Espertirina Martins e a flores


O ano de 1917 ficou na história pela Greve Geral dxs trabalhadores, na qual a vida urbana  foi completamente alterada. Participaram da greve pedreiros, padeiros, trapicheiros e estivadores, trabalhadores da Cia Força e Luz, operários das fábricas de tecidos, carroceiros, caixeiros, choferes, tipógrafos, entre outros. Começava a Guerra dos Braços Cruzados, que levou este nome por ter sido realmente uma guerra do povo contra as elites para conquistar seus direitos. Ocorriam piquetes, manifestações, apedrejamentos, barricadas, motins e ocupações de fábricas todos os dias.

Nesta luta toda, em Porto Alegre a brigada matou um operário. Os operários, em greve, organizam então o enterro do colega assassinado, que era também um protesto por sua morte. Milhares de operários, homens, mulheres e crianças acompanharam o enterro em procissão pela Avenida. Na frente estava Espertirina Martins carregando um buquê de flores. Ao lado contrário da avenida, vinha a carga de cavalaria da Brigada Militar para reprimir a procissão dos operários.  Quando os dois grupos se encontraram, Espertirina com seu buquê de flores se aproximou dos brigadianos, que estavam prontos para atacar, e jogou seu buquê no meio dos brigadianos. O buque explodiu, matando metade da tropa e assustando os cavalos. Começou então uma verdadeira batalha campal, que graças ao preparo dos operários, saíram em vantagem.

Espertirina Martins (1902-1942) pertencia a uma família de militantes anarquistas, lutadores, que tiveram muita importância nas lutas operárias daquela época.

Graças a toda a batalha, foram conquistadas as 8 horas de trabalho, o fim do trabalho infantil, a aposentadoria, a licença-maternidade, o direito à assistência médica e a indenização no caso de acidente de trabalho.

ESPERTIRINA MARTINS, TRABALHADORA e  GUERREIRA,

DEFENDEU COM DINAMITE A LUTA DA CLASSE OBREIRA!!

FONTE: http://www.mncr.org.br/box_4/formacao-e-conjuntura/martires-da-luta/espertirina-martins

Denúncia pública contra Pedro Pacheco (Castelo FdE Sorocaba) Machistas não passarão!

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terça feira, 4 de junho de 2013

Carta Aberta

Eu, Kamili Picoli, venho por meio desta denúncia pública contra Pedro Pacheco (integrante do coletivo Castelo Fora do Eixo de Sorocaba), me manifestar em repudio à atitudes machistas dentro da cena libertária, e em todo e qualquer meio. Frequentemente nos deparamos com fascistas que utilizam de um discurso libertário para legitimar atitudes abusivas, nosso silêncio e cumplicidade fortalece esses agressores, já basta!

Na madrugada do dia 29/03/2013 por volta das 04h30 am, eu estava no Castelo Fora do Eixo, dormindo, com o Paulo (Still X Strong) no quarto em que na ocasião era meu (visto que eu não me relacionava mais com Pedro há cerca de um mês, e este não residia lá na época), quando Pedro adentrou o mesmo de maneira agressiva e atacou Paulo com tentativas de socos e estrangulamento, motivado por um sentimento injustificável de possessividade. Tentei intervir e Pedro reagiu agarrando-me com força e dando empurrões, após isso tentou agredir Paulo novamente.
Ao tentar intervir uma vez mais, Pedro me segurou e me deu uma cabeçada no rosto, acertando meu nariz que ficou inchado e com hematomas por uma semana. Violento, socou paredes, moveis e quebrou coisas como cadeiras, mesas, etc. Dirigiu-me ofensas claramente machistas como “vagabunda” e “vadia”. Contra a minha vontade, levou-me ao banheiro numa tentativa de forçar o “diálogo”. Ao tentar fugir, ele saiu no corredor externo e quebrou mesas que se encontravam por lá. Agarrou ao Paulo e a mim de maneira agressiva pelos braços. Coagida, aceitei “dialogar” a sós com ele, nesse momento Paulo, que ficou do lado de fora da casa, saiu para procurar um taxi para nós. Pedro recomeçou as agressões, acertou-me com tapas no rosto e na cabeça enquanto me sacudia de maneira violenta.

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Ao lado da USP, mães do Jd. São Remo sofrem com falta de creche

Re-Virada Contra Cultural da São Remo - 1º/maio/13

Re-Virada Contra Cultural da São Remo – 1º/maio/13

Retirado de: http://portal.aprendiz.uol.com.br/2013/05/24/ao-lado-da-usp-maes-do-jd-sao-remo-sofrem-com-falta-de-creche/

Um pequeno portão e enormes muros separam a Universidade de São Paulo (USP), a maior instituição de ensino superior pública do Brasil, do Jardim São Remo.  O bairro, com cerca de 10 mil habitantes, tem sua população composta em grande parte por funcionários da USP. Mas desde o ano passado, com o fechamento do Centro de Educação Infantil Projeto Girassol, organização conveniada com a prefeitura, o abismo que divide a academia da comunidade da São Remo aumentou.

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Mulheres e espaços de resistência no campo

Atividade do coletivo Clandestinas! Segue a divulgação

“Nós, do coletivo anarcofeminista Clandestinas, convidamos à todxs para nossa primeira atividade pública: Mulheres e espaços de resistência no campo.

Nessa próxima quarta-feira (22), discutiremos, a partir de alguns videos, a violência do agronegócio contra as mulheres camponesas, e, principalmente, sua resistência frente à expansão do capitalismo no campo, através da agroecologia e de seu protagonismo enquanto mulheres.

A atividade será às 17h30 na sala de vídeo da Geografia (Departamento de Geografia, FFLCH, USP Butantã), e se insere no calendário de atividades do mês contra a Monsanto. confira: http://spcontramonsanto.milharal.org

09-mhg-via-campesina-protesta

link para o evento no facebook: https://www.facebook.com/events/452793871479030/
link para o evento no calendário de movimentos sociais: https://calendario.sarava.org/pt-br/evento/atividade-sobre-agroneg%C3%B3cio-e-viol%C3%AAncia-contra-mulher-confirmar

Enegrecer o feminismo

Enegrecer o feminismo em pdf

ENEGRECER O FEMINISMO: A SITUAÇÃO DA MULHER NEGRA NA AMÉRICA LATINA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA DE GÊNERO

por Sueli Carneiro
Fundadora e coordenadora-executiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra São Paulo SP

No Brasil e na América Latina, a violação colonial perpetrada pelos senhores brancos contra as mulheres negras e indígenas e a miscigenação daí resultante está na origem de todas as construções de nossa identidade nacional, estruturando o decantado mito da democracia racial latino-americana, que no Brasil chegou até as últimas conseqüências. Essa violência sexual colonial é, também, o “cimento” de todas as hierarquias de gênero e raça presentes em nossas sociedades, configurando aquilo que Ângela Gilliam define como “a grande teoria do esperma em nossa formação nacional”, através da qual, segundo Gilliam: “O papel da mulher negra é negado na formação da cultura nacional; a desigualdade entre homens e mulheres é erotizada; e a violência sexual contra as mulheres negras foi convertida em um romance”.

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