A autogestão da sociedade prepara-se na autogestão das lutas

por João Bernardo

Contrariamente ao que afirma a esmagadora maioria dos políticos e dos estudiosos da política, uma das principais características da sociedade capitalista é o facto de o Estado não se limitar às instituições que formalmente o compõem: governo, parlamento, polícia e tribunais. No capitalismo o Estado, muito mais do que um conjunto de instituições, é o conjunto de princípios organizacionais que deve presidir à estrutura interna de todas as instituições, mesmo as que não lhe estejam directamente ligadas. O Estado capitalista não é formado só por algumas das peças do jogo, mas sobretudo pelas regras do jogo. As escolas e as associações de bairro, para invocar dois tipos de instituição que interessam de perto ao Piá, inserem-se na ordem estatal sempre que estabelecem hierarquias internas entre os directores que mandam e os empregados que obedecem, e sempre que perpetuam a mesma camada de dirigentes. Qualquer instituição que reproduza internamente este sistema não só se submete ao Estado capitalista como se integra nele.

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Como puedo ser machista? Si soy anarquista!

Partes de mí que me Asustan

Reflexiones personales sobre cómo superar la supremacia masculina

Por Chris Crass

[…] “He escrito este artículo para otros hombres blancos de clase media, con ideas políticas de izquierdas, y que participan de algún modo en movimientos sociales. Hay que animar a quienes tienen privilegios debido a los papeles de género a que examinen el papel de las emociones (o de su ausencia) en la forma en que viven sus privilegios. […]

Examinar y desafiar nuestros privilegios es necesario, pero no
suficiente. La cooperación entre hombres para superar la supremacía
masculina es sólo una entre muchas estrategias necesarias para
desarrollar un movimiento de liberación desde la mujer, multiracial,
antiracista, feminista, de liberación homo y transsexual, desde las
clases trabajadoras y anticapitalista, para la liberación colectiva.
Sabemos que el machismo funciona como obstáculo contra la
construcción de este movimiento. La pregunta es qué harmos para
evitarlo, para que el proceso crezca en nuestro interior, y con él
nuestra capacidad para amarnos a nosotros mismos y a otras
personas. […]

Leia na íntegra em: partes_de_mi_que_me_assustan

 

Quer ler mais sobre construção da masculinidade, questionar privilégios, e por aí vai? Acesse: https://pad.sarava.org/p/masculinidade

Reprodução e genero – paternidades, masculinidades e teorias da concepção

Resumo:

Trata-se de uma discussão sobre reprodução e gênero, a partir de uma pesquisa realizada com homens que procuravam um ambulatório de reprodução humana na cidade de Campinas (SP) em busca de tratamento para esterilidade ou de informações e métodos de planejamento familiar. A pesquisa teve como objetivo estudar as representações masculinas
da paternidade, analisando o que estas revelavam sobre a masculinidade e sobre as formas como gênero é constituído. O estudo apontou associações entre paternidade e masculinidade, entre fertilidade e masculinidade, mas sempre mediadas por gênero e por conexões específicas.
O estudo levou, ainda, a uma reflexão a respeito das teorias sobre a concepção, em uma análise de como uma teoria duogenética da reprodução informa as representações dos entrevistados sobre paternidade e maternidade.
Baixe o texto aqui: reproducao-e-genero

Luta, substantivo feminino

LUTA, substantivo feminino. Às que foram, às vieram, às que virão.

Não podemos NUNCA esquecer as inúmeras MULHERES que morreram e/ou foram presas e torturadas durante a ditadura militar!

“A história da repressão durante a ditadura militar e assim
como a oposição a ela é uma história masculina, assim como toda a
história política, basta que olhemos a literatura existente sobre o
período. As relações de gênero estão aí excluídas, apesar de
sabermos que tantas mulheres, juntamente com os homens, lutaram
pela redemocratização do país.”

À todas elas, e à muitas outras anonimas ou não, que sua memória seja preservada hoje e sempre:

Labibe Elias Abduch (1899-1964)
Catarina Helena Abi-Eçab (1947-1968)
Alceri Maria Gomes da Silva (1943-1970)
Marilena Villas Boas Pinto (1948-1971)
Heleny Ferreira Telles Guariba (1941-1971)
Iara Iavelberg (1944-1971)

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A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia (por Daniel Welzer-Lang)

Resumo: A partir de definições de homofobia e de heterossexismo, este artigo explora a
profundidade heurística das relações sociais de sexo transversais ao conjunto de pessoas e grupos de gênero, no interior de um quadro teórico que rompe com definições naturalistas e/ou essencialistas dos homens. O texto analisa os esquemas, o habitus, o ideal viril, homofóbico e heterossexual que constroem e fortalecem a identidade e a dominação masculina. Para desenvolver este argumento, o autor faz uma vasta revisão bibliográfica da literatura feminista francesa contemporânea.

baixe o texto aqui:A construção do masculino dominação das mulheres e homofobia por Daniel WelzerLang