ATO! CONTRA A REPRESSÃO POLICIAL! PELO DIREITO À MORADIA! CONTRA OS PROCESSOS! PELA APRESENTAÇÃO IMEDIATA DO PROJETO DE REURBANIZAÇÃO DA SÃO REMO!

Versão em pdf do panfleto aqui: Ato panfleto do rizoma pdf

“Favela sinistra, na madrugada; filha da puta assassino de farda se eles te ver, tenta correr; se ele sacar, finado é você.”
Trilha Sonora do Gueto

A Rota está na rua. Mas não da mesma forma em todos os lugares. Enquanto que nos bairros ricos ela protege as portas das casas e agride ostensivamente seus “possíveis invasores”, nas comunidades de periferia é ela quem arromba as portas e invade as casas para agredir @s morador@s. Enquanto que para a mídia burguesa é ela quem garante a segurança do cidadão de ben(s), para as comunidades ela é parte integrante da violência, criminalidade e terrorismo cotidianos.
A São Remo, comunidade vizinha à USP, é palco, cenário e uma das áreas na qual a Rota está! Ao invés de protegid@s, @s morador@s, grande parte trabalhador@s da USP (efetiv@s ou terceirizad@s), são agredid@s, aterrorizad@s e humilhad@s: tapa na cara e despertar com fuzil é a proteção que o Estado oferece por meio da Rota!
Essa invasão da polícia não é uma ação pontual e isolada, mas parte do processo de desmoralização e amedrontamento da comunidade. Com isso, a reitoria e o governo do estado querem criar justificativas para retirar a favela de lá em um futuro que agora não está tão distante. O projeto de reurbanização corre por vias extra-oficiais, sem dar satisfação a ninguém, criando um clima de insegurança entre @s morador@s.
Depois de marcado o ato do dia 22, a secretaria de habitação convidou um membro da Associação para reunião no dia 21. Vamos lá para dizer que não entrará apenas um representante!

Agora, a luta é pela apresentação do projeto de reurbanização e pelo fim da ingerência policial na região!
Vamos lutar lado a lado com aquel@s que fazem a luta possível e necessária – ombro a ombro com a São Remo!

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ATIVIDADES:
– DIA 19/11 (segunda-feira) às 15h na Associação de moradores:
– Produção de cartazes e rolê para chamar a comunidade.
– DIA 21/11 (quarta-feira) às 17h na R. Boa Vista, 170:
– Reunião de representantes da comunidade com CDHU.
– DIA 22/11 (quinta-feira) às 14h30 no portão da Tia Eva:
– ATO até a porta da reitoria + Sarau.

Rizoma

Não creditem nada aos meios de comunicação que se empenham constantemente em deslegitimar a nossa querida, velha e sofrida periferia. (por Yuri Polvilho)

Pedirei, apesar do grande texto que escrevi, aos meus amigos não informados na totalidade acerca do que acontece na USP leiam:

Não creditem nada aos meios de comunicação que se empenham constantemente em deslegitimar a nossa querida, velha e sofrida periferia.

Os meios de comunicação possuem sim pessoas em seu comando e que cumprem um papel dentro de nossa sociedade hierarquizada e da divisão produtiva e social existente dentro de nosso território, ou seja, assim como qualquer discurso, não possuem neutralidade, acrescentando o fato de nas mãos da grande mídia esse discurso se portar como um interesse exclusivo objetivado em mascarar as verdadeiras relações das coisas.

Quanto ao “TÚNEL” encontrado na comunidade da São Remo, tenho toda a certeza de que se trata de mais uma jogada que já vem acontecendo há alguns meses, como interesse da Gestão do REITOR João Grandino Rodas, escolhido pelo governador Geraldo Alckmin –sim, o mesmo do Massacre do PINHEIRINHO e dos despejos violentos aos moradores ocupantes de imóveis abandonados do centro –, em total alinhamento com a política de/para ELITE do PSDB. RODAS pretende e já lança um projeto de “REURBANIZAÇÃO” da comunidade da São Remo, já relembrando a chegada de eventos internacionais como a Copa e Olimpíadas e a grande valorização de propriedades e terrenos no bairro do Butantã, que se expressa como um reflexo da ESPECULAÇÃO imobiliária em expansão sob os interesses das grandes Empreiteiras e Elites, tendo como objetivo a expulsão dos pobres das regiões de nova “centralidade”.

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Reunião aberta contra a repressão policial e ameaça de desalojamento na são remo! (Associação dos Moradores da São Remo e Sindicato dos Trabalhadores da USP)

Até quando teremos esse discurso, que só fica no plano das ideias, de democratização da universidade e da necessidade de um movimento estudantil classista?!
Só vamos verdadeiramente quebrar os muros dessa universidade, quando xs estudantes, ao invez de alimentarem uma relação individualista e oportunista com a S.Remo, começarem a entender que lá moram pessoas, trabalhadores e trabalhadoras, muitxs terceirizadxs e explorados pela nossa universidade.

Precisamos começar a entrar na S. Remo, para trocar ideia com essas pessoas, para entender o cotidiano dessa comunidade e quais são suas necessidades, para que a gente possa fortalecer a luta da S. Remo reivindicando também a sua autoorganização, e não a partir de uma posição vanguardista, que se limita a chamar um ou dois representantxs da comunidade para um debate e/ou organizar um ato. Isso não basta, façamos mais!
Por uma pratica cotidiana mais orgânica com a São Remo!
Que possamos lutar lado a lado com a comunidade!
Fortalecer luta da S. Remo!
Rizoma

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DIA 05/11 (SEGUNDA-FEIRA) ÀS 16hs NO SINTUSP

A comunidade São Remo, onde residem milhares de trabalhadores efetivos e terceirizados e, localizada ao lado da USP, foi ocupada na última quarta-feira pela Policia Civil e Militar, supostamente com o objetivo de apreender os responsáveis pelo assassinato de um policial na região e de combater o tráfico de drogas. Neste dia, os moradores que já sofrem cotidianamente com a falta de condições adequadas de saneamento básico, coleta de lixo, tratamento de esgoto e moradia há vários anos vêm sendo vítimas da brutal ação da PM, que se utilizou de cães de guarda, um enorme contingente de policiais, forte armamento, fechamento das áreas onde as mães deixavam suas crianças como o Circo Escola e até a cavalaria para sitiar e reprimir seus moradores. São milhares de famílias que estão sofrendo com os chamados toques de recolher, sendo proibidas pela policia de permanecer nas imediações de suas próprias casas, vítimas de todos os tipos de agressões dentro de suas próprias casas que estão sendo invadido pela PM a mando do governo do Estado de São Paulo, o que caracteriza uma enorme e absurda violação dos direitos humanos. Os interesses envolvidos nesta operação, extrapola sua aparência que na verdade esconde as constantes ameaças de desalojamento que os moradores a São Remo vinham sofrendo por parte da reitoria e do governo, sob o nome de um “projeto de reurbanização”. Hoje a mesma situação pela qual passa a São Remo se repete em áreas da cidade e do estado, como na comunidade de Paraisópolis que também foi militarizada pela PM, com ameaças de toque de recolher e a multiplicação dos assassinatos causados pela PM. Na USP há anos estudantes, trabalhadores e professores vêm lutando contra a militarização da universidade e que estão sendo perseguidos politicamente por isso, correndo o risco de ser demitidos e expulsos da universidade por lutar por uma universidade pública, gratuita e a serviço dos trabalhadores. Por tudo isso, estamos convocando trabalhadores efetivos, terceirizados, estudantes, professores, ADUSP, DCE e entidade de direitos humanos, e os próprios moradores para uma reunião onde estarão a Associação de Moradores e o nosso sindicato, para preparar um plano de luta para por um basta nas ameaças de desalojamento e da repressão policial aos moradores.

Associação dos Moradores da São Remo e Sindicato dos Trabalhadores da USP