Carta Aberta – Nenhuma agressão ficará sem resposta!

Retirado de: http://bastademachismo.blogspot.com.br/2012/10/venho-atraves-desta-carta-de-repudio.html#!/2012/10/venho-atraves-desta-carta-de-repudio.html

“Machistas! Machistas!
Não passarão”

Carta Aberta

Venho através desta carta de repúdio denunciar o machismo. Em especial, no meio libertário, espaço qual lutamos para que seja sempre combativo e não agregador de posturas como essa.

Na noite de 11 de setembro de 2012, Gustavo Oliveira (xGustavinhox – Nieu Dieu Nieu Maitre e Holodomor, MPL e CMI), dito anarquista e feminista, responsável pela Ocupação J13, de Curitiba/PR e até então, meu chamado “companheiro”, me agrediu com socos, empurrões e tentativa de estrangulamento.

Continue lendo

Nota sobre a reintegração de posse do apartamento 102 do bloco A do CRUSP, de Amanda Freire (lançada 01/10 por diversos grupos)

Não é novidade  o fato de que a questão de moradia/permanência estudantil nunca foi uma prioridade para a administração da USP, sendo o próprio CRUSP uma conquista dos estudantes,

Atualmente, a USP passa por um recrudescimento de seus métodos de repressão, sendo facilmente comparada aos tempos da ditadura. Esse processo já resultou em estudantes e funcionárixs processadxs ou mesmo expulsxs/demitidxs da Universidade.

Hoje, por lutar por uma moradia estudantil eficaz e contra a vigilância colocada em prática pela COSEAS, Amanda Freire, estudante de filosofia, foi expulsa, e agora pretendem realizar a reintegração de posse de seu apartamento (102 do bloco @) – usando, ainda, de uma clara ameaça:se ela não sair “por bem”, irão jogá-la na rua, e chamar o Conselho Tuterlar para ficar com seu filho, que tem menos de 1 ano.A Universidade irá tirar as condições de moradia da estudante, para então afirmar que ela não tem possibilidade de criar a criança.

Vale a pena lembrar que o processo não está encerrado, pois Amanda entrou com um recurso. Dois outros estudantes que passavam pelo mesmo processo conseguiram a reversão da expulsão. A juíza responsável considerou o caso insconstitucional, pois se baseava no regimento disciplinar de 1972, da Ditadura Militar.

Por isso, é importante que nos coloquemos em sua defesa, e de todos aqueles que lutam por um outro projeto de Universidade.

Nós, mulheres, nos organizamos e estamos em vigília durante o dia todo (1/10) – dia para o qual está marcada a reintegração de posse – em frente ao bloco @ do CRUSP. Chamamos todxs para se somar a essa luta, participando das atividades organizadas. Coloquemo-nos ombro a ombro na luta por uma Universidade mais democrática, sem machismo, racismo, homofobia e nenhuma outra forma de opressão.

Frente Feminista da USP
Coletivo Feminista Lélia González
Coletivo Feminista Marias Baderna
DCE livre da USP
AMORCRUSP
Rizoma Tendência Libertária Autonôma
Sujeito Coletivo
Núcleo de Consciência Negra
Coletivo Florestan
Coletivo Pr’Além dos Muros
Coletivo Uma Flor Nasceu na Rua!
Mulheres do Rompendo Amarras
CEGE
Juntas
Juventude às Ruas
Pão e Rosas
Contraponto
CAHIS
Moradia Retomada
Juventude LibRe

Vigília no bloco A! Contra o despejo de Amanda e seu filho do CRUSP.

Na madrugada de 18 de março de 2010 estudantes moradores do CRUSP, reunidos em assembleia, deliberaram a ocupação do térreo do bloco G, espaço de moradia estudantil invadido pelo Departamento de Promoção Social, extensão da SS (Serviço de Assistência Social).

Amanda não estava presente nesta assembleia e não ocupou, mas foi expulsa por reivindicar o histórico de militância do conjunto residencial, a expansão de vagas da moradia estudantil – a devolução dos blocos K e L invadidos até hoje pela reitoria – transparência do processo seletivo e do orçamento/investimentos do Serviço de Assistência Social da USP, o fim do sistema de vigilância politico social dos estudantes residentes CRUSP e o fim do programa de tratamento psiquiátrico compulsório para alunos indisciplinados. Por isso foi envolvida em relatórios produzidos exclusivamente para controlar e delatar estudantes que manifestam ideias contrárias aos interesses da reitoria e da assistência nada social.

Amanda esta impedida de concluir sua licenciatura pela Universidade de São Paulo. É mãe, filósofa, atriz e diretora de teatro e aluna que reinaugura as expulsões baseadas no estatuto de 1972.

Com a expulsão arbitrária, perdeu também o direito a sua vaga no CRUSP, e agora será expulsa também de sua moradia, junto a seu filho de 11 meses(!) por ordem da SAS. Estamos em vigília desde domingo, 31, para impedir este despejo, marcado para segunda do dia 01\10\2012. O oficial de justiça e assistentes sociais ainda não deram as caras. Montamos uma programação para manter a vigília durante o final de semana. Cole! Participe ativamente!

A única reintegração que deve acontecer é de todxs xs expulsxs à universidade. Não vamos abandonar a vigília. Fim dos processos! Fora PM! Fora Rodas!

Continue lendo

Inscrições Terceiro Encontro de Estudantes Libertárixs

IIIEEL chamada + cartaz + programação em pdf

O que é o Encontro de Estudantes Libertárixs?*

O primeiro EEL ocorreu em Santos no começo do ano. Nesse encontro, decidimos que para fortalecer a luta estudantil precisamos de organização horizontal, sem hierarquias, a nivel regional e nacional. Daí surgiu a proposta de trabalharmos na criação de coletivos regionais, enquanto continuamos fomentando os encontros para debatemos e aprimoramos nossas formas de luta.

No segundo encontro, em São Paulo, aprofundamos debates do primeiro encontro e começamos outros, chegando cada vez mais próximos de definir quais são os princípios que nos unem.

A proposta do EEL, enfim, é encontrar uma forma de organização que seja pautada pelos princípios libertários de atuação, dentre os quais destacamos autonomia, autogestão, ação direta, federalismo e solidariedade.

Entendemos que um movimento de luta não pode depender de organizações estatais, partidárias ou capitalistas para manter-se. Um movimento forte precisa de autonomia política e autogestão dos próprios recursos. Pra quê? Para poder aplicar a ação direta sem ter o rabo preso, para tomar para si o protaginismo nas mudanças sociais. Para, quem sabe, vencer.

Federalismo é o sistema que coloca todas as organizações de base (coletivos regionais) em relação horizontal, permitindo que se articulem lutas estruturais e que se criem e reforcem nossas relações de solidariedade.

Buscamos com isso um movimento que tenha capacidade de avançar na luta contra a precarização e privatização do ensino sem reproduzir a lógica das relações de hierarquia, colocando todxs em pé de igualdade para lutar contra o inimigo comum.

* Libertárias e libertários.

Continue lendo