Belo Monte parou – e agora?

Tirado de: http://www.facebook.com/events/421974067840327/?ref=notif&notif_t=plan_user_invited

Sábado dia 25/08 às 15h

Bate-papo sobre a decisão judicial e as implicações na luta contra a barragem

Com: Verena Glass (Jornalista – Xingu Vivo),
Spensy Pimentel (Jornalista – Antropologia USP),
Helena Palmquist (Assessora de Comunicação do Ministério Público do Pará),
Célio Bermann (Professor da USP – a confirmar),
Marcelo Zelic (Grupo Tortura Nunca Mais SP).

No Grupo Tortura Nunca Mais – Rua Frei Caneca 986 – São Paulo

Links para divulgação:
https://xingu23sp.noblogs.org/post/2012/08/22/belomonteparou-eagora/
http://15osp.org/2012/08/22/sabado-15h-belo-monte-parou-e-agora/
https://calendario.sarava.org/pt-br/evento/belo-monte-parou-e-agora

Ato debate: 33 anos da Lei de Anístia – Impunidade e Repressão

Tirado de: http://www.facebook.com/events/434984343218417/?ref=notif&notif_t=plan_user_invited

Ato-debate organizado pelo Fórum Aberto Pela Democratização da USP, parte da campanha Por Uma Comissão da Verdade da USP.

Com os convidados:
ATON FON – Advogado de Processados da USP e ex-preso político;
MARCIO SOTELO FELIPPE – Membro do Comitê Paulista por Verdade e Justiça;
HELOÍSA GRECO – Professora de História da UFMG;
ANGELA MENDES DE ALMEIDA – Observatório de Violências Policiais da PUC-SP;

27.agosto às 17h30′ no Auditório da Engenharia Elétrica, na Poli.

USP: Até quando?

“A Reitoria nunca foi processada por ocupar o espaço que deveria ser destinado aos estudantes, mas estes são processados por ocupar o que é seu direito ocupar.”
por Lincoln Secco

 

A Universidade de São Paulo (USP) foi forjada depois da derrota militar de 1932 e tinha por escopo a criação de uma elite intelectual destinada a dirigir o desenvolvimento do Estado e quiçá do país. A sua história pode ser dividida em quatro fases fundamentais. O período de crescimento e consolidação terminou em 1964. No início a USP enfrentou a difícilarticulação de antigas unidades (Direito, Medicina, Politécnica) com as novas. Uma real integração nunca se completou.

O Golpe de 1964 foi uma resposta ao fato de que setores da USP transbordaram o leito restrito dos princípios que nortearam a criação da universidade e se envolveram com a criação de um saber crítico, ainda que restrito à pequena *coterie* de intelectuais bem estabelecidos. A ditadura cobre a segunda fase de desenvolvimento da USP, marcada pela profissionalização, departamentalização, especialização, massificação, dispersão e, especialmente, pela repressão contra alunos e docentes.

O período de redemocratização (terceira fase) mudou pouco a USP nos marcos institucionais. Mas decerto a liderança de professores moderados e críticos da ditadura fez com que as tensões fossem amainadas. No entanto, como nenhuma alteração da estrutura de poder foi feita, a ditadura na USP não acabou, foi apenas camuflada por um espírito envergonhado e de moderação, típico de parte da direita nos anos 1980.

O início do novo século marca uma quarta fase. Ela é resultado do neoliberalismo avassalador que alterou o papel do Estado brasileiro e os valores dominantes na sociedade. A USP, situada num estado muito conservador, deixou de responder aos problemas oriundos de sua expansão. As crises se avolumaram e o primeiro decênio do século XXI foi marcado por greves e ocupações estudantis.

A radicalização, ao contrário do que se pensa comumente, não foi produzida por entidades da comunidade uspiana, mas pela cúpula da USP. É que os valores do neoliberalismo foram assumidos pela Universidade e se combinaram com uma estrutura autoritária: competitividade, submissão a critérios de mercado, hierarquia econômica e de classe, etc., se somaram à repressão e perseguição política. Foi o pior dos mundos, pois a USP não tem mais liberais tingidos de democratas, mas neoliberais autoritários.

Os últimos fatos que caracterizam aquele processo se deram no dia 08 de novembro de 2011, quando a tropa de choque prendeu 72 alunos, e no domingo do carnaval do ano seguinte, quando 12 pessoas foram presas na moradia que estava retomada desde 17 de março de 2010. Utilizada pela Coseas (Coordenadoria de Assistência Social), o espaço pertence ao Crusp (Conjunto Residencial da USP). Vejamos bem: a Reitoria nunca foi processada por ocupar o espaço que deveria ser destinado aos estudantes, mas estes são processados por ocupar o que é seu direito ocupar!

Os processos administrativos não são baseados em provas, e sim em boletins de ocorrência que não individualizam os atos. Mas quem se importa com isso? O que nós nunca vemos é o aspecto humano por trás de uma luta eminentemente política. Diana Soubihe de Oliveira, trabalhadora e diretora do Sintusp, é uma das processadas. O seu nome público é Diana Assunção. Por isso alguns energúmenos a acusaram nas redes “sociais” de esconder o rosto e o nome autêntico. Não sabem que o nome não é proveniente só do registro de nascimento, mas da luta. Diana não se esconde – aliás, está sendo processada publicamente – e entre suas testemunhas de defesa aceitas pela Comissão Processante encontram-se professores da USP que a reconhecem como trabalhadora e membro da comunidade universitária.

O que leva uma funcionária a protestar contra a continuidade de um entulho autoritário que começou a ser varrido no país, mas não na sua principal universidade? Por que as pessoas simplesmente não trabalham e ficam quietas? Esta seria a sociedade ideal para alguns.

Outrora, os protestos dos movimentos sociais eram reprimidos *sin más*, como diriam os espanhóis. É que o ambiente político permitia o assassinato generalizado dos que lutavam contra a ditadura militar. Com a “redemocratização”, os protestos são criminalizados. Como? Basta uma porta quebrada. Seja esta porta quebrada realmente pelos ocupantes de um prédio público ou pelos invasores policiais. Não é preciso individualizar os atos, lembram-se?

A criminalização de movimentos sociais produzida pelos governos sucessivos do PSDB em São Paulo parece não ter fim. Mas terá. Ou será que dirigentes políticos bem situados em sua (in)segura vida paulistana acham que as pessoas nunca passam do ranger de dentes à luta aberta? http://www.amalgama.blog.br/08/2012/usp-ate-quando/


												

LUTAR PELA VIDA NÃO É CRIME! – Comunicado do Movimento Mães de Maio

Retirado de: http://maesdemaio.blogspot.com.br/2012/08/lutar-pela-vida-nao-e-crime.html

DIREITO À MEMÓRIA, À VERDADE E À JUSTIÇA! DIREITO À VIDA EM PAZ!

Santos, dia 08 de Agosto de 2012

Frente à recente multiplicação das críticas à atuação policial no estado de São Paulo, vindo de todas as partes aqui no Brasil e no Mundo, do Ministério Público Federal à Organização das Nações Unidas, bem como o enorme aumento da repercussão de nossas denúncias populares e apelos contra a violência policial, era previsível que os fascistas de turno fossem reagir tentando estigmatizar e criminalizar os seus críticos legítimos.

Nesta terça-feira (07/08/2012), durante um “Ato de Desagravo à PM” montado por parlamentares militares na ALESP, em São Paulo, o coronel Jairo Paes de Lira, ex-deputado federal, ex-comandante metropolitano da Polícia Militar em São Paulo e atual candidato a vereador pelo DEM na capital, afirmou que as pessoas e as entidades que defendem os cidadãos das arbitrariedades e violências cometidas pela Polícia Militar no estado fazem “parte de facções criminosas”.

No mesmo dia, em Santos-SP, durante o julgamento do “PM do Carro Preto”, na Baixada Santista, o seu advogado mais uma vez manobrou junto ao Júri para adiar e, assim, atrapalhar – novamente!!! – a Audiência do Julgamento de seu cliente, e ainda forjou um Boletim de Ocorrência acusado uma senhora, que teria o agredido, dela ser “integrante das Mães de Maio”. Relatou que esta senhora teria feito ameaças a ele etc etc. Agressões e ameaças que, no caso de terem realmente sido feitas por quem quer que seja, o foram por alguém que não integra, muito menos poderia responder por nosso movimento, pois não corresponde a nossa conduta irretocável na luta pacífica pela Verdade e por Justiça, sempre buscando uma sociedade onde prevaleça a Igualdade, a Liberdade, e a Paz.

Diante de mais essas declarações e medidas fajutas buscando claramente estigmatizar o nosso movimento Mães de Maio, com o patente interesse de criminalizá-lo, nós vimos por meio desta reiterar enfaticamente que somos uma Rede de Mães, Familiares e Amigos de Vítimas da Violência com o exclusivo interesse de defender o Direito à Memória, à Verdade e à Justiça referente aos nossos entes queridos vitimados injustamente pela violência de agentes do estado. Superando a dor irreparável da perda fatal de nossos filhos e entes queridos, lutamos cotidianamente pela Verdade e por Justiça em relação a TODAS as vítimas atingidas pelos mais diversos tipos de violações dos Direitos Humanos mais fundamentais, a começar pelo direito à vida e à liberdade de ir e vir em segurança por nossas cidades. Nosso maior atestado são os calos nas nossas mãos, e as feridas no nosso corpo e na nossa alma, todas elas causadas por um estado opressor.

Não é por outra razão, senão por conta de nossos princípios e práticas cotidianas em busca de justiça e transformação social pela paz, que ao longo desses mais de 6 anos de existência nosso movimento já foi amplamente reconhecido nacional e internacionalmente, por entidades como a Anistia Internacional, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, a Human Rights Watch, a Clínica de Direitos Humanos da Universidade de Harvard, o Prêmio Nacional 2010 de Direitos Humanos da Secretaria de DH da Presidência da República do Brasil, a Associação de Juízes pela Democracia, o Prêmio Nacional 2011 da Associação Nacional dos Defensores Públicos, o Prêmio Santo Dias 2011 de Direitos Humanos da ALESP, homenagem da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça pelo Dia da Mulher em 2012, indicados para o Prêmio de DH 2012 da OAB-SP, entre diversas outras manifestações contundentes de reconhecimento e congratulação pelo nosso compromisso incansável com a Verdade, a Justiça e os Direitos Humanos, sobretudo da população mais pobre e vulnerável no Brasil.

Nada nem ninguém nos desviará desses princípios, desse compromisso e dessa firme trajetória, irretocável! Tampouco conseguirá, sob nenhuma hipótese, nos estigmatizar fraudulentamente com caracterizações ou criação de situações que não nos dizem respeito, em absoluto!

MOVIMENTO MÃES DE MAIO
por Verdade e Justiça, Ontem e Hoje!

Mais um ataque ao Núcleo de Consciência Negra na USP

Tirado de : http://www.facebook.com/notes/n%C3%BAcleo-de-consci%C3%AAncia-negra/mais-um-ataque-ao-n%C3%BAcleo-de-consci%C3%AAncia-negra-na-usp/300541110043164

São Paulo, 23 de Julho de 2012 

Os alunos, colaboradores e coordenadores do Núcleo de Consciência Negra (NCN) foram surpreendidos na última semana com a notícia de que o espaço ao lado do NCN, onde funcionava a vivência do Centro Acadêmico da Faculdade de Economia e Administração da USP (o CAVC), fora transferido para outro local e que haviam sido retiradas as telhas do barracão e parte das paredes na parte de cima, deixando um enorme buraco na parede que ligava as duas entidades.

A demolição parcial do barracão foi feita com ordens da COESF-USP e aconteceu sem que o NCN fosse comunicado e, por conta disso, a sede do NCN ficou vulnerável durante o fim de semana e o espaço fora violado, foram furtados vários equipamentos utilizados em sala de aula, dentre eles um retroprojetor, um computador e alguns aparelhos de DVDs. E agora, de quem é a culpa por isso?

Esse é o mais novo ataque que nossa entidade sofreu, mas não é o primeiro. No dia 21 de dezembro de 2011, o NCN foi surpreendido por uma tentativa de demolição do barracão, local onde desenvolve suas atividades no Campus Butantã da Universidade de São Paulo. Naquele momento o NCN conseguiu, através de mobilização política junto às entidades sindicais, estudantis, do Movimento Negro e Movimentos Sociais, garantir sua permanência.

O NCN se encontra em processo de negociação com a USP e por isso julgamos inexplicável que a universidade tenha cometido tamanha arbitrariedade.  O diálogo nunca foi fácil, pois o NCN é historicamente uma entidade que debate acadêmica e politicamente a situação do negro na nossa sociedade e, principalmente, questiona a ausência dessa parcela da população nas universidades públicas, principalmente na Universidade de São Paulo.

Esta é uma nota de denúncia, mas também uma convocação para todos aqueles que entendem a importância da continuidade das atividades do NCN,como a manutenção da Biblioteca Carolina Maria de Jesus, a continuidade do Curso Pré-Vestibular, que visa principalmente levar negros e pobres a ingressar em uma universidade pública, e o Curso de idiomas, que foi criado para dar às pessoas de baixa-renda, uma oportunidade de aprender um segundo idioma.

Contamos com o apoio e esperamos que mais entidades tomem para si esta luta. Convocamos o DCE, Centros Acadêmicos, a ADUSP, o SINTUSP, organizações do Movimento Negro, e demais entidades a somarem forças conosco numa grande campanha visando garantir a permanência do Núcleo de Consciência Negra na USP até vencermos a segregação racial das universidades brasileiras!