Moção de apoio dos estudantes em greve no Québec ao movimento estudantil da USP

A Coalizão Larga da Associação pela Solidariedade Sindical Estudantil, que conta com mais de 50% dos 165.000 estudantes em greve do Québec (Canadá), votou (com 1 abstenção e o resto a favor) a seguinte proposta:
Que a Coalizão se coloca oficialmente em solidariedade ao movimento estudantil da Universidade de São Paulo.
A Coalizão se coloca a favor das seguintes posições:

1- Fim do convênio USP-PM e saída definitiva da Policia Militar do campus;

2- Constituição de um comitê com maioria estudantil/trabalhadora para colocar alternativas de segurança na USP;

3- Fim dos processos administrativos e judiciais e expulsões de trabalhadores e estudantes por causas relacionadas à militância política;

4- Fim do processo de privatização da USP e

5- Renúncia do reitor João Grandino Rodas.

Moção de Apoio aos estudantes da USP

Nós estudantes e trabalhadores prestamos através desse documento nossa  Solidariedade aos estudantes e trabalhadores da USP que nos últimos meses e em especial nos últimas semanas vêm sendo atacados pela Universidade de São Paulo (USP). Já são mais de 85 estudantes e trabalhadores da USP sofrendo processos criminais e administrativos, que podem levar a sua expulsão e eliminação dos quadros da Universidade, pela sua participação na Ocupação da Reitoria e da Ocupação da chamada Moradia Retomada. A postura repressiva e autoritária por parte do governo do Estado de São Paulo e da Reitoria da USP contra a luta que os estudantes e os trabalhadores da USP vem travando pelo fim do convênio entre a USP e a Polícia Militar e pela democratização dos espaços da Universidade, apenas demonstra os resquícios ditatoriais e anti-democráticos de nossas instituições e dos governos dito representativos, que defendem os interesses das classes dominantes e não do conjunto do povo, dos oprimidos. É por isso que repudiamos a postura da reitoria da USP e nos solidarizamos com a luta legítima dos estudantes e trabalhadores daquela Universidade.

Pela descriminalização das lutas populares!

Abaixo os processos criminais e administrativos contra os estudantes e trabalhadores da USP!

Solidariedade de classe ontem, hoje e sempre!

Tendência Estudantil Resistência Popular – RS

Tendência Sindical Resistência Popular – RS

Centro Acadêmico de Serviço Social – UNISINOS

Diretório Acadêmico de Ciências Sociais Florestan Fernandes – UNISINOS

Rádio Comunitária A Voz do Morro – RS

Rádio Comunitária Quilombo – RS

Moção de apoio a USP pdf

Moção de apoio aos processados (Geo-USP)

No dia 08/11, o governo do Estado de São Paulo e a Reitoria da USP foram responsáveis pela prisão de 73 ativistas do movimento estudantil e sindical que protestavam pela retirada da Polícia Militar da USP, a anulação do convênio entre a USP e a Polícia Militar assinado em setembro de 2011 e o fim dos processos administrativos e judiciais contra ativistas do movimento estudantil e sindical da universidade. Concordando-se, ou não, com o método de luta utilizado ou com o mérito da causa defendida, o fato é que o indiciamento dos manifestantes, ainda mais considerando a força policial totalmente desproporcional que foi utilizada, representa uma forma de criminalização da política, uma repressão aos movimentos sociais, um atentado à democracia e uma agressão aos Direitos Humanos, visto que a Declaração Universal, de 1948, garante a liberdade de opinião e de expressão (art. 19), preconizando que cumpre ao Estado de Direito respeitar o exercício da ação política de natureza reivindicatória, “para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão”.

Junta-se a isto, uma segunda ação de criminalização da política promovida dentro da USP: a reitegração de posse de parte do bloco G do CRUSP – conhecida como “Moradia Retomada” -realizada no dia 19 de fevereiro. Esta também contou com um contigente policial desproporcional, e teve como saldo a detenção e o indiciamento criminal de mais 12 pessoas. Estas duas agressões a liberdade política resultaram, além dos processos criminais citados, em processos administrativos internos com ameaça de expulsão. Temos desde já, 6 pessoas eliminados da universidade devido a ocupação do bloco G, e mais de 10 processos em andamento contra pessoas envolvidas nos dois covardes episódios.

Além destas perseguições aos estudantes da Universidade de São Paulo, temos também a informação veiculada pela reitoria da USP sobre interpelação judicial contra dez  professores, todos eles diretores da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo, em decorrência de supostas afirmações a eles atribuídas, publicadas no editorial do jornal O Estado de São Paulo, de 25/02/2012, acerca de como a atual administração emprega as verbas dessa instituição.

Nós, estudantes de geografia em assembleia, nos declaramos contrários à criminalização e a perseguição interna aos 85 presos políticos da USP, aos 10 docentes, e aos diretores do SINTUSP, que se insere no contexto do imoral e desproporcional processo persecutório, totalmente contrário ao interesse público, que se instaurou no seio da maior universidade pública da América Latina por obra do atual Reitor. Solicitamos a anulação destes inquéritos, bem como a retirada dos processos anteriores a estudantes e funcionários da USP. São essas atitudes que cerceiam a possibilidade de organização d@s estudantes bem como a produção de pensamento crítico e prática política contestatória dentro do ambiente universitário.

Geografia USP

Moção geografia USP pdf

Moção de repúdio aos processos contra os estudantes da USP (História-USP)

Os estudantes de história da USP, reunidos em plenária ordinária no dia 11/04/2012, repudiam veementemente a abertura de mais processos administrativos contra funcionários e estudantes, processos estes que visam a eliminação permanente do quadro da USP e expressam o lado mais autoritário do projeto que terceiriza o trabalho, submete a pesquisa ao mercado e privatiza os espaços da universidade.

Nos posicionamos contra toda expressão de dogmatismo e intransigência por parte dos gestores da reitoria e do Estado, os quais não só veiculam um projeto privatista e empresarial para a USP, como também ameaçam o mínimo de diálogo político que esta instituição ainda possui.

Mocao Historia USP pdf