O que estamos esperando? Todo apoio às mobilizações!

panfleto-2013-06-11-verso-page-001 panfleto-2013-06-11-frente-page-001

Feriu a moral e os bons costumes? “Expulsão”. Sem bolsa? “Não come”. Sem grana pra pagar moradia? “Se vira”. Permanência estudantil? “é de comer?”. Ocupação de prédio que tá obsoleto, mas que deveria ser para moradia? “Polícia neles”. Cotas? “Ahh, coloca o PIMESP pra eles, assim a gente finge que quer inclusão e ninguém descobre que somos uma Universidade racista”.

Parece a USP?! Pois é.
Mas agora estamos falando da prima, aquela que as redes de comunicação ignoram sumariamente. Estamos falando da UNESP.

Continue lendo

Panfleto de Apresentação do Rizoma 2013

Versão em pdf Panfleto de Apresentação do Rizoma 2013_pdf

Rizoma

Somos o Rizoma, uma tendência libertária e autônoma participante do movimento estudantil.

Não queremos o privilégio de mandar, nem a obrigação de obedecer; construímos ombro a ombro. O que queremos não pode ser construído por outras mãos, senão as nossas. Isso inclui não só as lutas do movimento estudantil, mas também a organização de nosso coletivo e nossas atitudes diárias.

Somos de abaixo, como dizem xs zapatistas. Somos aqueles e aquelas que são tão “outrxs” para os que dominam e oprimem. na nossa caminhada, buscamos estar lado a lado com xs trabalhadorxs, xs que lutam por moradia, acesso à cidade, alimentação, as mulheres que se auto-organizam, xs gays e lésbicas, xs marginais, pixadorxs, skatistas, baderneirxs, vagabundxs, pés-rapados, terroristas, gentalha.

Nesse caminhar é constante o construir da coerência, da autocrítica, do discurso e prática inalienáveis; para caminhar ombro a ombro, além de dizer e agir, é preciso ouvir e respeitar a autonomia de todxs essxs, e de todxs que são postxs à margem e abaixo do sistema capitalista e patriarcal- e assim caminhar lado a lado.

Na trincheira da resistência estaremos sempre no lado contrário dos poderes opressores, disciplinares, dominadores, controladores; mas não temos duvida de que resistir é também atacar. Somos de abaixo e é a partir daqui e com xs nossxs que iremos derrubar os de acima.

Continue lendo

2012: O ano da Universidade sem movimento que não ia se adaptar…

Versão em pdf; 2012: O ano da Universidade sem movimento que não ia se adaptar…

O ano de 2012 iniciou-se com grandes expectativas: embalado pelas duas ocupações e a greve do final de 2011, o movimento teve um começo de ano atípico com assembleias (de curso e geral) cheias que tinham como pauta principal a continuação da mobilização. Pode-se até dizer que acreditamos que dessa vez o movimento ia para frente. Doce ilusão.

Não demorou muito para o setor eleitoreiro do movimento preparar o terreno perfeito para sua melhor performance. Um verdadeiro circo foi montado a partir de sua atividade preferida, aquela que os mobiliza e os faz vibrar, chorar de alegria e tristeza: a eleição. Quase sem intervalos emendaram uma na outra, confundiram as do M.E. com as Municipais, se aliaram aqui, brigaram ali, e pouco se importaram para o recado que todos tentaram passaram – a descrença na Democracia Representativa, o resultado: no lugar do ano da luta contra a PM, Rodas e os processos, o ano das eleições incontáveis.

Foram eleições a perder a conta: para DCE, CA’s, delegados para o XI (iiiii…) Congresso, Município – contamos essa porque muitos estudantes preferiram agitar bandeiras de seu partido e colar adesivozinhos na camiseta a ir apoiar seus colegas que estavam prestando depoimentos por causa dos processos administrativos –, RD’s da FFLCH, CA’s de novo e DCE de novo, e não se surpreenda se esquecemos alguma, pois esse ano foi de fato o ano das “Grandes mobilizações”… eleitorais.

Grandes eleições de grandes promessas, grandes chapas, grandes urnas, mas movimento pequeno. Tivemos o privilégio de testemunhar o alcance das palavras, da força das ideias: 13 mil votos para DCE, com mais de 300 diretores eleitos, quase 200 delegados no XI Congresso, todas as cadeiras de RD’s da FFLCH preenchidas, nenhum ato com mais de 600 pessoas, mais de 80 processos contra estudantes e trabalhadores, continuação do convênio PM/USP, reintegração de posse da Moradia Retomada, DCE ocupado, reurbanização das favelas próximas a USP, BUSP, câmeras, proibição da entrada de cervejas, perpetuação e aumento do poder e influência de Rodas. É explícito o quão saturado o movimento está de urnas, e a incapacidade destas de nos trazer avanços e mudanças… Todavia, o que mais é de se impressionar é que esta ainda é nos apresentada praticamente como a única possibilidade política do movimento… Espera-se que a salvação venha das urnas, sem perceber que estas fazem parte da miséria a qual se pretende superar. Tentam exaustivamente “curar miséria com mais miséria”.

Provaram mesmo que depois da tempestade vem a bonança, da agitação o marasmo, da luta a eleição. Só nos resta provar que a recíproca também é verdadeira: depois da bonança à tempestade, do marasmo à agitação, da peleguice à luta.

Rizoma – tendência libertária e autônoma
rizoma@riseup.net

fim de novembro de 2012

 

 

Nossa tarefa atual: ESPALHAR GASOLINA!

NOSSA TAREFA em PDF

O movimento está em brasa.

“Passa mês, passa processo, passa polícia, passa congresso, mas a brasa não acende de novo. O tema ‘democracia abstrata’ (o teatro da voz do povo) parece que foi só uma brisa. Um flash mob. Um sonho ruim. E enquanto o Leviatã pisa pra brasa não aquecer, renascem – dos muros, das salas – mais sopros pra nos acender.
Não estamos sozinhos.”

Atualmente sopra o Núcleo de Consciência Negra, que depois de sofrer vários ataques e de ter equipamentos roubados do cursinho popular, lança um projeto de criação da Casa de Cultura Negra da USP, nos moldes da Casa de Cultura Japonesa, com autonomia em relação à reitoria e com a promessa de continuar o legado de luta.

Sopram também as comunidades São Remo, Carmine Lourenço e Morro da USP, ameaçadas por ocuparem terrenos no quintal do reitor e lutando contra a higienização promovida pelo Estado Democrático de Direita. As duas primeiras, situadas ao lado do campus Butantã, lutam pra que a dita “reurbanização” prometida pela reitoria não vire um “bota-abaixo”. Já a última, localizada no Sacomã, tem em seu horizonte uma “reintegração de posse” (posse de quem?), da qual podemos esperar violência, abusos, autoritarismo e quase tudo – menos o cumprimento da promessa de “melhores condições” para os moradores. Isso tudo sem contar a ingerência da PM nessas comunidades, que executa por meio da força o que vermes decidem em seus gabinetes.

E por falar em brasa, jamais nos esqueceríamos do Osama Bin Raggae X, aterrorizando a USP todo ano junto de várixs lutadorxs das mais diversas quebradas dessa babilônia paulistana. Cole na Hist/Geo de 10 a 14 de setembro pros debates, oficinas e a festa!

Os processos contra trabalhadores/as e estudantes da USP poderiam muito bem ser mais um sopro em meio aos outros, no entanto, a política do Movimento Estudantil “oficial” tem sido: “ninguém sabe, ninguém vê”. Cavalo manso em sete de setembro: andando mal, empinando e sendo aplaudido, enquanto xs processadxs tentam carregar o barco que devia ser de todxs…

Até quando o Movimento Estudantil só vai fazer as coisas quando a água bater na bunda?Até quando se deixará enganar por aquelxs que, sentadxs, “lutam” por “democracia”? Não será um candidato a Reitor, um Congresso ou um voto que fará Rodas e companhia limitada (Burocracia universitária, Governado do Estado e PM) pararem.

Somente xs estudantes, trabalhadorxs e moradorxs das comunidades, através da auto-organização, da solidariedade e da ação direta, poderão mudar o que está acontecendo e o que está por vir.

Todo apoio ao Núcleo de Consciência Negra!
Todo apoio à São Remo!
Todo apoio a Carmine Lourenço e ao Morro da USP!
Todo apoio aos/às processadxs!
Todo apoio à um Movimento Estudantil que intenta se reacender!
Vamos pro Osama!
Seguimos em luta!

Saudações libertárias,
Rizoma – Tendência Libertária Autônoma