Rodada de Assembleias

SEGUNDA-FEIRA

Todas as assembleias de curso devem acontecer nesta segunda (16.06), em geral às 18h, variando somente nos cursos com diversos com turnos muito distantes ou no caso dos estudantes da EACH contaminada. Neste caso os alunos da manhã terão assembleia as 10h na UNICID e os do noturno na Faculdade de Saúde Pública as 18h30.

TERÇA-FEIRA

Na ultima assembleia dos estudantes foi tirado um indicativo de assembleia das três categorias da universidade para esta terça (17.07). Não tivemos uma comfirmação exata das outras duas categorias (ADUSP e SINTUSP), mas temos o indicativo de que aconteça ás 10h.

QUARTA-FEIRA

Teremos um ato na praça da Sé retirado pelo Fórum dos seis ao meio dia e ás 18h teremos nossa assembleia geral dos estudantes na San Fran.

ATO DE APOIO AOS METROVIÁRIOS

Na segunda-feira (9/6), a partir das 7h, em frente à estação Ana Rosa será realizado o Ato Unificado de Apoio aos Metroviários.
O Ato terá a participação do MTST (Movimentos dos Trabalhadores Sem-Teto), MPL (Movimento Passe Livre), das Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, NCST, CTB, CSP-Conlutas, CGTB e CSB, entre várias outras entidades.

O ato é uma resposta dos movimentos sociais, sindicatos e centrais e juventude trabalhadora à intransigência do governo Alckmin. Participe!

extraído de: http://www.metroviarios.org.br/site/index.php?option=com_content&Itemid=&task=view&id=1840

A brutalidade da PM paulista e a mentira na TV

Por Patrícia Rodsenko, no Facebook

É com tristeza e indignação que venho compartilhar com vocês como me tornei recentemente mais uma das vítimas do nosso fracassado sistema de segurança pública. Na última quinta-feira, 15 de maio, enquanto voltava para casa durante os protestos que tomavam a Avenida Paulista e a Rua da Consolação, fui brutalmente atingida por um dos armamentos que a Polícia Militar do Estado de São Paulo tem usado para conter manifestantes e, como ocorreu comigo, qualquer outra pessoa que esteja ao alcance de suas ações desmedidas e injustificáveis.

Após sair de um cinema com uma amiga na Rua Augusta, fomos para um café ali perto e aguardamos um pouco. Quando a manifestação já parecia ter se dispersado, fomos para a Rua da Consolação pegar nosso ônibus.

Foi nesse pequeno trajeto que tudo aconteceu. Enquanto um grupo de manifestantes tentava se reunir novamente, duas viaturas policiais subiram no sentido oposto atirando bombas e outros dos seus artefatos “não-letais”.

Ouvi dois grandes estouros e logo depois senti uma pancada muito forte no meu rosto, na região dos olhos. Sem entender direito o que havia acontecido, percebi apenas que eu sangrava muito. Minha roupa estava cheia de sangue e eu não conseguia mais abrir meu olho esquerdo. Fui socorrida por minha amiga, cuja presença foi inestimável, e por pessoas que estavam na rua no momento. Alguns médicos que participavam de uma conferência num hotel próximo ao Metro Paulista também me deram os primeiros socorros. A todos gostaria de agradecer imensamente pela solidariedade.

Pensei que ficaria cega, mas por absoluta sorte meu olho não foi atingido. Concluí depois que, infelizmente, a sorte é muitas vezes a única coisa que nos protege da violência policial. Tive “apenas” o nariz quebrado e, segundo o relato médico que tive ao ser atendida no Hospital das Clínicas, uma lesão no osso abaixo dos olhos. E eis o resultado de mais uma ação policial: alguns pontos no rosto, anti-inflamatórios que não consegui adquirir pelo sistema público de saúde, uma cirurgia que farei nesta semana para reparar meu nariz e, o que talvez mais me dói como cidadã brasileira, mais um profundo golpe nos nossos direitos. Em nome da ordem pública e da preservação do patrimônio, se ignora outro dever constitucional do Estado em matéria de segurança pública: a proteção da integridade e da incolumidade das pessoas.

Por que tanta repressão arbitrária? Por que tanto despreparo, tanta violência? Para impedir manifestantes radicais de danificarem bancos e lojas, a polícia atira assumindo o risco de cegar alguém aleatoriamente? Não há inteligência policial para evitar excessos sem pôr em risco a vida de todos nós? É mesmo essa a policia que foi instituída como um dever do Estado para proteger a população? Uma polícia que atira no meu rosto é uma polícia que nos põe em dúvida com relação ao seu próprio sentido de existir!

Não pretendo entrar na discussão política sobre os gastos com o Mundial da FIFA, a qualidade dos serviços públicos no Brasil ou o verdadeiro nível de democracia em nosso país. Essas são discussões extremamente importantes, mas que ficam ofuscadas quando nosso direito básico de ser protegido pelo Estado se transforma na possibilidade de ser atacado por ele arbitraria e brutalmente.

Como um direito humano fundamental, o verdadeiro sentido da segurança jamais será o de uma prerrogativa do Estado para se defender de críticas e dos seus opositores, mas um direito que todas as pessoas têm de não se sentirem vulneráveis em relação à violência de quem quer que seja.

Como alguns de vocês sabem, moro numa das regiões mais pobres da cidade mais rica do país. Aqui, cada pessoa que sabe da violência que sofri me aconselha a não seguir adiante com meu testemunho e a não buscar reparação judicial pelo que estou sofrendo. Infelizmente, as pessoas (e a minha mãe talvez mais que todos) temem que eu possa ser alvo de retaliações policiais.

Até quando seguiremos nos sentindo vulneráveis e impotentes diante da violência? É dessa outra segurança, aquela que nos permite não ser refém do medo, que precisamos para nos tornarmos um dia a sociedade que desejamos ser. É dessa outra segurança que eu e os vários jovens brasileiros que sofrem nas periferias do país precisamos. É dessa segurança que precisam inclusive os policiais que cometem esses atos totalmente descabidos e lamentáveis, moradores que são eles também dessas mesmas periferias abandonadas pelo poder público.

Pelos jornais, pude ver que na última quinta-feira, quando fui vítima do despreparo policial, o Brasil assistiu a dezenas de manifestações em várias cidades do país. Eu não estava na manifestação que ocorreu aqui em São Paulo, mas sou totalmente a favor da população se reunir e expressar suas insatisfações com o Estado. Quantas vezes forem necessárias.

Não é um favor o que os governos fazem ao deixar a população ir às ruas se expressar. É uma obrigação! A liberdade de expressão é um direito do cidadão, não é? Está na constituição, não está? Por mais que se tente, não posso culpar qualquer manifestante “radical” pelo que me ocorreu. A polícia precisa aprender a lidar com eles, com todos os outros manifestantes e não manifestantes sem abandonar outros valores fundamentais para todos nós. Sairemos crescidos desse momento político se formos capazes desse gesto.

Ontem, assisti no jornal de maior audiência do país que a Secretaria de Segurança de São Paulo desmentiu a “mulher ferida em protesto”. Eu, Patrícia Rodsenko, já apenas mais uma pessoa na estatística da violência, estava enganada quando imaginei ter sido atingida por uma bala de borracha disparada pela PM.

A Secretaria afirmou em nota que garantiu zelosamente o direito à livre manifestação e que balas de borracha não foram usadas em nenhum momento no protesto. Não pretendo entrar numa discussão semântica sobre qual o nome do artefato que atingiu meu rosto na última quinta-feira. O fato inegável é que, sendo estilhaço de bomba ou bala de borracha, esse objeto quebrou meu nariz e por pouco não me cegou.

O sangue que permanece insistente na roupa que usava no dia é inegável e foi resultado de uma violência cometida em nome e sob a responsabilidade desta mesma Secretaria de Segurança. No meio dessa disputa com a opinião pública para mudar de nome os mesmos gestos injustificáveis, me pergunto apenas porque o Estado de São Paulo teria aceitado do Governo Federal em março desse ano 314 kits com armas de balas de borracha para combater protestos na Copa deste ano. Afinal, a Secretaria de Segurança diz não fará qualquer uso deles.

[HOJE] Ato Internacional: Copa sem povo, tô na rua de novo!

Leia a Carta do I Encontro dos/das Atingidos/as – Quem perde com os Megaeventos e Megaempreendimentos

“Que um grito de gol não abafe a nossa história.”

Carta do I Encontro dos/das Atingidos/as

Quem perde com os Megaeventos e Megaempreendimentos

Reunidos em Belo Horizonte no “I Encontro dos(as) Atingidos(as) – Quem perde com os Megaeventos e Megaempreendimentos”, de 1 a 3 de maio de 2014, constatamos que as violações geradas a partir dos megaprojetos e da saga privatista é comum em todas as cidades-sede da Copa 2014. Afirmamos que a Copa e as Olimpíadas estão a serviço de um modelo de país e de mundo que não atende aos interesses gerais do povo trabalhador e dos setores oprimidos pelo sistema capitalista. A Lei Geral da Copa, inconstitucional e autoritária, escancara que o Estado funciona a serviço das corporações e das empreiteiras. Abaixo expressamos algumas dimensões do sofrimento do nosso povo, potencializados pelos megaeventos como a Copa e as Olimpíadas.

Moradia

A Copa intensificou aumento dos despejos e remoções violentas nas cidades brasileiras. Duzentos e cinquenta mil pessoas com suas famílias estão sendo desestruturadas, levadas para longe de seus lugares de origem, causando impactos na saúde, na educação, no transporte público, além da violência física e psicológica. Tem gente com depressão, se endividando, esperando por soluções que nunca chegam. São vítimas da especulação imobiliária que expulsa os pobres das áreas do seu interesse.

Histórias semelhantes de violências contra populações ocorrem em todo o território brasileiro. Não pedimos essa Copa da Fifa. Mais do que barrar a Copa, queremos barrar os despejos e remoções no Brasil. Nossa luta é antes, durante e depois da Copa, para que nenhuma família brasileira sofra a violência e humilhação de um despejo ou remoção forçada. Decidimos sair deste encontro com uma grande união para barrar os despejos e remoções no Brasil. Sairemos juntos daqui numa articulação permanente, e assim estaremos mais fortes. Por um Brasil sem despejos! Brasil sem remoção! Respeito ao cidadão!

Trabalhadores e trabalhadoras ambulantes, catadores e da construção civil

Defendemos e valorizamos os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras ambulantes vítimas das arbitrariedades da Fifa e do governo, como a imposição da Lei Geral da Copa que proíbe o comércio de produtos nas proximidades dos estádios. Enfrentamos a repressão por parte das prefeituras municipais que estão “higienizando” as cidades licitando para que grandes empresas controlem as ruas. A Lei Geral da Copa estabelece zonas de exclusão de 2 quilômetros no entorno das áreas da Fifa, estádios e áreas oficiais de torcedores com telões, onde apenas os patrocinadores oficiais poderão comercializar. É necessário fortalecer canais de comunicação para denunciar os casos de impedimento de trabalho e violações ao direito dos ambulantes. Também propomos um boicote aos patrocinadores da Copa, em solidariedade aos ambulantes.

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[Amanhã] Ato de repúdio ao racismo na FMUSP e calendário de atividades

Data:

13/maio // terça-feira

Local:

Faculdade de Medicina

Horário:

12H

Evento

Texto do evento:

No dia 30/04, a estudante de Saúde Pública Mônica Mendes Gonçalves foi impedida de entrar na Faculdade de Medicina da USP pelos seguranças do local, ao mesmo tempo outros estudantes estavam entrando sem nenhum problema. Após bastante discussão a entrada de Mônica foi permitida, porém a estudante foi escoltada pelos seguranças até o local onde ela iria.

Isto é um claro caso de racismo institucional, não foi à toa e muito menos foi um caso isolado.
Para marcar incisivamente o ocorrido e como forma de repúdio convidamos todos ao ATO que ocorrerá no dia 13 de Maio, data de 126 anos da abolição da escravatura no Brasil.
126 anos depois da FALSA abolição persiste o GENOCÍDIO do povo preto. A negação da cidadania fundou a relação do branco europeu com o povo preto africano escravizado. O Brasil se funda Estado Nação sobre a “Ordem” da hierarquia racial e o “Progresso” da política GENOCÍDA do Estado; É possível exemplificar o custo da negação da cidadania ao povo preto nas mais de 20 mil vidas de seus jovens tiradas por tiros de ponto 40 da PM, nos mais de 350 mil dos nossos em um sistema carcerário de pouco mais de 500 mil.
126 anos depois da abolição, os que conseguem driblar o aborto clandestino, a fome, a miséria, o embranquecimento, o crime e o sistema carcerário, os tiros da polícia, o emprego precarizado, as péssimas condições de ensino e o vestibular, são barrados na entrada da faculdade com a carteirinha na mão.
Cabe a elite branca reconhecer que a cor da pele lhe dá privilégios sociais, econômicos e culturais em uma sociedade estruturada no racismo como a brasileira.
Somos Mahin, Zumbi, Dandara, Ganga-Zumba e tantos outros que deram sangue, suor e lágrimas para que aquele 14 de maio nascesse preto. Nenhum passo atrás até a concretização dessa obra!
Exigimos posicionamento da FMUSP, exigimos que se levante o debate do racismo na Universidade de São Paulo e a situação do preto nesta. Exigimos que se reconheça que a mente colonial ainda vigora na sociedade de hoje e que não diferente vigora na USP intensamente. Exigimos que o currículo do curso de medicina contemple as especificidades do corpo do homem preto e da mulher preta, que se construa saúde para gente preta. Exigimos que seja pensado o que representa a porcentagem de inserção dos pretos na Universidade e que esta é um claro reflexo do racismo que ainda se manifesta rotineiramente na sociedade. Exigimos que se reflita quais são as chances do preto da favela chegar a cursar uma Universidade pública, antes que seja morto, pela fome ou pela polícia.
Exigimos o fim das catracas e o livre acesso, o fim da segregação e elitização do espaço público que é a FMUSP.
Convocados estudantes, professores, funcionários, movimentos sociais e qualquer um que se indigne com o racismo tão presente em nossa sociedade.
Nenhum caso de opressão deve ser silenciado!

RACISTAS NÃO PASSARÃO!

Dia 12/05 18h00
Oficina de cartazes – Entrada da Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública

Dia 13/05

11:00 Concentração – Escadarias da Faculdade de Saúde Pública
12:00 Ato em direção a Faculdade de Medicina da USP

DIA 15/05 Aula aberta com a profª Emérita Elza Salvatori Berquó sobre Atenção em Saúde Reprodutiva no Brasil: Eventuais Diferenciais Étnicos-Raciais

Horário: das 14h00 1as 16h30
Local: no auditório João Yunes da FSP USP (Av. Dr. Arnaldo, 715 – Cerqueira César – São Paulo/SP (Metrô Clínicas).

20/05 RODA DE CONVERSA SOBRE RACISMO ÀS 18H + SARAU NO PUBMED – CAOC