disso, nos posicionamos a favor do uso do espaço público em função da sociedade como um todo. No contexto social, cultural e político, esse espaço deve ser entendido como um lugar que possibilite a troca de experiências e o contato com a diversidade. A democratização da Universidade de São Paulo é urgente.

PELO ACESSO LIVRE AO PRÉDIO! RACISTAS NÃO PASSARÃO! 

POR UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA E DEMOCRÁTICA!

[Informe] CALC consegue revogação da multa cobrada pela direção da ECA/USP

Segue informe do Centro Acadêmico Lupe Cotrim ECA/USP:

VITÓRIA DOS ESTUDANTES E DA QIB
Conquistamos a revogação!

Diante da mobilização dos estudantes pelo “REVOGA JÁ!”, conquistamos a revogação dos R$1790,00 cobrados indevidamente do CALC pela diretoria da ECA.

A cobrança foi feita depois que a diretoria da ECA “propôs” ao CALC que não fossem mais realizadas as QiBs. Motivo: problemas de segurança – causados, segundo a diretoria, por aqueles frequentadores da QiB que não têm “perfil de estudante”, ou seja, a comunidade do entorno da USP, em sua maioria das vezes negra e pobre.

Essa cobrança é só a ponta do iceberg: é reflexo de um projeto de universidade dos governos, aplicado pelas diretorias e reitoria, para que a USP seja cada vez mais fechada, elitizada e privatizada. O problema de segurança na universidade, que é um problema sério que deve ser discutido, foi utilizado pela diretoria para acabar com a QiB e, assim, seguir aprofundando seu projeto.

A cobrança é uma forma de criminalizar a entidade e responsabilizá-la por um problema que cabe ser resolvido pelas diretorias e reitoria, e não pelos estudantes. A falta de segurança não é um problema só da QiB, mas de toda a USP. Furtos, assaltos e até mesmo estupros acontecem em todo o campus, em todas as festas, pontos de ônibus, etc, justamente pela pouca circulação de pessoas e linhas de ônibus, pouca iluminação e pela reitoria não ter uma política adequada para segurança da comunidade universitária – suas opções são: PPUSP, que mais zela pelo patrimônio do que pelas pessoas, e Polícia Militar, um aparato repressivo, resquício da ditadura militar.

Precisamos de um plano alternativo de segurança! A responsabilidade não é do CALC e a culpa não é da QiB!

A nossa festa vai na contramão desse projeto de universidade, pois, além de financiar nossa entidade e garantir nossa independência financeira, é um espaço de confraternização e lazer não só para os estudantes da USP, como também para a comunidade externa.

A REVOGAÇÃO
No documento em anexo a diretoria se diz ser aberta ao diálogo e ouvir os estudantes. Mas a congregação do dia 23, relatada pela representante discente Marcela Carbone, nos provou o contrário. Ao terem sido colocadas nossas reivindicações (revogação da cobrança e plenária das 3 categorias para debater segurança), a diretoria foi completamente intransigente e firme na sua posição de nos responsabilizar e não revogar a cobrança.

Diante da ausência de diálogo por parte da diretoria, a campanha REVOGA JÁ! foi votada democraticamente na Assembleia dos Estudantes da ECA do dia 23/04 e, a partir de então, com crafts, panfletos, denúncias no facebook e a possiblidade de trancaço no prédio central pelos estudantes, a diretoria, pressionada, não viu outra alternativa senão ceder e revogar a cobrança. E também se dispôs a convocar uma plenária das três categorias para debater um plano alternativo de segurança.

E mais uma vez, a vitória só foi possível com a organização coletiva dos estudantes. Essa revogação é fruto da nossa organização e luta. É mérito dos estudantes e temos que no orgulhar disso.

NÃO VAMOS PARAR POR AQUI
A assembleia também deliberou:
A construção de um seminário dos estudantes sobre segurança, a fim de elaborarmos coletivamente um plano alternativo de segurança, que reflita as demandas da comunidade universitária;

E MAIS! Ainda essa semana, será distribuído um Jornal Especial da QiB, aprofundando todos esses debates.

Que a Lupe esteja com você. Beijos.
Centro Acadêmico Lupe Cotrim

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Enquanto isso, na formatura das Artes Cênicas…

“Boa noite!

Pode parecer estranho nós dois subirmos aqui no palco uma vez que só um nome foi chamado. Eu explico! Quando fui sorteada pra representar a Escola de Comunicações e Artes nesta cerimônia, a primeira pergunta que me veio à cabeça foi: como uma mísera formanda de Artes Cênicas, que dificilmente conseguiria dar conta de suprir a expectativa de discurso de um curso tão heterogêneo quanto o nosso, poderia querer representar outros tantos departamentos de especificidades tão diferentes das nossas.

Angustiada e com 3 dias pra tomar alguma providência, joguei essa questão pro grupo de formandos de Artes Cênicas, convidando, quem se interessasse, a pensar num modo de subverter essa idéia de um porta-voz para muitas bocas. Não tivemos tempo hábil de nos organizar direito, mas o anônim@ demonstrou interesse em dividir o discurso comigo. Acredito que a presença dele aqui é mais do que bem-vinda. Ele poderá complementar minha fala com palavras dóceis e amigas balanceando a minha carga de criticidade e amargura que diz respeito ao meu estado presente de espírito.

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