A história se repete… Mas eles NÃO PASSARÃO!

OBS: Negrito e sublinhado feitos por nós, do Rizoma, em referência ao ato realizado nesta quinta-feira (20/junho) em São Paulo. Inicialmente convocado pelo Movimento Passe Livre, o que vivenciamos na rua ontem merece um texto específico. Em breve nos posicionaremos.

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Por ora fiquem com os seguintes links [breve levantamento de postagens sobre o ato de ontem. Não representam posicionamento da Tendência Rizoma]:

E no sétimo grande protesto contra o aumento das tarifas…. os fascistas venceram.: http://www.tsavkko.com.br/2013/06/e-no-setimo-grande-protesto-contra-o.html

Partidos e movimentos sociais viram alvo em SP: http://www.cartacapital.com.br/politica/militantes-de-partidos-e-movimentos-sociais-viram-alvo-em-sao-paulo-6932.html

Manifestantes entram em confronto na av. Paulista; homem fica ferido: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/20/manifestantes-entram-em-confronto-na-av-paulista-homem-fica-ferido.htm

MPL deixa ato e diz que direita quer dar ‘ares fascistas’ a protestos: http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/,1586fb147546f310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html

Após vitória, MPL evita protagonismo e foca tarifa zero: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/apos-vitoria-mpl-evita-protagonismo-e-foca-tarifa-zero?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Fascismo infanto-juvenil deixa a República de quatro: http://saraiva13.blogspot.com.br/2013/06/mpl-eduardo-guimaraes-fascismo-infanto.html?spref=tw

Protestar contra tudo é o mesmo que protestar contra nada: http://socialistamorena.cartacapital.com.br/protestar-contra-tudo-e-o-mesmo-que-protestar-contra-nada/

Após hostilidade a partidos e ‘pauta conservadora’, MPL anuncia fim de atos: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/21/apos-hostilidade-a-partidos-e-pauta-conservadora-mpl-nao-convocara-mais-atos.htm

O day-after: implicações de uma vitória: http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=6&post_id=1267

Reflexões provisórias sobre os protestos nas ruas: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/reflexoes-provisorias-sobre-os-protestos-nas-ruas

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Retirado de: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/03/editorial-globo-celebra-golpe-militar-de-1964.html

A história inabalável: Editorial do jornal “O Globo” de 2 de abril de 1964, celebrou o Golpe Militar

Leia a seguir, na íntegra, o posicionamento histórico e irreparável do jornal da família Marinho durante o processo que removeu, à força, um governo democraticamente eleito e instaurou uma ditadura militar no Brasil. Na foto abaixo, a capa do jornal O Globo, celebrando o “ressurgimento da democracia”, um dia após o Golpe Militar.

editorial globo golpe militar 1964

Editorial de “O Globo” do dia 02 de abril de 1964

“Ressurge a Democracia”

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada.

Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente, para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino, sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a levar à anarquia e ao comunismo.

Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.

Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo.

As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, “são instituições permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.”

No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra, saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da democracia e da lei.

Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal.

Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da democracia no Brasil que estava em jogo.

A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular, contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País.

Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão, como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente, as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.”

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