Sobre os ataques ao Movimento Anarquista em Montevidéu

Em uma semana e meia 14 companheirxs foram presxs, isto se soma à campanha de escutas, perseguições, tentativas de despejos e ataques ao movimento anarquista em Montevidéu. Nada disto nos assusta, só nos faz mais fortes. Se nos golpeiam é porque incomodamos. Se incomodamos aos/às poderosxs e suas/seus delatorxs, estamos fazendo bem as coisas.

 Há uma guerra social que passa por diferentes momentos. Xs poderosxs sabem, nós também. A imprensa oculta, ofegando sobre o barril do capital, impondo a ideia de uma democracia rançosa que não cumpre nem com suas próprias mentiras mais repetidas, segurança, direitos humanos, justiça…

 Entre tudo isso a raiva abre passagem.

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Severamente Punidos – a mídia demoniza o Black Bloc

O vídeo denuncia a campanha midiática contra o movimento Black Block como
uma estratégia para criminalizar os protestos e incentivar a repressão
policial. Lembramos aqui que o mesmo aconteceu em Gênova em 2001. A
campanha da mídia italiana contra os Black Blocks legitimou a repressão
policial que resultou na morte de Carlo Giuliani, assassinado por um
policial com dois tiros a queima-roupa durante uma manifestação, e no
massacre da escola Diaz, quando uma operação envolvendo mais de 300
policiais deixou 82 feridos, 63 hospitalizados e uma jovem em coma.

Um massacre midiático prepara sempre um massacre real. Violenta é a mídia!

Coletivo Baderna Midiatica

blog: https://badernamidiatica.milharal.org/

facebook: https://www.facebook.com/badernamidiatica

Recomendamos o documentário “Del Poder”, que retrata os episódios da luta antiglobalização em Gênova no ano de 2011:

En Génova 2001 el enfrentamiento entre el Estado y los movimientos sociales dejó ver la verdadera naturaleza del poder. La represión policial fue la respuesta a la más numerosa protesta que se había vivido hasta el momento. Trescientos mil manifestantes vieron de frente el lado más violento de la democracia.

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[Chile] Santiago: Reivindicação de saída às ruas nos 40 anos do Golpe de Estado

Publicado por A.N.A. (Agência de Notícias Anarquistas)on 17 de agosto de 2013

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Comunicado:

Este 1º de agosto, em uma ação coordenada e tratando de distanciar de setembro o fetiche próprio dessa data, decidimos sair às ruas em 3 pontos, já reconhecidos por seu longo histórico de luta na rua: UTEM, Pedagógico e Juan Gómez Millas. Assumimos a autoria também do ataque incendiário ao quartel de OS9 dos cães dos ricos, e os posteriores enfrentamentos que implicaram nas 3 ações coordenadas, esta vez iluminamos as ruas em agosto, mas em memória dos 40 anos da irrupção mais cruel e dura do sistema dominante, onde milhares de companheiros foram assassinados e encarcerados. Da mesma maneira como faz o Estado hoje em dia, com sua democracia manchada com sangue de muitos lutadores sociais.

Recordamos também o companheiro Jaime Mendonza Collio, companheiro Mapuche assassinado pelos mesmos cães que enfrentamosm, também está em nossas mentes e em cada coração, o companheiro Manuel Gutiérrez, assassinado nos tempos culminantes da mobilização estudantil.

Faltando um mês para os 40 anos do Golpe de Estado incendiamos seu cotidiano para lembrar os companheiros presos, Nicolás Sandoval, Io Giuria Muñoz e o companheiro Hans Niemeyer, recentemente condenado. Um abraço para todos eles.

Completando 40 anos do Golpe, repetimos uma e mil vezes: Não perdoamos e não esquecemos 40 anos do Golpe de Estado, a guerra civil não terminou!

Cordón Macul ativo e combatente

 

agência de notícias anarquistas-ana

caminho de terra,
o mato à margem exala
perfumes silvestres

Zemaria Pinto

Sem moralismo! Protesto em SP em solidariedade à luta no RJ

A MAIOR FALÁCIA DO SUPOSTO “ESTADO DE DIREITO” É A QUE DIZ QUE ELE TEM A POSSE DO MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA

Manifestação em SP – 26/7/2013:  http://www.youtube.com/watch?v=EK6TlkVayz0

O SALDO BANCÁRIO

O que prometia ser um ato tranquilo, simbólico apenas, dado o baixo quórum na concentração dos manifestantes no vão livre do MASP, se tornou uma noite… estilhaçada.

Assim que partiu em marcha, parando a Av. Paulista, o protesto contra Sérgio Cabral, marcado em solidariedade aos cariocas, rachou.
De um lado grupos que emergiram com os protestos, vestindo bandeiras do Brasil, alguns de cara pintada e um discurso de indignação difusa.
Do outro, o Black Bloc, jovens de rosto coberto e bandeiras anarquistas.

Em comum, apenas os gritos contra o governador do Rio e algumas máscaras de Guy Fawkes.

Os dois grupos disputavam a frente da manifestação. Os verde amarelos puxaram o coro ao megafone, imediatamente apoiado por uma ala dos “civis” que não pertenciam a grupo algum:
– Sem vandalismo!

Imediatamente recebido com vaias pelo Black Bloc e por dezenas de “civis” que, mesmo sem máscaras ou capuzes, simpatizavam com os anarcopunks:
– Sem moralismo!

Foi quando os primeiros relógios públicos começaram a ser destruídos. Em seguida, uma agência do Itaú. Vidros, caixas eletrônicos estourados. Corrimãos arrancados que se tornaram bastões para o Black Bloc. Uma turma se posicionou próximo de quatro policiais que estavam na frente de outra agência do Itaú. Sem confronto físico, cercaram os PMs que, após receberem ordens pelo rádio, se retiraram do local. Daí em diante, não se viu mais um policial, uma viatura pela próxima hora. Bancos foram sistematicamente depredados.

Os poucos funcionários que estavam dentro de algumas agências, alguns em pânico, foram protegidos e retirados por alguns mascarados que os acalmavam. Enquanto outros seguiam arrebentando vidros e equipamentos da agência. Um grupo tenta quebrar a vitrine de uma loja de celulares da Oi. Imediatamente coibidos pelo Black Bloc: “a Oi, não! A Oi, não!”.

Cabines da PM foram destruídas, arrastadas para a Paulista e, desmembradas, se tornaram escudos para os anarquistas que, ainda sob total ausência policial, desceram para a Av. 23 de Maio. Param a pista, fazem barricadas com lixo, cones e fogo. E, quando encontram uma van da Rede Record parada em frente ao Centro Cultural São Paulo, arrastam-na para o meio da avenida e colocam fogo.

Foi quando aparece o primeiro grupo de PMs. 3 apenas. Um saca sua pistola. O Black Bloc se posiciona. Não foge. Alguns, hesitantes, avançam. O PM guarda a arma e, com dois colegas sacam sprays de pimenta. Pedras são atiradas na direção dos policiais, mas o grupo dispensa o confronto e segue pela 23 de Maio enquanto os policiais apagam o fogo na van.

A Força Tática, batalhão chamado para conter distúrbios, apareceu por trás, quando o grupo subia pela alça leste-oeste. Gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. E a primeira correria da noite. Ainda com um contigente baixo, a polícia não evitou que o Black Bloc destruísse parte de uma concessonária Chevrolet.

A repressão mais dura chegou apenas na Brigadeiro Luís Antônio que perseguiu os manifestantes de volta à Paulista, descendo a 13 de Maio e, em círculo, subindo a Brigadeiro de novo.

Às 22:30, depois de 4 horas e meia de protestos, a Rota, a Força Tática, o Choque e o resto da tropa se posicionam e avaliam a noite do outro lado da rua do MASP. Onde começou a reação dos paulistas ao autoritarismo de Sérgio Cabral. Sob o rotineiro proceder da PM de Alckmin: hora e meia de vista grossa e debandada policial – e súbita repressão violenta.

TEXTO: Mídia NINJA