8 de março: Recordar é resistir

Neste dia 08 de março de 2013, dia internacional de luta das mulheres, esta postagem tentará fazer uma referência às diversas resistências feministas contemporâneas. Um sincero parabéns à rede de feministas autônomas, de aqui e de lá, em outras geografias e outros calendários.

“Porque as outras lutas podem se valer de instrumentos de denúncia radical como o escracho e a luta feminista não? Nesse sentido, ficar discutindo a legitimidade das ações é perder a oportunidade de falar sobre o que interessa, sobre o machismo nos movimentos sociais, formas de lidar com agressores entre nós e é dar continuidade ao ciclo de violência que se instala a partir da não-responsabilização do indivíduo sobre sua agressão. É mais confortável discutir as ações realizadas pelas feministas do que encarar corajosamente os privilégios que a opressão machista sustenta.”

Trecho retirado e adaptado de: escancarando o escracho

Vídeo de abertura do post: Amenaza Violeta

 

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Que a solidariedade saia do papel!

Pedido de contribuição a uma funcionária* da limpeza do prédio de Letras da FFLCH- USP

 Os incêndios em favelas tem se multiplicado vertiginosamente nos últimos tempos na cidade de São Paulo. Ao mesmo tempo, as obras de intervenção urbana têm mudado o cotidiano da cidade inteira, e os que mais sofrem com tal situação, naturalmente, são @s mais pobres e @s negr@s, que se veem realocados de lá pra cá como se fossem peças de um jogo, que podem ser movimentados ou eliminados de acordo com as estratégias traçadas por agentes externos, no caso o Capital e seus tentáculos do setor imobiliário.

 

Na semana passada, uma funcionária terceirizada do setor de limpeza do prédio de letras da FFLCH e moradora do JD. João XXIII ao voltar para casa encontrou seu barraco queimado, junto a todos os seus pertences, deixando-a, junto aos seus quatro filhos, sem nada além das roupas que vestiam. Dada esta situação, @s funcionári@s da limpeza do prédio de letras organizaram uma campanha de arrecadação tendo em vista ajudar sua companheira de trabalho. As doações estão sendo recebidas pela Cida, copeira do prédio de Letras, que pode ser encontrada até as 15 horas na copa deste mesmo prédio.

 

Roupas, móveis, eletrodomésticos e algum dinheiro para a reconstrução da moradia perdida são muito bem vindos, tendo em vista amenizar esta situação que é a mais pura expressão de um conflito de classe onde aqueles que se acham os detentores do Espaço podem modificá-lo de acordo com suas vontades, deixando milhares à margem da cidade e de toda a sociedade. Conflito este que se expressa também dentro da universidade, onde negr@s e pobres só são abundantes nos serviços de limpeza e segurança, deixando de ocupar espaços em nossas salas de aula e sem direito nenhuma voz na universidade que é paga e mantida limpa e segura por seu trabalho.

 

***Contribua e divulgue, tendo em vista apoiar nossa companheira!***

***Que a solidariedade deixe de ser somente um adorno para os textos e tome nossas vidas na prática***

SALUD!

solidarity61 * O nome dela não será divulgado.

A Nova Geração de Anarquistas Gregos Está Sendo Torturada Pela Polícia

retirado de: http://www.vice.com/pt_br/read/a-nova-geracao-de-anarquistas-gregos-esta-sendo-torturada-pela-policia

http://assets.vice.com/content-images/contentimage/no-slug/62dc9673a71a6ebaf96bda7b31401453.jpg

Imagens de antes e depois de Nikolaos Romanos, de 20 anos, divulgadas pela polícia grega para a mídia.

Há cerca de uma semana, um grupo de oito pessoas armadas com AK-47s tentou roubar um banco e uma agência dos correios na cidade de Velventos, na Grécia. Depois de serem perseguidos no caminho da província de Macedônia, no norte do país, e de terem sequestrado um médico de 27 anos no caminho, quatro deles por fim se viram encurralados pela polícia numa rua estreita na cidade de Veroia. Foi então que Nikolaos Romanos, 20 anos, Andreas-Dimitris Bourzoukos, 24, Yiannis Michailidis, 25, e Dimitris Politis, 24, se entregaram.

Num par de declarações que eles divulgaram da prisão, os anarquistas esclareceram que seus motivos não eram pessoais, mas que consideram roubos a banco parte de sua luta contra o Estado. Também é importante observar que, enquanto estavam sendo perseguidos, eles não usaram as armas nem feriram o refém. O que não os transforma em santos, claro – eles são anarquistas que roubaram um banco usando AK-47s –, mas a polícia acabou submetendo esses jovens a tamanha tortura, que agora ONGs como a Anistia e alguns setores da mídia grega estão inclinados a mostrá-los como vítimas de um jogo sujo.

Além disso, as fotos dos anarquistas liberadas pela polícia grega para a imprensa foram passadas pelo Photoshop de maneira bem tosca, numa tentativa precipitada de ocultar as contusões e machucados evidentes que eles traziam no rosto.

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Sabotaram a Rádio Várzea hoje? Preferimos o Sabotage! 2013 e a resistência prossegue

retirado de: http://varzea.radiolivre.org/2013/02/18/varzeasabotada/

Sabotaram a Rádio Várzea Livre? Como assim? Quando?

Hoje, dia 18 de fevereiro de 2013, nós da Rádio Várzea Livre participamos de um momento de interação/intervenção na matrícula dos novos ingressantes na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH–USP).

Estávamos transmitindo lindamente pelo 107,1 FM, e também pela internet, quando de repente… (leia o breve relato que segue logo abaixo e perceba o tamanho da repressão que sofre quem quer se comunicar livremente sem governos e corporações religiosas/empresariais/midiáticas).

Essa não é o primeiro ataque que sofremos – seja da Reitoria da USP, da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) ou de grandes corporações empresariais-midiáticas  (os neobandeirantes). Em 2011, 2012, 2004 e 2006 — fomos atacados e resistimos em todos esses anos.

O breve relato que segue abaixo é tão vivo, rico e absurdo que merece ser lido em sua totalidade. Em 2013 a repressão e a sabotagem por parte dos de cima continua.

Seguimos fortes na luta coletiva e nas ondas livres. E não estamos sós (novas rádios livres estão surgindo e florescendo por aí). Porque aqui é assim: na Rádio Várzea Livre a gente sabe quem trama e quem tá com a gente…

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