Venha construir uma alternativa libertária para o movimento estudantil!
Ação Direta – Autogestão – Autonomia
Anticapitalismo – Antiestatismo – Democracia Direta
!Luta de Classes!
Os estudantes de história da USP, reunidos em plenária ordinária no dia 11/04/2012, repudiam veementemente a abertura de mais processos administrativos contra funcionários e estudantes, processos estes que visam a eliminação permanente do quadro da USP e expressam o lado mais autoritário do projeto que terceiriza o trabalho, submete a pesquisa ao mercado e privatiza os espaços da universidade.
Nos posicionamos contra toda expressão de dogmatismo e intransigência por parte dos gestores da reitoria e do Estado, os quais não só veiculam um projeto privatista e empresarial para a USP, como também ameaçam o mínimo de diálogo político que esta instituição ainda possui.
Nós estudantes da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – campus Baixada Santista tornamos púbico nossa solidariedade aos 85 estudantes da Universidade de São Paulo(USP) que sofrem processos jurídicos,compreendemos que esta luta também é nossa, por uma universidade pública de qualidade.
Repudiamos a ação do reitor Rodas que vem atuando de forma autoritária com o aval do governador do estado Geraldo Alckimin para com a comunidade acadêmica da USP.
Estamos em total apoio e compartilhamos das reivindicações, por uma universidade pública de acesso a todas e todos , sem qualquer tipo de repressão e/ou perseguição politica, uma universidade de qualidade que possibilite as condições para a permanecia estudantil, condições dignas para os(as) trabalhadores(as) e tenha total liberdade para as discussões.
No dia 1 de Abril, nós, estudantes, percebemos que estamos claramente
divididos em dois grupos: de um lado, a minoria que apoia a tortura, a violência e a paz
sem voz, e, do outro, os que lutam, até hoje, pelo fim das ditaduras e ditadores, que
acreditam num país e num mundo onde as pessoas possam dizer o que pensam e
sentem, possam se manifestar, que possam exigir seus direitos – principalmente quando
estes forem ignorados ou arrancados por quem, no momento, detém certo poder.
No dia 1 de Abril, conhecido como “o dia da mentira”, comemora-se ou repudiase
o Golpe Militar de 1964. Nós, estudantes de Geografia da Universidade Federal da
Integração Latino-Americana, o repudiamos. Dessa maneira, repudiamos também algo
que sobrou da pior ditadura brasileira: a repressão física e moral a que estão submetendo
os estudantes da Universidade de São Paulo – a maior universidade da América Latina,
em excelência acadêmica e criminalização do fazer política dos estudantes.
Nessa moção, deixamos nosso apoio a todos estudantes do Brasil, da América
Latina e do mundo, e principalmente aos presos e perseguidos políticos da USP que ao
lutarem por um mundo justo, são jogados em celas, são proibidos de estudar, tem seu
direto a moradia negado. Nós, estudantes, nos orgulhamos ao ver que diante de toda
repressão, diante de um “REItor” e de uma polícia não policiada, os estudantes, apesar
de tudo, resistem!
Daqui, apoiamos toda forma de manifestação, e toda atitude coletiva dos
estudantes para combater a política de perseguição do atual reitor, de seu partido, e da
polícia militar. Apoiamos à todos os estudantes, na luta que é nossa e de todo nosso
povo, e dessa forma, exigimos o fim das acusações, processos e eliminações de
estudantes e funcionários da USP.
Viva a luta estudantil!
Lutaremos até que TODOS e TODAS sejamos livres!
Em assembléia, estudantes de Geografia da UNILA.
Foz do Iguaçu, 16 de abril de 2012
Versão em pdf: Moção de apoio aos 85 estudantes perseguidos da USP
No dia 08/11, o governo do Estado de São Paulo e a Reitoria da USP foram responsáveis pela prisão de 73 ativistas do movimento estudantil e sindical que protestavam pela retirada da Polícia Militar da USP, a anulação do convênio entre a USP e a Polícia Militar assinado em setembro de 2011 e o fim dos processos administrativos e judiciais contra ativistas do movimento estudantil e sindical da universidade. Concordando-se, ou não, com o método de luta utilizado ou com o mérito da causa defendida, o fato é que o indiciamento dos manifestantes, ainda mais considerando a força policial totalmente desproporcional que foi utilizada, representa uma forma de criminalização da política, uma repressão aos movimentos sociais, um atentado à democracia e uma agressão aos Direitos Humanos, visto que a Declaração Universal, de 1948, garante a liberdade de opinião e de expressão (art. 19), preconizando que cumpre ao Estado de Direito respeitar o exercício da ação política de natureza reivindicatória, “para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão”.
Junta-se a isto, uma segunda ação de criminalização da política promovida dentro da USP: a reitegração de posse de parte do bloco G do CRUSP – conhecida como “Moradia Retomada” – realizada no dia 19 de fevereiro. Esta também contou com um contigente policial desproporcional, e teve como saldo a detenção e o indiciamento criminal de mais 12 pessoas.
Estas duas agressões a liberdade política resultaram, além dos processos criminais citados, em processos administrativos internos com ameaça de expulsão. Temos desde já, 6 pessoas eliminados da universidade devido a ocupação do bloco G, e mais de 10 processos em andamento contra pessoas envolvidas nos dois covardes episódios.
Nós, abaixo-assinados, nos declaramos contrários à criminalização e a perseguição interna aos 85 presos políticos da USP, que se insere no contexto do imoral e desproporcional processo persecutório, totalmente contrário ao interesse público, que se instaurou no seio da maior universidade pública da América Latina por obra do atual Reitor. Solicitamos a anulação destes inquéritos, bem como a retirada dos processos anteriores a estudantes e funcionários da USP.
Assine você também em: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N23295