Nota de apoio às/aos estudantes da UFMT

Vídeo: www.youtube.com/watch?v=bdvt5yDdVJg

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Nós do Rizoma vimos a público manifestar nosso repúdio às ações policiais contra a manifestação estudantil da UFMT que na tarde do dia 06 de março de 2013 organizava-se contra o corte de vagas para permanência estudantil.

Manifestações são amparadas no âmbito da Constituição Brasileira tão evocada pela polícia que diz proteger os cidadãos. Além do uso de força desmedida contra estudantes desarmados, a operação repressiva aos/as estudantes da UFMT insere-se num contexto de crescente criminalização dos movimentos sociais.

Manifestamos aqui nosso apoio à ocupação da Reitoria realizada pel@s estudantes. Nós, da USP temos muito claro a importância das ocupações para o avanço das reinvindicações estudantis. Eles, os poderosos do Estado e da Universidade, nos calam diariamente utilizando-se da microfísica do poder. Câmeras espiãs, monitoramento da vida d@s estudantes que se organizam politicamente, destruição dos espaços de convivência e processos judiciais são apenas algumas das ferramentas utilizadas para tentar tirar a voz da mobilização. A ação policial é violenta, o corte de verbas para permanência é violento, as perseguições políticas são violentas e nossa resposta também será.

Violenta porque o Estado considera violento organizar-se. Violenta porque a “boa moral” considera violento aqueles que saem do trilho imposto. Violenta porque nos querem calad@s e submiss@s e entendem como violência quando não deixamos que tirem nossa voz. Violenta porque não precisamos de armas. Nossa solidariedade e a certeza que nossa luta é justa é o que nos move. Se para Eles manifestar-se é ser violento, então seremos.

Todo apoio à ocupação da Reitoria da UFMT!
Todo apoio às pautas de reivindicação d@s estudantes!

charge_latuff_ufmt

Sobre o Facebook

Texto adaptado por “alho-poró” tendo como base o texto: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2013/01/516082.shtml

fachobook-blue

Precisamos falar sobre o facebook

Por muitos anos temos provido servidores e infraestrutura de comunicação para a esquerda. Temos feito o nosso melhor para manter servidores seguros e temos resistido por vários meios a requisições a dados de usuário/a feitas por autoridades.

Em resumo: tentamos oferecer uma forma de comunicação libertadora dentro da internet capitalista.

Sempre vimos a internet como um recurso para nossas lutas, e ao mesmo tempo a reconhecemos como um terreno político controverso, e agimos em consonância com isto. Pensávamos que a maior parte da esquerda a enxerga da mesma maneira. Mas uma vez que mais e mais pessoas na esquerda tem “usado” o Facebook (ou o Facebook as tem usado), não temos mais certeza sobre isso. Ao contrário, nosso trabalho político tem sido insuficiente e exaustivo. A comunicação criptografada com servidores autônomos não é tida como libertadora, mas como irritante.

Disneylândia

Apenas não havíamos percebido que, depois de toda a tensão nas ruas e todas aquelas longas discussões grupais, muitos ativistas parecem ter o desejo de falar bastante no Facebook sobre tudo e todos. Não havíamos percebido que, mesmo na esquerda, o Facebook é a mais doce das tentações. Que a esquerda, como todo mundo, gosta de seguir a suave correnteza da exploração aonde ela não parece fazer mal nenhum e, mesmo só por uma vez, não precisar resistir. Muitas pessoas sofrem de má consciência. Embora isto possa levá-las a antever as consequências fatais do Facebook, isso não parece ter sido transformado em ação.

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8 de março: Recordar é resistir

Neste dia 08 de março de 2013, dia internacional de luta das mulheres, esta postagem tentará fazer uma referência às diversas resistências feministas contemporâneas. Um sincero parabéns à rede de feministas autônomas, de aqui e de lá, em outras geografias e outros calendários.

“Porque as outras lutas podem se valer de instrumentos de denúncia radical como o escracho e a luta feminista não? Nesse sentido, ficar discutindo a legitimidade das ações é perder a oportunidade de falar sobre o que interessa, sobre o machismo nos movimentos sociais, formas de lidar com agressores entre nós e é dar continuidade ao ciclo de violência que se instala a partir da não-responsabilização do indivíduo sobre sua agressão. É mais confortável discutir as ações realizadas pelas feministas do que encarar corajosamente os privilégios que a opressão machista sustenta.”

Trecho retirado e adaptado de: escancarando o escracho

Vídeo de abertura do post: Amenaza Violeta

 

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