A luta por mudanças se faz além das urnas – Manifesto da Rádio da Juventude

Tirado de: http://radiodajuventude.radiolivre.org/2012/07/29/manifesto-a-luta-por-mudancas-se-faz-alem-das-urnas/

A luta por mudanças se faz além das urnas

São Vicente, 29 de julho de 2012

O período eleitoral começou, e a disputa político-partidária vai se acirrando, em busca do maior número possível de eleitores e eleitoras. Candidatos/as e partidos políticos apresentam propostas, trocam acusações, distribuem santinhos e pedem nossos votos, até o dia 7 de outubro, quando acontece a “festa da democracia”, como gostam de falar os grandes meios de comunicação.

Nós da Rádio da Juventude, coletivo de comunicação popular da periferia de São Vicente, consideramos ter amadurecido nosso posicionamento em relação às eleições, e por conta disso, declaramos:

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Confira a entrevista com o Rizoma – tendência libertária autônoma na edição 36 do Podcast damata!

Podcast Frequência Damata Edição 36 – Agosto/2012
Entrevistas de Rizoma Tendência Libertária Autônoma e Chavões

Escritos: A Legalização do Lupanar, Associação Museu Memória do Jaçanã, A 22ª Bienal do Livro.

Na Trilha Sonora de A Rapa do Sindicato, Veja Luz, AnarcoFunk, Stoma, Cícero, Ulster e Ramones em Nuestros Corazones (Homenaje Peruano).

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— com Lobotomia Banda e 48 outros.

O depoimento, segundo o depoente. Ou: sobre como a USP tem se tornado um pesadelo.

Versão em pdf e diagramada: O depoimento, segundo o depoente. Ou: sobre como a USP tem se tornado um pesadelo.

Frente à nova política da USP que trabalha publicamente com aumentos de salários, maior oferta de bolsas e recursos para intercâmbio, mas que por baixo a história tem sido outra.

Já vimos este filme, já lemos este livro, já tivemos parentes que viveram esta história. Ela vai crescendo devagar e estratégicamente como uma serpente que se prepara para o bote final.

A hora é decisiva. Ou barramos o que está por vir ou deixamos que a história se repita nos seus piores flashes.

A lógica saiu da chave do ganhar ou perder. é responsabilidade histórica do Movimento Estudantil não deixar que estes processos ocorram sem oferecer resistência.

Aos que foram, aos que estão sendo e aos que virão: a ordem do dia é: Lutar e resistir!

Nenhum passo atrás, eles não passarão!

Mas que o relato diga por ele mesmo: [leia!] O depoimento (1)

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Carta de Princípios – Política Além do Voto

A campanha “Existe Política Além do Voto” é um contraponto à democracia representativa. Porém, nós não nos limitamos a apenas criticar a forma como a política hoje está instituída. Queremos propagar uma outra forma de fazer política, uma alternativa baseada nos seguintes princípios:

 1. Federalismo

Uma forma de organização social que busca a autonomia dos indivíduos e dos grupos, não havendo, assim, uma centralização de poder. Dessa forma, o federalismo é um projeto anti-autoritário no qual o poder parte de baixo para cima, da periferia para o centro.

2. Democracia Direta

Por uma democracia em que todas as pessoas participam ativamente e que tenham igual poder de decisão, ao contrário da atual democracia que chamamos de “representativa”, na qual as pessoas delegam o poder a uma minoria.

3. Autogestão

Quando as pessoas organizam-se e decidem por elas mesmas os rumos de sua vida, sem hierarquia entre    elas, em todos os aspectos e espaços de relações econômicas e sociais. O poder ao invés de ser concentrado nas mãos de poucos está nas mãos de todos.

4. Anticapitalismo

Acreditamos que nossa proposta para a sociedade não será possível e não pode se conciliar com o capitalismo, pois este sistema econômico e social está baseado numa relação desigual entre indivíduos e grupos que estabelecem e mantem os privilégios de uma minoria em relação a uma maioria explorada.

5. Ação direta

Significa que os oprimidos, em reação constante contra a situação atual, nada esperam das autoridades, mas que criam suas próprias condições de luta e retiram de si mesmos seus meios de ação, sem intermediários ou representantes.

6. Apoio mútuo

 Para se criar uma outra política, é necessário também criar-se novas relações, baseadas em outros princípios morais que não são aqueles da sociedade capitalista e estatista. Um dos princípios essenciais para a nossa ação é o que chamamos de apoio mútuo, que nada mais é do que a cooperação e a solidariedade entre os indivíduos que se associam livremente para lutarem pela sua liberdade. O apoio mútuo é antagônico à competição, que é a base da moral capitalista.

Pronunciamento do Coletivo Rádio Várzea Livre do Rio Pinheiros na Congregação da FFLCH no dia 23 de agosto de 2012

Primeiramente, gostaríamos de lamentar e agradecer. O lamento, pelos parcos minutos que temos nesse fórum. O agradecimento, pela abertura do espaço. Sabemos que a congregação poderia ter um formato bem diferente. Mas esse não é o momento para discutirmos a respeito.

O agradecimento, por mais contraditório que pareça, se justifica pelo período sombrio na universidade, onde o diálogo, as diferenças e o sentido público, parecem estar correndo o risco de extinção. A diretora Sandra Nitrini, ao nos convidar, agiu de maneira republicana. E é isso que o seu cargo exige de quem o ocupa. O cargo é político, a postura deve ser no mínimo republicana. Como não foi republicana a retirada da antena da rádio várzea livre do rio pinheiros em janeiro desse ano, na calada da noite1. Mas como foi republicana a disposição da diretora em sempre conversar conosco quando solicitada.

E é nesse sentido que queremos pautar a relação da Rádio Várzea com as instituições da Universidade. Essa lógica clandestina que tem imperado nos últimos anos apenas reforça a inversão de valores que tem ocorrido na Universidade, onde o medo da repressão amparada no discurso da lei vem calando o pensamento crítico e a prática negativa.

Vamos parar de ter medo da prisão, da perseguição e da expulsão. A lógica é essa: somos todos criminosos. Mocinho é o governador, mocinho é o reitor, é mocinho o chefe da ROTA, mocinhos são os mandatários do ministério das comunicações, o grupo bandeirantes de comunicação. É isso mesmo?

Se continuar assim, só eles não serão fichados e processados. Haja punição. Haja prisão.

Se não sairmos da lógica da lei, do legal e do ilegal, todos nós sabemos que a Universidade não recuperará o seu papel primordial de espaço crítico da sociedade.

A rádio várzea existe há 10 anos, no mesmo espaço. Não será a retirada da sua antena que impedirá a sua existência. Há 10 anos expomos dentro da universidade e irradiamos para fora dela, por meio das diversas oficinas de rádio livres e debates, em tudo quanto é lugar, o Movimento de Ocupação do Latifúndio Eletromagnético.

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