(Re)volta às aulas – Estudantes do curso de Direito da USP entram em greve

Estudantes da SanFran decidiram em assembleia realizada na quinta-feira, 8 de agosto, entrar em greve a partir desta sexta-feira.

Em protesto contra as dificuldades em se matricular nas disciplinas pelo jupitweweb, escasso oferecimento de disciplinas optativas, pouca quantidade de vagas tanto nas optativas quanto nas obrigatórias, entre outros, xs estudantes decidiram pela paralisação total das aulas.

O problema enfrentado pelxs alunxs da SanFran está longe de ser uma exceção. É, na verdade, uma regra. Todo início de semestre todos os cursos da USP sofrem com o mesmo problema.

A grade de ensino engessada é consequência da privatização da Universidade, a qual tem como único objetivo a formação de um grande exército industrial de reserva, formada por estudantes que após se formarem exercerão uma atividade repetitiva e miserável no mercado de trabalho, sem nenhum comprometimento com uma transformação social.

Para isso, a Universidade faz questão de manter uma grade desestimulante, para que x alunx se forme (caia fora da universidade!) no tempo mais rápido.

A resposta dxs estudantes do Direito – USP foi certeira, é o momento ideal para uma greve que coloque em cheque a lógica da educação como mercadoria e toda mediocridade presente na estrutura pedagógica da USP, que há anos vem sendo questionada.

DIREITO À GREVE. DIREITO EM GREVE.

FAÇA GREVE, JÁ QUE NÃO HÁ POESIA EM SUAS AULAS.

TODO APOIO À GREVE DA SANFRAN!
AMANHÃ VAI SER MAIOR! GREVE GERAL JÁ!

Sarau da Resistência – Sítio São Francisco

SARAU DA RESISTÊNCIA – SÍTIO SÃO FRANCISCO – PIMENTAS
Este sábado! 10/agosto a partir das 14 horas.
Rua Avaré, Sítio São Francisco – Pimentas
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Conheça o blog Sítio São Francisco! https://sitiovive.wordpress.com/2013/08/06/sarau-da-resistencia-1-aniversario/

O Sarau da Resistência está comemorando seu primeiro aniversário, e quer saber: Onde estão os Amarildos?

Amarildo, morador da Rocinha (RJ), desapareceu no dia 14/07 após ser levado por policiais das UPPs do Rio. A família presume que o pedreiro está morto. Com muita repercusão na  mídia, o caso de Amarildo não é isolado, pois os principais suspeitos da morte do trabalhador são os policiais militares das UPPs.

Na mesma semana tivemos ainda o julgamento dos policiais militares envolvidos no massacre do Carandirú, onde 111 presos foram assassinados depois da invasão da PM. O então governador do estado, Fleury Filho, declarou que não deu a ordem da invasão, mas se estivesse em seu gabinete autorizaria a ação criminosa da polícia.

“Aqui pro cidadão honesto ter um teto
só pondo o fogão na cabeça e invadindo o prédio
Saindo na mão com o PM do Choque,
sobreviver do tiro da reintegração de posse
Pergunta pro tio do terreno invadido no escuro
o que é um trator transformando tua goma em entulho”
(Facção Central – A marcha fúnebre prossegue)

Para comemorar o primeiro aniversário, o Sarau da Resistência vem de oficinas de desenho, quadrinhos, zines e rádio livre. Traga seu vídeo, música e poesia.

10/08 - a partir das 14h
Local: Rua Avaré, Sítio São Francisco - Pimentas