Confira a entrevista com o Rizoma – tendência libertária autônoma na edição 36 do Podcast damata!

Podcast Frequência Damata Edição 36 – Agosto/2012
Entrevistas de Rizoma Tendência Libertária Autônoma e Chavões

Escritos: A Legalização do Lupanar, Associação Museu Memória do Jaçanã, A 22ª Bienal do Livro.

Na Trilha Sonora de A Rapa do Sindicato, Veja Luz, AnarcoFunk, Stoma, Cícero, Ulster e Ramones em Nuestros Corazones (Homenaje Peruano).

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— com Lobotomia Banda e 48 outros.

Nossa tarefa atual: ESPALHAR GASOLINA!

NOSSA TAREFA em PDF

O movimento está em brasa.

“Passa mês, passa processo, passa polícia, passa congresso, mas a brasa não acende de novo. O tema ‘democracia abstrata’ (o teatro da voz do povo) parece que foi só uma brisa. Um flash mob. Um sonho ruim. E enquanto o Leviatã pisa pra brasa não aquecer, renascem – dos muros, das salas – mais sopros pra nos acender.
Não estamos sozinhos.”

Atualmente sopra o Núcleo de Consciência Negra, que depois de sofrer vários ataques e de ter equipamentos roubados do cursinho popular, lança um projeto de criação da Casa de Cultura Negra da USP, nos moldes da Casa de Cultura Japonesa, com autonomia em relação à reitoria e com a promessa de continuar o legado de luta.

Sopram também as comunidades São Remo, Carmine Lourenço e Morro da USP, ameaçadas por ocuparem terrenos no quintal do reitor e lutando contra a higienização promovida pelo Estado Democrático de Direita. As duas primeiras, situadas ao lado do campus Butantã, lutam pra que a dita “reurbanização” prometida pela reitoria não vire um “bota-abaixo”. Já a última, localizada no Sacomã, tem em seu horizonte uma “reintegração de posse” (posse de quem?), da qual podemos esperar violência, abusos, autoritarismo e quase tudo – menos o cumprimento da promessa de “melhores condições” para os moradores. Isso tudo sem contar a ingerência da PM nessas comunidades, que executa por meio da força o que vermes decidem em seus gabinetes.

E por falar em brasa, jamais nos esqueceríamos do Osama Bin Raggae X, aterrorizando a USP todo ano junto de várixs lutadorxs das mais diversas quebradas dessa babilônia paulistana. Cole na Hist/Geo de 10 a 14 de setembro pros debates, oficinas e a festa!

Os processos contra trabalhadores/as e estudantes da USP poderiam muito bem ser mais um sopro em meio aos outros, no entanto, a política do Movimento Estudantil “oficial” tem sido: “ninguém sabe, ninguém vê”. Cavalo manso em sete de setembro: andando mal, empinando e sendo aplaudido, enquanto xs processadxs tentam carregar o barco que devia ser de todxs…

Até quando o Movimento Estudantil só vai fazer as coisas quando a água bater na bunda?Até quando se deixará enganar por aquelxs que, sentadxs, “lutam” por “democracia”? Não será um candidato a Reitor, um Congresso ou um voto que fará Rodas e companhia limitada (Burocracia universitária, Governado do Estado e PM) pararem.

Somente xs estudantes, trabalhadorxs e moradorxs das comunidades, através da auto-organização, da solidariedade e da ação direta, poderão mudar o que está acontecendo e o que está por vir.

Todo apoio ao Núcleo de Consciência Negra!
Todo apoio à São Remo!
Todo apoio a Carmine Lourenço e ao Morro da USP!
Todo apoio aos/às processadxs!
Todo apoio à um Movimento Estudantil que intenta se reacender!
Vamos pro Osama!
Seguimos em luta!

Saudações libertárias,
Rizoma – Tendência Libertária Autônoma

O depoimento, segundo o depoente. Ou: sobre como a USP tem se tornado um pesadelo.

Versão em pdf e diagramada: O depoimento, segundo o depoente. Ou: sobre como a USP tem se tornado um pesadelo.

Frente à nova política da USP que trabalha publicamente com aumentos de salários, maior oferta de bolsas e recursos para intercâmbio, mas que por baixo a história tem sido outra.

Já vimos este filme, já lemos este livro, já tivemos parentes que viveram esta história. Ela vai crescendo devagar e estratégicamente como uma serpente que se prepara para o bote final.

A hora é decisiva. Ou barramos o que está por vir ou deixamos que a história se repita nos seus piores flashes.

A lógica saiu da chave do ganhar ou perder. é responsabilidade histórica do Movimento Estudantil não deixar que estes processos ocorram sem oferecer resistência.

Aos que foram, aos que estão sendo e aos que virão: a ordem do dia é: Lutar e resistir!

Nenhum passo atrás, eles não passarão!

Mas que o relato diga por ele mesmo: [leia!] O depoimento (1)

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Carta de Princípios – Política Além do Voto

A campanha “Existe Política Além do Voto” é um contraponto à democracia representativa. Porém, nós não nos limitamos a apenas criticar a forma como a política hoje está instituída. Queremos propagar uma outra forma de fazer política, uma alternativa baseada nos seguintes princípios:

 1. Federalismo

Uma forma de organização social que busca a autonomia dos indivíduos e dos grupos, não havendo, assim, uma centralização de poder. Dessa forma, o federalismo é um projeto anti-autoritário no qual o poder parte de baixo para cima, da periferia para o centro.

2. Democracia Direta

Por uma democracia em que todas as pessoas participam ativamente e que tenham igual poder de decisão, ao contrário da atual democracia que chamamos de “representativa”, na qual as pessoas delegam o poder a uma minoria.

3. Autogestão

Quando as pessoas organizam-se e decidem por elas mesmas os rumos de sua vida, sem hierarquia entre    elas, em todos os aspectos e espaços de relações econômicas e sociais. O poder ao invés de ser concentrado nas mãos de poucos está nas mãos de todos.

4. Anticapitalismo

Acreditamos que nossa proposta para a sociedade não será possível e não pode se conciliar com o capitalismo, pois este sistema econômico e social está baseado numa relação desigual entre indivíduos e grupos que estabelecem e mantem os privilégios de uma minoria em relação a uma maioria explorada.

5. Ação direta

Significa que os oprimidos, em reação constante contra a situação atual, nada esperam das autoridades, mas que criam suas próprias condições de luta e retiram de si mesmos seus meios de ação, sem intermediários ou representantes.

6. Apoio mútuo

 Para se criar uma outra política, é necessário também criar-se novas relações, baseadas em outros princípios morais que não são aqueles da sociedade capitalista e estatista. Um dos princípios essenciais para a nossa ação é o que chamamos de apoio mútuo, que nada mais é do que a cooperação e a solidariedade entre os indivíduos que se associam livremente para lutarem pela sua liberdade. O apoio mútuo é antagônico à competição, que é a base da moral capitalista.