Moção de apoio aos 85 estudantes perseguidos da USP (Geografia UNILA – Foz do Iguaçu)

No dia 1 de Abril, nós, estudantes, percebemos que estamos claramente
divididos em dois grupos: de um lado, a minoria que apoia a tortura, a violência e a paz
sem voz, e, do outro, os que lutam, até hoje, pelo fim das ditaduras e ditadores, que
acreditam num país e num mundo onde as pessoas possam dizer o que pensam e
sentem, possam se manifestar, que possam exigir seus direitos – principalmente quando
estes forem ignorados ou arrancados por quem, no momento, detém certo poder.
No dia 1 de Abril, conhecido como “o dia da mentira”, comemora-se ou repudiase
o Golpe Militar de 1964. Nós, estudantes de Geografia da Universidade Federal da
Integração Latino-Americana, o repudiamos. Dessa maneira, repudiamos também algo
que sobrou da pior ditadura brasileira: a repressão física e moral a que estão submetendo
os estudantes da Universidade de São Paulo – a maior universidade da América Latina,
em excelência acadêmica e criminalização do fazer política dos estudantes.
Nessa moção, deixamos nosso apoio a todos estudantes do Brasil, da América
Latina e do mundo, e principalmente aos presos e perseguidos políticos da USP que ao
lutarem por um mundo justo, são jogados em celas, são proibidos de estudar, tem seu
direto a moradia negado. Nós, estudantes, nos orgulhamos ao ver que diante de toda
repressão, diante de um “REItor” e de uma polícia não policiada, os estudantes, apesar
de tudo, resistem!
Daqui, apoiamos toda forma de manifestação, e toda atitude coletiva dos
estudantes para combater a política de perseguição do atual reitor, de seu partido, e da
polícia militar. Apoiamos à todos os estudantes, na luta que é nossa e de todo nosso
povo, e dessa forma, exigimos o fim das acusações, processos e eliminações de
estudantes e funcionários da USP.

Viva a luta estudantil!
Lutaremos até que TODOS e TODAS sejamos livres!
Em assembléia, estudantes de Geografia da UNILA.
Foz do Iguaçu, 16 de abril de 2012

Versão em pdf: Moção de apoio aos 85 estudantes perseguidos da USP

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