“Democracia na USP” via Reitor

“Democracia na USP” via Reitor
Manifesto de Retorno às aulas Lutas!

admin-Ernani-Coimbra2

João Grandino Rodas, o reitor de nossa Universidade, parece não cansar de nos surpreender. Nas últimas semanas fez um anúncio “bombástico” que pegou todxs no contrapé: “Para assegurar o envolvimento do maior número possível de uspianos, com grau de motivação elevado, nada melhor que propiciar a todos eles a participação efetiva na escolha de seus dirigentes: dos chefes de departamento, passando pelos diretores, chegando até ao reitor.” (extraído do ofício encontrado em: democracia.usp.br/?page_id=2 ). Ou seja, traduzindo do burocratês, o reitor biônico de nossa Universidade, presidente do CRUESP (Conselho de Reitores de Universidades do Estado de São Paulo), afilhado político do tão conhecido ex-governador do Estado de São Paulo e eterno candidato a presidente do Brasil José Serra, parece estar disposto, ou minimamente inclinado a discutir a pauta que arranca tantas lágrimas e mobiliza tantas ações em nosso Movimento – como massivos twitaços (sei lá como se escreve essa merda) e trending topics – a famosa “Diretas para Reitor!”

Frente a isso, é necessário que iniciemos um debate – sim, iniciemos pois esse nunca foi feito de forma aprofundada ou mesmo sincera com apresentações de concepções divergentes e propostas diversas – ao redor dessa pauta que desde o início tentou-se – nem precisamos dizer quem – enfiar goela abaixo de todxs aquelxs que militam cotidianamente, ignorando qualquer processo de construção do Movimento a partir de suas bases, assembleias e fóruns.

Em primeiro lugar devemos tentar entender o que significa essa abertura ao diálogo demonstrada por Rodas.

Não é novidade para ninguém que as “Diretas Já” uspianas foi um eixo aprovado em Congresso – mais precisamente no famoso XIiii… Congresso de 2012 – e que nunca saiu do papel e isso por basicamente dois motivos. O primeiro deve-se ao fato de que os grupos políticos que o reivindicam tão fervorosamente acham que mobilizações se constroem via twitter e palestras com intelectuais e parlamentares – essas palestras tem sido atualmente chamadas de “ato-debate”. O segundo deve-se ao fato de que somente esses grupos acham importante essa pauta, de modo que toda vez que ela é levantada em assembleias – seja de curso ou geral – ela é rechaçada categoricamente por quase todxs xs presentes que não fazem parte dos respectivos grupos. Ou seja, a famosa campanha por “Democratização” só se dá virtualmente e sem respaldo nenhum no cotidiano daquelxs que constroem o Movimento.

Mas mesmo todos esses apontamentos não são suficientes para explicar a atitude de Rodas, pois não é somente a falta de mobilização ao redor da pauta que o motiva a se abrir frente ao “Movimento”, mas a própria pauta em si. Afinal, convenhamos, seriam as “Diretas Já” uspianas, uma ameaça para a burocracia de nossa Universidade? Basta observarmos os efeitos colaterais do Movimento que inspira nossxs twitteirxs de plantão, as Diretas Já originais, dos idos de 1983-84.

Praticamente trinta anos se passaram desde então e o que mudou? Sim, é certo que não vivemos mais sob uma Ditadura Militar e isso não ignoramos nem menosprezamos, e saudamos todxs xs que lutaram pelo fim desse Regime. Mas a condição dxs de abaixo em nada mudou, continuam violentadxs a cada dia, oprimidxs e reprimidxs pelxs de acima que até hoje são xs mesmxs daquela época. Continuam xs mesmxs coronéis, empresárixs, latifundiárixs, banqueirxs, exploradorxs. E ainda existem xs de abaixo que resistem e lutam contra os mandos e desmandos dxs de acima.

E o mesmo ocorrerá na USP. Elegeremos nosso Reitor! Mas continuaremos a ser processadxs, expulsxs e demitidxs por nossas atividades políticas que questionam e desafiam xs de acima. Continuaremos a ser presxs, perseguidxs e reprimidxs por lutar. Votaremos, mas continuaremos com a sombra do decreto de 72 em nosso encalço. As diretas para eleger Alckmin ou Haddad não fazem suas balas e cassetetes doerem menos.

É por isso que pouco, ou melhor, nada deve importar ao Movimento essa atitude de Rodas. Pois não haverá Democracia enquanto formos presxs, processadxs, expulsxs ou demitidxs. Pois não haverá Democracia enquanto houver burocracia universitária, CO’s, trabalhadorxs terceirizadxs em condições precárias de trabalho, projeto de reurbanização, reintegração de posse e repressão na São Remo, programa de acesso e permanência racista e machista, falta de vagas no CRUSP e enquanto a Democracia for pautada na urna e na participação esporádica da população.

Hoje, infelizmente o Movimento Estudantil da USP continua em uma perspectiva defensiva, afinal, todxs que lutaram nos últimos anos foram duramente reprimidxs – 1 trabalhador demitido, 6 estudantes expulsxs por causa da Moradia Retomada, 72 estudantes presxs e processadxs administrativa e criminalmente pela ocupação da Reitoria de 2011 e 12 estudantes presxs e processadxs administrativa e criminalmente pela Moradia Retomada. É tarefa do Movimento continuar essa luta em defesa dxs lutadorxs para que possamos avançar rumo a uma verdadeira democratização pautada na participação direta e constante de todxs xs interessadxs em fazê-lo.

Não à democracia de gabinete de Rodas!
Não às Diretas Já uspianas dxs burocratas do Movimento!
Por um Movimento Estudantil construído a partir de abaixo e com xs de abaixo!
Democracia Direta Já!

versão PDF: democraciaviareitor

Juiz rejeita denúncia contra estudantes que ocuparam a Reitoria!

Notícia retirada de: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/educacao/2013/05/28/juiz-rejeita-denuncia-contra-alunos-que-invadiram-a-reitoria-da-usp.htm

Agora estamos no aguardo do posicionamento quanto ao processo das 12 pessoas envolvidas na moradia retomada.

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Juiz rejeita denúncia contra alunos que invadiram a reitoria da USP

Marcelle Souza
Do UOL, em São Paulo

A Justiça rejeitou nesta terça-feira (28) a denúncia da promotora Eliana Passarelli em relação aos 72 alunos detidos após ocuparem a reitoria da USP (Universidade de São Paulo) em novembro de 2011. A promotora pedia que o grupo fosse processado por formação de quadrilha, posse de artefatos explosivos, danos ao patrimônio público, pichação e desobediência judicial.

Segundo o juiz Antonio Carlos de Campos Machado Junior, a manifestação dos alunos “descambou para excessos, constrangimento, atos de vandalismo e quebra de legalidade”.

Apesar disso, o magistrado entendeu que a denúncia do Ministério Público, apresentada no início de fevereiro, foi exagerada. “Prova maior do exagero e sanha punitiva que se entrevê na denúncia é a imputação do crime de quadrilha, como se os setenta estudantes em questão tivessem se associado, de maneira estável e permanente, para praticarem crimes, quando à evidência sua reunião foi ocasional, informal e pontual, em um contexto crítico bem definido”, disse na sentença.

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Debate sobre o Movimento Recente da USP

…Porque esquecer não é uma opção! 

Venha para o debate sobre a história recente do movimento estudantil na USP e os processos abertos contra estudantes e funcionárixs

cartaz da atividade

panfleto da atividade

 Quarta 08 de Maio as 18h no Auditório da História

Convidados: Adusp, DCE, Fórum pela democratização da USP, processadxs da moradia retomada e da reintegração de posse da reitoria e Sintusp

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URGENTE – ADORNO CONVOCA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA COM RDS DA FFLCH PRA DISCUTIR A RÁDIO

“Polícia sai do pé… Polícia sai do pé…”
Sabotagem – o rap é compromisso

O ano mal começou, e a repressão já tá no pé…
Ontem tivemos a internet usp cortada em toda a fflch tão somente afim de boicotar a transmissão ao vivo da Rádio Várzea 107,1FM (a qual nós do Rizoma estivemos juntos).
Além disto, fomos intimidados por um paisana da reitoria que insistia que tinhamos que desligar a rádio…

E, agora, tivemos a notícia de que HOJE ÀS 16h foi convocada uma reunião extraordinaria com os RDs da FFLCH sobre a questão da Rádio…

Não passarão!

471130

Sabotaram a Rádio Várzea hoje? Preferimos o Sabotage! 2013 e a resistência prossegue

retirado de: http://varzea.radiolivre.org/2013/02/18/varzeasabotada/

Sabotaram a Rádio Várzea Livre? Como assim? Quando?

Hoje, dia 18 de fevereiro de 2013, nós da Rádio Várzea Livre participamos de um momento de interação/intervenção na matrícula dos novos ingressantes na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH–USP).

Estávamos transmitindo lindamente pelo 107,1 FM, e também pela internet, quando de repente… (leia o breve relato que segue logo abaixo e perceba o tamanho da repressão que sofre quem quer se comunicar livremente sem governos e corporações religiosas/empresariais/midiáticas).

Essa não é o primeiro ataque que sofremos – seja da Reitoria da USP, da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) ou de grandes corporações empresariais-midiáticas  (os neobandeirantes). Em 2011, 2012, 2004 e 2006 — fomos atacados e resistimos em todos esses anos.

O breve relato que segue abaixo é tão vivo, rico e absurdo que merece ser lido em sua totalidade. Em 2013 a repressão e a sabotagem por parte dos de cima continua.

Seguimos fortes na luta coletiva e nas ondas livres. E não estamos sós (novas rádios livres estão surgindo e florescendo por aí). Porque aqui é assim: na Rádio Várzea Livre a gente sabe quem trama e quem tá com a gente…

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