[22.07 – terça-feira] Oficina de cartazes e krafts para a vigília “Moradia Retomada”

A oficina de Craft será no dia 22/07 (terça-feira) às 18h na AMORCRUSP. (perto do bandejão central do campus Butantã/USP)

Na madrugada de um domingo de carnaval, 19/02/2012, mais uma vez, as forças militares (Tropa de Choque e Força Tática) invadiram o Conjunto Residencial dos Alunos da USP – Crusp. Desta vez, o corpo de quase 150 homens, desalojou os moradores da “Moradia Retomada”, espaço de resistência que, há quase 2 anos, se instalara no térreo do bloco G, reivindicando mais vagas para a moradia estudantil. Hoje, as vagas no CRUSP continuam sendo insuficientes para atender à grande demanda de alunos sem condições de se manter na capital para dar seguimento a seus estudos e as bolsas de auxílio aluguel não condizem com os reais valores de moradia na região do Butantã, hiper valorizada pela especulação imobiliária.

Covardemente, nessa madrugada de carnaval, esses homens fortemente armados cercaram a Moradia Retomada, impedindo até mesmo os moradores do bloco G de entrarem ou saírem de seus apartamentos e bloquearam a passagem para os moradores dos outros blocos, que desciam em solidariedade aos ocupantes do espaço.

A operação prendeu 12 alunos, dentre eles, uma estudante grávida, que, depois de ter sido agredida pelos policiais, foi colocada no ônibus/camburão, sem nenhum auxílio médico.

Mais de 2 anos após a reintegração de posse chegou o dia da audiência que irá julgar estes estudantes que estavam em luta.

Assim como Hideki que está preso por lutar pelas causas sociais, estes 12 estudantes também vão a julgamento por lutar por moradia para estudantes pobres. E você? Vai ficar só assistindo este circo de horrores, ou vai vir somar na luta em defesa de todxs xs nossxs companheirxs?!?!

Quarta-feira a partir do meio dia será realizada uma vigília em frente ao Fórum de Pinheiros durante a audiência: https://rizoma.milharal.org/2014/07/18/segunda-ato-na-audiencia-da-moradia-retomada/

Saiba mais no blog Moradia Retomada: http://moradiaretomada.blogspot.com.br/

Segue o link do evento (do ato): https://www.facebook.com/events/672604142793372/

A oficina de Craft será no dia 22/07 (terça-feira) às 18h na AMORCRUSP.

Festa Junina do CRUSP

Texto do Evento:

MUTIRÃO DA FESTA JUNINA
Data: 20 de junho (sexta-feira) as 16 horas

Esse ano a gestão da AMOCRUSP decidiu que seria organizada uma festa junina do crusp e para fazer um grande arraiá vamos chamar um grande MUTIRÃO DE CONSTRUÇÃO DO ARRAIÁ!

Mas afinal, que diabos é isso?

Todos nós sabemos (ou deveríamos saber) que a atual gestão tem tido a política de descentralização e participação autônoma dos moradores, pois sabemos que se não existir uma participação coletiva nada funciona nesse CRUSP, então a ideia é juntar diversas experiências e braços para definirmos como será nossa festança! Comilanças, decoração linda nesse CRUSP, como serão as barraquinhas, o que teremos na nossa festa, onde será, ou seja, definir de forma autônoma o que os/as moradores desejam e entendem como festa junina! A amorcrusp disponibilizará sua infra-estrutura para os/as moradores que organizarão

Então a gestão acorda crusp está chamando TODAS e TODOS os interessados e as interessadas em ajudar e construir coisas para o MUTIRÃO DE CONSTRUÇÃO DO ARRAIÁ! Para isso precisamos que todos tragam materiais como tesouras, barbantes, jornais e materiais diversos para fazermos nossas bandeirinhas e balões, ideias de onde conseguimos lenha para uma grande fogueira, tintas para krafts de divulgação, ideias de bandas para tocar, lista de comidas típicas dos arraías sudestinos e também dos arraías nordestinos (não se faz um são joão com somente de pipoca e quentão, ne verdade?), casamento, quadrilha, ou seja, venham e tragam MUITAS e MUITAS IDEIAS e o que você tiver de matéria prima, pois esse são joão do CRUSP tem que bombar (bombinhas também claro! Vai que aparece o choque… rs… ) e nesse mutirão é que vamos definir a organização total de forma autônoma! TODA AJUDA É BEM-VINDA seja de moradores ou não moradores, claro né?

A nossa festa será dia 27 de junho (sexta-feira) e para termos tempos de divulgar e organizar, estamos chamando o nosso MUTIRÃO para o dia 20 de junho (sexta-feira) as 16 horas na sala 51! Participem das discussões no facebook!

[texto] Por que somos a favor de cotas e permanência como eixos prioritários para o movimento estudantil

 Por que somos a favor de cotas e permanência como eixos prioritários para o movimento estudantil

Panfleto em PDF

De acordo com o último PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a cada 10 estudantes brasileiros de ensino básico, 8 estão na rede pública de ensino; no Sudeste o número é um pouco menor: 7,5. (1) Entretanto, dos ingressantes na Universidade de São Paulo, apenas 7% são de rede pública. (2) No último censo brasileiro, ficou comprovado que mais da metade da população brasileira (50,94%) é parda ou negra (3), na USP, menos de 8% dos alunos correspondem a este perfil étnico-racial. (4)

Sim, a USP é elitista e racista. Diante destas afirmações, não compreendemos nenhuma outra forma de “democracia” que não comece pela imediata aplicação de cotas sociais e raciais na Universidade.

UNIVERSIDADE SEM POVO, TAMO NA GREVE DE NOVO (5)

O Rizoma luta por duas bandeiras que num primeiro momento podem parecer contraditórias: um movimento estudantil de recorte classista e a destruição da universidade burguesa. Sim, é verdade que não temos a menor ilusão com a universidade, e já afirmamos diversas vezes que para nós a universidade só irá brilhar diante dos olhos do povo quando pegar fogo, mas o argumento de que cotas sejam políticas reformistas é um absurdo. É inadmissível considerar como reformista medidas que garantam a defesa da classe trabalhadora, pois não há possibilidade real de uma universidade pública à serviço do povo se este é exatamente o setor excluído de seu interior.

É preciso olhar de forma honesta para história e admitir que a formação do Brasil sempre foi ligada a políticas de marginalização do povo negro. Foram mais de 3 séculos de escravidão, e para que a princesa Isabel assinasse a lei áurea, bem antes, em 1850 foi preciso estabelecer a lei de terras para manter a população negra livre bem distante dos meios de produção. Entre a assinatura da lei áurea, 1888, e 1988, a primeira constituição a reconhecer a necessidade de reparação histórica a essa população marginalizada, existe um abismo de 100 anos. E não adianta assumir que todo mundo já conhece esta história: enquanto as cotas não forem a principal bandeira do movimento estudantil, e esta bandeira não for vitoriosa, essa história precisará ser repetida quantas vezes for necessária.

E mesmo após o dia que esta vitória for alcançada, ainda sim será preciso recontar essa história e relembrar que no Brasil todo mundo carrega sangue negro: alguns nas veias, outros nas mãos. Será preciso relembrar da luta por liberdade e dignidade. Luta esta, que aliás, é negligenciada na nossa universidade: por que existem tão poucas disciplinas sobre a Africa? Por que o Núcleo de Consciência Negra continua sendo reprimido? A tática da USP é manter os negros e as negras invisíveis, mas sempre presentes nas cozinhas ou nos setores de limpeza. Minorias no conjunto de estudantes e docentes, negras e negros são a grande maioria dos funcionários terceirizados, condenados a péssimas condições de trabalho e baixíssimos salários. Grande parte vinda da favela São Remo, a elas e eles foi negado até mesmo o transporte gratuito.

Nossa concepção de luta não acredita em vanguardas e portanto não somos nós, que já nos encontramos na universidade e numa situação de privilégio, que conquistaremos vitórias para libertar “o povo oprimido”. Nós temos sim uma responsabilidade em defender até o fim a prioridade da luta por cotas, mas também precisamos articular esta luta com a sociedade. Não será de dentro para fora que veremos a força do poder popular exigindo seus direitos ao acesso. É preciso reaproximar o movimento estudantil das escolas públicas e cursinhos pré-vestibulares populares, para que tomemos as ruas por cotas já, e que se não for o suficiente, tomemos as reitorias, as salas de aula e que perante a intransigência do Estado de São Paulo na implementação imediata de cotas, a USP se encha de povo e que nada mais nessa universidade funcione tranquilamente até que as vitórias da classe trabalhadora sejam alcançadas.

Historicamente a população negra e pobre é excluída em todos os âmbitos e não podemos admitir que o Movimento Estudantil continue sendo um perpetuador desta política de segregação. Ao colocar a pauta de cotas sempre como uma tímida bandeira de reivindicação, o Movimento Estudantil vira as costas para a sua função de luta. Se não estivermos de fato fortalecendo a luta por uma universidade pública, gratuita e de qualidade à serviço das classes trabalhadoras e com esta compondo seus quadros discentes e docentes, então tudo o que estamos fazendo até agora não passa de brincadeira fantasiada de revolução.

Fazemos um chamado à todo o conjunto das/os estudantes. Acreditamos na potência do Movimento Estudantil e questionamos: se não agora, quando? Unifiquemos nossos esforços e caminhemos rumo a uma conquista real que será capaz de alterar o quadro tanto da universidade como do nosso próprio movimento estudantil. Precisamos deixar claro que a USP completou 80 anos de segregação e que não permitiremos nenhum ano a mais desta política elitista à serviço do capitalismo.

Não é por sorte, mas sim por muita luta, que a USP possui em seu interior dois espaços fundamentais na garantia das pautas trabalhadoras. O Núcleo de Consciência Negra e o CRUSP. Dois espaços de luta por cotas e por permanência estudantil. Pautas intimamente ligadas, pois não adiantam políticas de acesso à universidade se os índices de evasão crescerem porque estas/es estudantes não tiveram condições materiais para se sustentar na universidade. É preciso reconhecer o papel fundamental destes dois grupos, e defender as pautas de reivindicação que partam de suas bases. O projeto de cotas que o Movimento Estudantil deve defender, é aquele que o Núcleo de Consciência Negra elaborar. É o NCN que nunca abandonou a luta por cotas na Universidade e que, apesar da negligência do Movimento Estudantil, sempre seguiu forte em sua luta. E quando erguemos a defesa da pauta de permanência estudantil não estamos falando em abstrato. São estudantes do CRUSP e estudantes que recebem os auxílios sócio-econômicos da USP que devem, em sua assembleia, estruturar quais são as reais necessidades e reivindicações que o Movimento Estudantil deve lutar quando diz “permanência estudantil”. Lutaremos por cotas e permanência, fortalecendo as deliberações que partam das bases destes dois setores.

Garantir que o povo entre na universidade e nela se mantenha – pelo menos até o dia em que a destruirmos: são por essas pautas que acreditamos que o movimento estudantil deva lutar.

(1) www.ibge.gov.br
(2) educacao.estadao.com.br/noticias/geral,…
(3) www.ibge.gov.br
(4) ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-1…
(5) Alusão à palavra de ordem do MTST na luta contra a copa “Copa sem povo, tô na rua de novo”

8° reunião do coletivo antifa da USP + Cineclube

QUANDO:

sexta-feira (06.06)

HORÁRIO:

18h

LOCAL:

AMORCRUSP

texto do evento:

Na próxima sexta-feira o Coletivo Décio de Oliveira (Comitê Antifascista da USP) realizará sua 8ª reunião para dar prosseguimento às suasatividades. Teremos diversas pautas, como nossas próximas ações, o jornal do comitê e a continuação de seus grupos de estudo e exibição de filmes. Em seguida o coletivo dará prosseguimento às suas atividades de cineclube com o filme “Panteras Negras” (Mario Van Peebles, 1995, 123min). A obra de ficção mais bem elaborada sobre o grupo aborda uma questão fundamental na luta contra o avanço do fascismo e do racismo: a necessidade de autodefesa dos trabalhadores e povos oprimidos. Sinopse: História dos Panteras Negras, grupo surgido em meio aos conflitos raciais do final dos anos 60 em São Francisco, fundamental para o avanço das conquistas de direitos para o povo negro norte-americano.