Agenda 26 a 30 de março

Dia 26.03 segunda às 18h – Assembleias da Geografia (sala 09)

Dia 27.03 terça às 17h30′ Revisão do texto sobre o conceito de rizoma (espaço verde – Pŕedio de Ciências Sociais)

Dia 27.03 e 29.03  às 18h  Reunião dos grupos de trabalho temáticos (sala 09)

Dia 30.03 sexta às 17h30′  Reunião de organização do 2° Encontro de Estudantes Libertários (no espaço verde). Participe!

Dia 30.03 às 18h – Debate sobre a reurbanização da Remo no anfiteatro da Geo

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Dia 19.04 às 18h – Próxima assembleia geral

Dia 28.04 a 01.05 – Segundo Encontro de Estudantes Libertários em São Paulo

Participe das reuniões e atividades e venha construir uma alternativa libertária no Movimento Estudantil!

O dia em que Superman chorou

Superman é herói
Protege a população.
Sai todos os dias às ruas
Bate em seus irmãos
Bate em sua mulher
Bate em seus filhos…
Superman tem peito de aço
Representa a lei e a ordem
E combate o crime
Rouba seus irmãos
Rouba sua mulher
Rouba seus filhos…
Superman é corajoso
Invulnerável e poderoso
Enfrenta qualquer um
Mata seus irmãos
Mata sua mulher
Mata seus filhos…
Mas um belo dia apareceu uma super-vilã na cidade
E com seus super-poderes
Tomou os corações e mentes do povo
Seu nome era Utopia!
Num passe de mágica e raios laser
O povo todo saiu às ruas
“Não precisamos mais de Superman
Juntos somos mais fortes!”
E nesse dia ele – que é herói,
Corajoso e tem peito de aço –
Mostrou também que tem
Coração de manteiga
Pois se escondeu de baixo da mesa
E chorou como criança…
(Baltazar Called)

2° Panfleto

Panfleto 2 versão PDF

Existe entre os jovens um sentimento muito forte de estranhamento em relação às entidades e instituições representativas, em relação à democracia indireta e às ditas vanguardas dirigentes. A noção de que as próprias pessoas devem se colocar enquanto sujeitos políticos ativos se fortalece, bem como a ideia de que os espaços estudantis devem ser abertos para todos e articulado sem hierarquias. Esse sentimento não só é legítimo como também expressa as possibilidades para um movimento estudantil mais efetivo – e é nessa tendência que opera o Rizoma.

Todavia, na última assembleia geral, em que os estudantes consentiram com um comando de mobilização teoricamente “aberto” e por “consenso”, esse sentimento legítimo de repulsa as pretensas vanguardas e as instituições foi oportunamente distorcido por partidos políticos que não visam estimular a horizontalidade e a democracia direta, mas sim dirigir os estudantes e partidarizar suas entidades.

O intuito desses em discursar valores que não defendem é simples: retomar a direção (formal e prática) do movimento estudantil, que durante o comando de greve coubera a  outros grupos políticos. E para isto, instrumentalizaram um discurso que cativa os estudantes, embora este esteja longe de seus reais interesses. Para provar essa hipocrisia basta ver que o mesmo setor que defendeu a “abertura” e “democratização” do comando é o setor que a anos dirige o DCE da USP – entidade de representação estruturalmente verticalizada e excludente, ideal para quem ambiciona a direção do movimento e as políticas de gabinete.

Os estudantes devem ter em conta, como lembra Michel Foucault, que “a historicidade que nos domina e nos determina é belicosa. Relação de poder, não relação de sentido”. Em outras palavras, os estudantes não podem confundir conceitos como autogestão, democracia direta e horizontalidade com o fim dos antagonismos de opinião e de ação,  com o fim dos conflitos e das divergências: estas disputas além de inevitáveis,  expressam a heterogeneidade e a criatividade dos estudantes. Propor um movimento de “consenso” é esvaziar qualquer possibilidade real de debate e reflexão, levando para outra instância (no caso, o DCE) as decisões importantes do movimento. E no que pese os reais problemas que o comando de greve detinha, é difícil negar que frente ao DCE ele se
revelou um importante espaço de debate e ação – além de ser bastante mais democrático e contar com pessoas de diferentes posições políticas.

Os estudantes devem ter a capacidade de discernir as manobras e as partidarizações que empatam a autogestão dos centros acadêmicos e do DCE, que dificultam as políticas diretas contra a reurbanização da São Remo e o aumento das catracas na USP, que convencem os estudantes que um voto em uma urna é tudo o que pode ser feito. O desafio posto é o da autoorganização dos estudantes: auto-organização que abra espaços deliberativos e organizativos mais horizontais, possibilitando o convívio de divergências teóricas e práticas – mas buscando pontos de unidades de ação. Quando isto ocorrer, os ditos dirigentes finalmente terão de descer de seus palanques para assumir que são somente mais alguns estudantes num conflito social real, complexo e  bem maior que suas camisetas e chapas eleitoreiras.

Agenda 19.03 – 23.03

Dia 19.março – 18h assembleia de cursos

Dia 20.março – 18h na Geo/Hist – Assembleia Geral!

Dia 21.março – 17h30′ Próxima reunião do Rizoma no Canil

Dia 22.março – Indicativo de paralisação das aulas e de ato

Participe das reuniões e atividades e venha construir uma alternativa libertária no Movimento Estudantil!