A CRISE NÃO É SÓ NA USP – formação aberta sobre conjuntura nacional

21257_1588264358095974_7800444273893473435_nÉ preciso, para entender o cenário atual da USP, entender também a conjuntura do país. Afinal, os ataques que temos vivido não se restringem a nós, as universidades do país inteiro apresentam graves problemas de precarização e algumas já se mostram dispostas à luta. E não só nas universidades, trabalhador_s também estão sendo atingidos e precisam se movimentar, como tem mostrado _s professor_s!

Precisamos entender o que acontece no país não só para sabermos melhor como lidar nas nossas lutas, mas para conseguirmos prestar solidariedade a outros movimentos enquanto movimento estudantil.

Nos reuniremos no dia 19 de abril (domingo) às 13h30, para aprofundar essa discussão. Se interessou? cola aê!

19/abril
DOMINGO
13h30
Vão Livre da História/Geografia (USP/Butantã) – em frente ao Espaço Aquário

Evento no facebook: https://www.facebook.com/events/1643129932565145/

Já avisaram que vão participar:
– estudantes de vários cursos da USP;
– Compas do Instituto de Artes da UNESP;
– Compa da Universidade Federal Fluminense (RJ);

Dois mil e crise [avaliação de conjuntura e perspectivas]

Texto em PDF: rizoma-conjuntura-2015

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Conjuntura da USP em 2015

Acabadas as férias, encontramos na USP uma “nova” conjuntura. Uma conjuntura difícil nascida das medidas da reitoria, que cada vez mais explicita seu projeto de precarização do trabalho e da permanência estudantil. As consequências das medidas tomadas em 2014, justificadas pela crise orçamentária, surgem de maneira rápida e desastrosa. É preciso organizar o movimento estudantil para que, em unidade com as/os trabalhadoras/es, resistam frente aos ataques da reitoria e do Estado.

O PIDV (Plano de Incentivo à Demissão Voluntária para trabalhadores/as), imposto pela reitoria em 2014, começa a exibir seus frutos. Vale lembrar que, ao contrário do que era tão difundido pela reitoria e pela mídia, o problema da USP nunca foi ter funcionárias/os demais. Ao contrário, desde a década de 1990 a expansão da universidade foi acompanhada por um tímido aumento no quadro de funcionários/as, sendo visível a sobrecarga de trabalho agora intensificada pela saída de cerca de mil e quinhentos trabalhadores/as através do PIDV. É nesse contexto de demissões e congelamento das contratações que voltamos das férias, com o fechamento do bandejão da prefeitura e a estagnação das vagas das creches, ambos contraditoriamente justificados pela falta de funcionários/as.

A reitoria não só manobrou e jogou a culpa da crise orçamentária na quantidade de funcionárias/os – quando sabemos que quaisquer fatores que provocaram a crise são resultado das imposições da burocracia, que age essencialmente segundo seus próprios interesses – como apresentou uma “solução” ainda mais devastadora. Não se traça planos à toa, planos que afundam ainda mais a universidade e agravam a crise. Esse discurso e essas medidas apontam para o sucateamento e precarização do trabalho e do ensino, e abre espaço para decisões ainda mais drásticas, como a tão especulada e aclamada pela mídia: a privatização. Privatização que leva à terceirização, que submete as/os trabalhadoras/es terceirizadas/os a uma situação ainda mais vulnerável, já que muitas vezes estas/es estão desprovidas/os de sindicatos combativos que possam mobilizar a categoria e fazer frente às longas jornadas de trabalho, horas-extra mal pagas e salários baixos.

A precarização do trabalho e da permanência estudantil são evidentes. Além da sobrecarga aos/às trabalhadores/as que restaram, o congelamento das vagas nas creches universitárias atinge mães trabalhadoras e estudantes que dependem desse recurso para poder justamente trabalhar e estudar, e a questão se repete quando se trata dos Hospitais Universitários. Outro ponto relevante é a contaminação do acervo da Biblioteca da FFLCH, informação que já se sabe desde abril de 2014, mas que a diretoria da unidade se sentiu confortável em não dar respostas, mostrando seu total descompromisso com a saúde das/os funcionárias/os e com as condições de estudo das/dos estudantes.

Cotas e permanência estudantil

O movimento estudantil precisa se atentar também, mais do que nunca, a duas pautas que são essenciais e latentes esse ano: as cotas e a permanência estudantil. 2015 é um ano decisivo para a implementação das cotas, sendo preciso marcar a posição dos/das estudantes e de grupos que debatem o tema sobre como acreditam que esse processo deva acontecer, além de pressionar para que o tema seja discutido de maneira séria e política fazendo frente à proposta apresentada pela reitoria de discutir outra forma de ingresso (ENEM) ao invés de assumir abertamente um projeto de cotas raciais e sociais.

Quanto à permanência, essa exige uma mobilização estudantil forte, com as ações que forem necessárias diante dos cortes de bolsas estudantis, corte em vagas de estágios, congelamento do valor das bolsas de auxílio e tentativa de desvinculação da administração da política de permanência passando para o governo do Estado. O fechamento da creche e dos bandejões é um ataque direto à permanência estudantil, não podemos deixar estas medidas sem respostas! Também não podemos aceitar a terceirização como proposta da reitoria para que mantenha os restaurantes abertos, não será às custas de maior exploração de trabalhador_s que vamos conquistar nossas reivindicações!

Ameaça aos espaços estudantis e repressão

Soma-se a isso a ameaça existente aos espaços de alguns Centros Acadêmicos, como os da EACH, FAU e ECA, que se configura como um nítido avanço da repressão contra as nossas formas de organização e ação políticas. Assim se apresenta o quadro de pressão contra os/as estudantes: querem atacar a permanência, querem atacar os espaços físicos, querem sufocar o movimento estudantil! A resposta deve então ser a nossa mobilização e organização para enfrentar desde já tais ataques, que são duros e evidenciam a necessidade de resistência.

Nesse sentido, não podemos esquecer que começamos 2015 também com o avanço da repressão por parte das reitorias: em defesa da moradia estudantil, dezessete estudantes ocuparam a diretoria da UNESP Araraquara, tendo a reitoria respondido com a intervenção da polícia militar e com o anúncio de expulsões! A luta pela permanência estudantil é comum às/aos estudantes de todas as universidades e devemos nos solidarizar e mobilizar pelas/os companeheiras/os da UNESP, pois a continuação da resistência e o apoio à elas/eles servem para pressionar o Conselho Universitário contra as expulsões e deixar claro para os de acima que não seremos silenciadas/os!

Mobilizar e organizar a luta

A greve de 2014 foi um marco na defesa dos direitos das/dos trabalhadores, porém é preciso lembrar que a categoria dos estudantes esteve pouco presente e por isso nossas pautas pouco apareceram. O movimento estudantil precisa começar o ano letivo já preparado para a luta em um 2015 difícil. Nossas demandas precisam ser encaradas com a atenção e seriedade que necessitam. Devemos nos organizar em cada curso, em cada faculdade, em cada Centro Acadêmico e por toda a universidade, pois é em unidade e com organização que construímos o poder estudantil e popular e conquistamos nossas vitórias!

Defendemos que se convoque urgentemente uma Assembleia Geral de Estudantes para organizarmos o movimento estudantil! Exigimos Cotas Já e não apenas mudança no sistema de ingresso que garante com que a elite tenha dupla chance de entrar na USP (através da Fuvest e do Enem). Defender nossas políticas de permanência estudantil, nossos espaços de auto-organização e organizar a solidariedade aos/às estudantes expulsos/as da UNESP! Construir uma forte mobilização pautada na unidade entre estudantes e trabalhador_s!

LEVANTE-SE E LUTE MOVIMENTO ESTUDANTIL!

Começa amanhã! Encontro sobre Autogestão em Centros Acadêmicos – sábado e domingo das 10h às 18h

Começa amanhã (sábado) o 1º Encontro Sobre Autogestão em Centros Acadêmicos!

Confira todas as informações abaixo:

DATA: 29 e 30/novembro, das 10h às 18h
LOCAL: Sede do SINTUSP (Sindicato de Trabalhadores/as da USP) – Campus Butantã – USP (fica situado na Escola de Comunicações e Artes – ECA, próximo às barracas de comida)

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:::. DESCRIÇÃO
O “Encontro sobre Autogestão em Centros Acadêmicos” será nos dias 29 e 30 de novembro e pretende ser um espaço de debate e acúmulo coletivo sobre como gerir entidades de base (CAs, DAs, Grêmios, etc) levando-as cada vez mais para o papel central na organização da luta no Movimento Estudantil.

Diante da atual crise de representatividade é notável o surgimento de diversos grupos de discussão e de trabalho (GDs e GTs) preocupados em debater e consolidar a autogestão em seus cursos. Admiramos esta iniciativa que parte da necessidade real das estudantes e manifestam o anseio por novas formas de organização – formas revolucionárias de organização.

Na USP passamos por um período de grande mobilização d_s trabalhador_s na qual, infelizmente, ficaram evidentes algumas das fragilidades do Movimento Estudantil, dentre elas, os Centros Acadêmicos que nada ou pouco fizeram para mobilizar _s estudantes levando ao esvaziamento do ME e empurrando para fora da luta boa parte de estudantes que poderiam participar ativamente da greve.

Com a perspectiva de mudar essa situação e transformar as entidades de base em verdadeiras ferramentas de luta, nós do Rizoma – Tendência Libertária e Autônoma, convidamos tod_s que queiram aprofundar esse debate para participarem e construírem ativamente este Encontro que é aberto a estudantes de toda e qualquer universidade e/ou escola.

Há um novo mundo para construirmos, um mundo abaixo e à esquerda, que depende de nosso comprometimento e organização para poder florescer.

Saudações libertárias,
Rizoma.

:::. INSCRIÇÕES

As inscrições podem ser realizadas pelo link: http://goo.gl/forms/GvJub4uvXB

:::. PROGRAMAÇÃO

:. Sábado

10h às 12h: Abertura
apresentação da proposta, explicação das dinâmicas do encontro, aprovação da programação e roda de apresentação das pessoas presentes;

12h às 14h: Almoço coletivo
– cada pessoa deve trazer um prato de comida para compartilhar;

14h às 18h: Debate – Para que serve um Centro Acadêmico e porquê defendemos autogestão como método

:. Domingo

10h às 13h: Grupos de Discussão simultâneos
GD: Democracia direta e tomadas de decisões na autogestão;
— GD: Delegações na autogestão;
— GD: Rotatividade de tarefas e como evitar a burocratização;
(novos temas de GDs podem ser sugeridos por e-mail, ou no primeiro dia do encontro)

13h às 15h: Almoço coletivo
– cada pessoa deve trazer um prato de comida para compartilhar;

15h às 18h: Plenária Final

.::: LEITURAS INDICADAS

Indicamos que a leitura destes dois textos sejam feitas ao longo desta semana. Ambos são do mesmo autor, Lucas Maia dos Santos, que participa do MOVAUT (Movimento Autogestionário) coletivo que atua em Goiânia e mantém a publicação da Revista Enfrentamento. Os textos não refletem necessariamente na íntegra a posição do Rizoma, mas trazem elementos importantes para o debate.

Os textos são:

Autogestão: desejo e possibilidade – Acesse o arquivo em PDF: autogestao-desejo-e-possibilidades

e

Militância, compromisso e organização – Acesse o arquivo em PDF militancia-compromisso-e-organizacao

.:: ALIMENTAÇÃO

Os almoços durante o Encontro funcionarão de forma coletiva, então pedimos para que cada pessoa traga um prato de comida para compartilhar.
Também pedimos para que, se possível, as pessoas tragam seu próprio prato, talheres e copo/caneca.

.:: HOSPEDAGEM

Quem vier de outra cidade e não tiver onde ficar para dormir em São Paulo, pedimos que nos escreva e explique a situação para encontrarmos junt_s a melhor solução :)
Envie um e-mail para: rizoma@riseup.net

.:: LIMPEZA DO ESPAÇO

Nós chegaremos na sede do SINTUSP já no sábado a partir das 08 horas da manhã para limpar e organizar o espaço para o Encontro que começará às 10h.
Quem puder pedimos ajuda neste mutirão inicial, pois haverá uma festa no SINTUSP no dia 28 e o espaço precisará de uma boa limpeza no sábado pela manhã. Quem se animar é só chegar no sábado mesmo antes das 10h :)

.:: CERVEJA e MÚSICA

Organizamos a proposta de programação do Encontro de forma que as atividades encerrem até umas 18 horas, para podermos aproveitar o fim da tarde mais de buenas.
Teremos cerveja a venda e avisamos que quem quiser levar instrumentos musicais serão muito mais do que bem vindos!

::::::::: Lembrando que é preciso se inscrever para o Encontro através do link: http://goo.gl/forms/GvJub4uvXB

:::. INFORMAÇÕES E CONTATO

Para maiores informações, dúvidas e/ou sugestões escreva para: rizoma@riseup.net

Formação aberta sobre “Autogestão” – este domingo 23.nov às 14h na USP

Convidamos vocês para mais uma formação aberta do Rizoma!
Será dia 23 de novembro, domingo, às 14h no espaço de vivência da ECA (Escola de Comunicações e Artes – campus Butantã/USP).

Frequentemente nós do Rizoma fazemos formações sobre diversos temas, são momentos para estudarmos e debatermos junto construindo melhor os nossos passos. Estas formações são abertas e a participação de pessoas que não são do Rizoma são bem importantes para nós por trazerem elementos novos para o debate, por isso às vésperas do Encontro sobre Autogestão em Centros Acadêmicos (https://www.facebook.com/events/1501135576835613/) nós gostaríamos de fazer uma formação mais detalhada sobre “O que é Autogestão”.

Para isso indicamos a leitura básica do seguinte texto:
O que é autogestão, Nildo Viana: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/03/249340.shtml

É bem importante que tod_s leiam o texto antes da reunião, pois assim partimos de um ponto comum no debate e podemos aprofundar nossa discussão.

Como leitura complementar indicamos o seguinte texto:
Democracia, autogestão e Movimento Estudantil: http://enefar.files.wordpress.com/2008/06/democracia-autogestao-e-movimento-estudantil.pdf

Nos vemos domingo!

Saudações libertárias!
Rizoma

[SEGUNDA] Por Dandara e por Zumbi: Resistência na EACH

Dandara e Zumbi vivem dentro de cada negra e negro do país. E a resistência continua dentro e fora da cidade, o quilombo é onde nós estivermos.

Pela resitência negra, por Dandara e por Zumbi, o Coletivo Mulheres de Ferro convida a todos para o Dia de Resistência na EACH, com:

[9h – 11h] Cine Debate – Apresentação e discussão do documentário Zumbi Somos Nós.

[14h – 18h] Contação de Histórias e Dinâmicas sobre diversidade.

[19h – 21h] Mesa de discussão: Racismo estrutural – Entrar, Permanecer, Enegrecer: A USP toda deve ficar preta.

*Atividades Culturais ao longo do dia*

(logo menos o nome dos convidados)

O Quilombo está em todos os lugares!