Severamente Punidos – a mídia demoniza o Black Bloc

O vídeo denuncia a campanha midiática contra o movimento Black Block como
uma estratégia para criminalizar os protestos e incentivar a repressão
policial. Lembramos aqui que o mesmo aconteceu em Gênova em 2001. A
campanha da mídia italiana contra os Black Blocks legitimou a repressão
policial que resultou na morte de Carlo Giuliani, assassinado por um
policial com dois tiros a queima-roupa durante uma manifestação, e no
massacre da escola Diaz, quando uma operação envolvendo mais de 300
policiais deixou 82 feridos, 63 hospitalizados e uma jovem em coma.

Um massacre midiático prepara sempre um massacre real. Violenta é a mídia!

Coletivo Baderna Midiatica

blog: https://badernamidiatica.milharal.org/

facebook: https://www.facebook.com/badernamidiatica

Recomendamos o documentário “Del Poder”, que retrata os episódios da luta antiglobalização em Gênova no ano de 2011:

En Génova 2001 el enfrentamiento entre el Estado y los movimientos sociales dejó ver la verdadera naturaleza del poder. La represión policial fue la respuesta a la más numerosa protesta que se había vivido hasta el momento. Trescientos mil manifestantes vieron de frente el lado más violento de la democracia.

Continue lendo

2º Ato Contra o Monopólio da Mídia

Segue divulgação do Ato de hoje, e relato do ocorrido em intervenção realizada ontem.

Por uma mídia sem catracas!

https://www.facebook.com/events/629282323779430/

Sexta-feira, 30/agosto/2013
CONCENTRAÇÃO, ÀS 17H,
na Praça. General Gentil Falcão,
de onde sairá a marcha em direção à Globo
——-
Nos protestos que ocupam as ruas do país desde junho uma frase sempre está presente: “O povo não é bobo, fora Rede Globo “. A poderosa emissora é o maior símbolo da concentração midiática no país. Em São Paulo, no dia 11 de julho, mais de 2 mil pessoas realizaram uma marcha diante da sede da TV Globo. Com muito criatividade e energia, a marcha pacífica criticou o monopólio e exigiu a democratização dos meios de comunicação. Agora, em 30 de agosto, uma nova manifestação será realizada novamente em frente ao prédio da emissora.

Queremos o fim do monopólio de mídia, respeito a cultura regional com garantias para a regionalização da produção, respeito aos direitos humanos, mais espaço e melhores condições para a comunicação pública e comunitária e a garantia de uma internet livre e de acesso universal.

Para isso pedimos:
1) Fim das licenças de TV e rádio dos políticos foras da lei com a aprovação da ADPF 246 pelo STF http://bit.ly/16Wu19x ;
2) Instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as recentes denúncias sobre sonegação fiscal da Rede Globo;
3) Aprovação da Lei da Mídia Democrática www.paraexpressaraliberdade.org.br ;
4) Votação imediata do Marco Civil da Internet http://marcocivil.com.br/ .

Estas bandeiras, entre outras, são fundamentais para ampliar e radicalizar a democracia no Brasil. Elas são hoje uma exigência de todas as forças políticas e sociais comprometidas com um Brasil mais justo e democrático. Contamos com a presença de todas e todos no grande ato contra o monopólio na mídia.

Como chegar à concentração do ato:
A melhor forma de ir até a Praça General Gentil Falcão é de metrô.
Vá de metrô e pegue a Linha Amarela, no sentido Butantã.
Descer na Estação Pinheiros e fazer baldeação para a linha de trem, sentido Grajaú.
Descer na Estação Berrini.
Na saída, caminhar para a Avenida Joel Carlos Borges e virar à esquerda na Rua Sansão Alves dos Santos, para chegar à praça.

::::::::::::::::::::::

laser-globo

> Seguranças da Rede Globo, se identificando como policiais, abordam de forma agressiva manifestantes que realizaram ato de intervenção de Luz no programa SPTV nesta quinta, 29/08/2013 <

Para promover o 2º Grande Ato Contra o Monopólio da Mídia que acontecerá hoje, dia 30, em frente ao prédio da Rede Globo (evento: http://on.fb.me/144CyXD ) nós (Ocupe a Mídia) articulamos a intervenção com lanternas laser projetadas dentro do estúdio do SPTV na edição ao vivo de ontem (quinta dia 29). A ação foi novamente um sucesso e conseguimos ocupar os estúdios da Globo onde Monalisa Perrone apresentava o programa. Já haviamos realizado esta mesma intervenção durante o 1º ato no dia 11 de julho (quando o programa foi apresentado pelo telejornalista Carlos Tramontina).

A intervenção de hoje teve um desfecho que precisa ser relatado.

Após o término do telejornal, dois dos integrantes que realizaram a ação e estavam ainda em cima da ponte Estaiada, foram perseguidos e abordados por três seguranças da Globo de terno e gravata que se apresentaram como policiais. A abordagem ocorreu com agressividade física. Aplicando chave de braço em um dos integrantes, os seguranças proferiram frases como:

– “Aqui é polícia! Ajoelha! Ajoelha! Se não vou te tacar da ponte!”

Continue lendo

Breve relato do 1º encontro do Grupo de Estudos Libertários

Homenagem a Maria Lacerda de Moura (A)

Homenagem a Maria Lacerda de Moura (A)

Breve relato do 1º encontro do Grupo de Estudos Libertários!

Galera, hoje aconteceu o primeiro encontro do grupo que está começando a surgir aqui na USP sobre estudos libertários. Cerca de 35 pessoas compareceram e rolou uma troca muito firmeza sobre quais as expectativas de cada uma com relação ao grupo.
O que gostaríamos de estudar, como gostaríamos, o que fazer a partir disso, etc etc etc. Várias questões surgiram e já deu para irmos nos conhecendo um pouco. Tinha gente das áreas de história, geografia, letras, educação, filosofia, física, engenharia, ciências sociais, artes, e por aí vai!
Ao que tudo indica o grupo tem um potencial incrível com um leque tão grande de vivências e referenciais.
Decidimos um segundo encontro para a sexta-feira do dia 06/setembro às 17:30h, desta vez no vão da FAU (Fac. de Arquitetura e Urbanismo). Este será um momento de troca sobre o que é “libertário” para cada pessoa do grupo e também um momento para já levarmos as indicações de textos, poesias, vídeos, e outras linguagens que gostaríamos de estudar. Assim conseguiremos mapear as temáticas e organizar a melhor metodologia para este 1º momento.
Vamos criar uma lista de e-mails, e em breve devemos criar um blog para disponibilizar os textos que serão estudados para divulgar as datas, horários e locais dos encontros.
O grupo ainda está se conhecendo e vamos avaliando e nos repensando a cada etapa.
Pessoas novas são sempre bem vindas!
Nos vemos dia 06 de setembro às 17:30h no vão da FAU!

Abraços, Amanda.
Aluna do 5º ano de História/USP

 

 

 

Vozes Libertárias: A história relegada do anarquismo em Porto Rico

By A.N.A. on 30 de agosto de 2013
Por Joel Cintrón Arbasetti

“E você acredita que existiram anarquistas em Porto Rico?”. A resposta a esta pergunta, feita por um professor zombador a um estudante de mestrado em história, não foi um simples sim ou “é claro!”, mas uma tese de mais de 200 páginas que logo se tornou o livro Voces Libertarias: Los orígenes del anarquismo en Puerto Rico (Vozes Libertárias: As origens do anarquismo em Porto Rico). O autor desta pesquisa recém publicada, Jorell A. Meléndez Badillo, que se descreve como “pesquisador independente, professor de profissão, anarquista por convicção e punk rocker por diversão”, responde à pergunta do professor incrédulo ou cínico através do estudo das “ideias progressistas” do proletariado em Porto Rico.

Partindo “da necessidade de imaginarmos outro tipo de história”, Meléndez assume uma perspectiva historiográfica crítica a partir de uma postura interdisciplinar para identificar o papel que teve o anarquismo nas entranhas do movimento operário, desde os primeiros fermentos organizativos de finais do século XIX até a aparição dos primeiros sindicatos em princípios do século XX. Para esta tarefa Meléndez recorre a imprensa operária da época, onde encontra declarações contundentes sobre o anarquismo como: “Sou (não se aterrorizem) [sic] um anarquista. Sinto germinar ou bater em meu coração, com a permissão dos lacaios léxicos, os princípios redentores de Bakunin [sic] e Malato, Reclus e Graves…”. Nesta citação do periódico local El Combate de 10 de outubro de 1910, não apenas alguém se declara anarquista, mas nomeia importantes libertários europeus, como o russo Mikhail Bakunin, o italiano Charles Malato, o francês Jacques Élisée Reclus e o também francês Jean Grave.

Em Vozes Libertárias são revistos ainda os poucos textos acadêmicos que de alguma forma se aproximam do tema do anarquismo em Porto Rico, como Modernidad y Resistencia de Carmen Centeno Añeses, os trabalhos sobre Luisa Capetillo realizados pela jornalista Norma Valle e El Derribo de las Murallas de San Juan, de Rubén Dávila Santiago, entre outros. Partindo destes textos, de trechos de periódicos, informes policiais, boletins, cartas e obras literárias, Meléndez tece os traços que dão conta da existência de discursos e práticas sociais de acordo com o ideário anarquista ou libertário em Porto Rico, talvez a menos conhecida e portanto demonizada, distorcida e temida corrente de pensamento radical.

Continue lendo