Retirado de De Olho na Rua
Ela, que ouviu da sociedade que tem culpa do estupro que sofreu. Que perdeu a última ponta de esperança na revolução pacífica quando viu o irmão ser arrastado do morro pro camburão e, de lá, nunca mais teve notícias.
Ela que fez do corpo um templo e do feminismo um trilho. Ela, que hoje cria um filho e não sabe como pagará as fraldas do mês que vem.
Ela não necessariamente é a garota na foto. Ela é uma história mal contada pela opressão diária. E começa em casa. A asa que ela busca ofusca a repressão, a opressão, o patriarcado. A prisão não é só detenção. Não é só essa. ELA É DO TIPO QUE NÃO PÁRA ENQUANTO NÃO TERMINA O QUE COMEÇA.
Texto: Fábio Chap
Foto: Mídia NINJA
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Detenção de manifestantes no Metrô Butantã ontem, durante o 5º Ato “Se não tiver direitos não vai ter Copa”