ESTUDANTE DA EACH RECEBE CONVOCAÇÃO PARA SE APRESENTAR À POLÍCIA PARA DEPOR SOBRE A OCUPAÇÃO DA DIRETORIA

Via Comitê de Luta Eachiano

Na manhã deste domingo, um dia antes da “volta às aulas” da EACH, fomos surpreendidos com mais uma atitude questionável da Universidade de São Paulo! Soubemos que está em aberto o processo de investigação da ocupação da Direção da EACH.
Chegou na casa de um estudante a convocação para apresentar sua defesa em até 15 dias, para que siga a investigação da ocupação do edifício da Direção da escola, que ocorreu no mês de outubro do ano passado e foi reintegrada pela tropa de choque após 17 dias.
Até então, o que sabíamos é que este processo estava finalizado, considerando que houve a comprovação por parte da PM e do ex vice diretor, Edson Leite, que não houve qualquer dano ao patrimônio.
O que vemos com isto, é mais uma vez a criminalização daqueles que lutam por melhorias para nosso campus. A criminalização do movimento já têm sido marca registrada da USP e dos governos. Processos foram abertos contra estudantes e trabalhadores da USP que participaram das últimas lutas da universidade, o mesmo aconteceu com vários participantes das últimas manifestações de rua em SP, como na mobilização contra a Copa da Mundo! Ao invés de empregar energia para a solução dos problemas da USP Leste, a USP se empenha em criminalizar aqueles que denunciaram os absurdos cometidos pelas últimas gestões.
Na véspera do aniversário do golpe militar de 64 que mergulhou nosso país numa amarga ditadura, da qual o estatuto dessa universidade é fruto, fomos apresentados a mais esse exemplo da politica anti-democrática da Universidade de São Paulo, que se recusa a ouvir a comunidade, sempre nos impondo decisões autoritárias. E ao se ver pressionada pelo movimento, fecha as portas para estudantes, funcionários e professores e abre as portas para a Polícia Militar.
Após perceber que a mobilização da EACH já entra no seu 8º mês de forma ininterrupta, tentam forçar com este processo um amedrontamento aos que estão dispostos a levar à frente as reivindicações dos eachianos. Portanto, cabe a nós dar a resposta de que não cederemos a mais este ataque!
Exigimos finalização imediata deste processo! Nenhuma punição aos estudantes!
Não à criminalização do Movimento!

Ato Boicote às Aulas da EACH!

QUANDO: SEGUNDA-FEIRA (31/03)

HORA: 8:00

LOCAL: UNICID – ENFERMAGEM ( RUA CESÁRIO GALEANO, 475 – BLOCO ALFA)

Evento no Facebook

Texto do evento:

A reitoria nos empurra guela baixo um meio plano de aula. Não leva em conta os alunos da noite (que até o momento seguem sem definição quanto ao local de aula) e toda a infraestrutura necessária pralém da sala de aula, por exemplo, biblioteca, laboratórios e bandejão.

Na assembleia de 27 de março, que contou com a participação de mais de 200 pessoas votamos por fazer um boicote as aulas e sairmos em ato pelas ruas do Tatuapé para dizer para reitoria que queremos ser consultados antes do plano B, C, D, E… e que não aceitaremos mais descaso e precarização.

Queremos aulas por inteiro, com qualidade padrão fifa!
Queremos laboratórios e bibliotecas porque não é só de salas de aula que se faz a vida acadêmica! e
Queremos chegar em casa. Não dá pra sair do Butantã às 23h e chegar em Poá a tempo de pegar ônibus.

Para quem não sabe chegar, é só descer no metrô carrão e andar em direção a UNICID. Nos encontraremos no bloco alfa (prédio alugado para a USP), pergunte aos funcionários/alunos de lá como chegar!

PEDAGOGIA MILITAR: A guerra contra as drogas na UFSC e a truculência policial

Por Midia NINJA

Na tarde dessa terça-feira a Polícia Federal prendeu um estudante dentro do Campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) por portar uma pequena quantidade de maconha. Além de ter revistado várias pessoas indevidamente, a PF agrediu verbal e fisicamente vários alunos e professores que ficaram indignados e impediam a prisão do estudante. A Polícia Militar foi acionada e chegou com a tropa de choque no local, que invadiu e iniciou a violência depois da tensão inicial, incitando o conflito com estudantes, professores e funcionários presentes.

A reitora da Universidade Roselane Neckel, através de um porta-voz, declarou repúdio a ação da polícia. Na mesma tarde, o Professor Paulo, diretor do Centro de Ciências Humanas, foi agredido pela Polícia com Gás de Pimenta.

Vários estudantes foram feridos e cinco foram presos. O grupo ocupou a reitoria e deliberou em assembléia permanecer lá até que algo seja feito a respeito e os detidos sejam soltos. Uma ação judicial por danos morais apoiada pelos professores também foi encaminhada.

Toda a ação ocorreu em frente ao Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) e a Instituição de Educação Infantil Flor do Campus. As crianças tiveram que ir embora com lenços por conta do gás lacrimogênio.

Confira o Posicionamento oficial da ocupação:

Na tarde do dia 25 de março de 2014, três estudantes e um membro da comunidade foram detidos por policiais federais à paisana no bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) por portar uma pequena quantidade de maconha consigo. Perto dali, na lanchonete do CFH, outro estudante era abordado e sua mochila revistada por outro policial à paisana, recebendo também voz de prisão.

Um grupo de estudantes e a vice-diretora do centro questionaram a ação dos policiais, uma vez que vários princípios constitucionais e direitos humanos foram violados. Houve um princípio de confusão quando os policiais se mantiveram irredutíveis às tentativas de impedir a prisão arbitrária dos acadêmicos. Os estudantes propuseram que o acadêmico detido assinasse um termo circunstanciado ali mesmo e fosse liberado, procedimento recorrente nestes casos. Os policiais à paisana conduziram o aluno para um carro particular, mas a professora e o grupo de estudantes impediram a saída do veículo. Os policiais chamaram reforços da Polícia Federal e da Polícia Militar, aumentando assim o clima de tensão que já vinha crescendo. Durante algumas horas os mais de 300 estudantes, professores e técnicos impediram que a viatura saísse da universidade. O batalhão de Choque da PM mais a ação de diversos policiais federais fizeram valer as ordens dadas anteriormente. Os policiais iniciaram a violência com gás de pimenta, balas de borracha e bombas de efeito moral sendo lançadas contra os manifestantes. Com muita força e truculência, cinco pessoas foram levadas para a delegacia, deixando a comunidade chocada e perplexa. Mas não inerte. Todos os cinco já estão soltos mediante a assinatura de termo circunstanciado e suas presenças conosco só aumentam nossa força.

O que nos deixa inquietos e em busca por respostas são alguns pontos importantes:

1 – A clara violação policial dos direitos humanos consolidados por acordos internacionais, dos quais o Brasil é signatário, ao não se identificarem, não informarem para onde estavam levando os estudantes, algemá-los sem necessidade, utilizando-se de força desproporcional, claramente abusando do seu poder de polícia.

2 – A falta de debate com toda a comunidade acadêmica e a sociedade a respeito da política de drogas, sendo a única ação visível sobre o assunto a constante vigilância e criminalização.

3 – O custo exorbitante que esta operação teve para todos nós, contribuintes. Foram disponibilizados ao menos 20 policiais federais e uma quantidade ainda maior de policiais militares, mais o batalhão de Choque. Somam-se a isso duas viaturas que foram tombadas em repúdio pela ação dos policiais e toda a grande quantidade de munição empregada na ação repressora.

4 – Os prejuízos de tal operação não são apenas financeiros. Dezenas de feridos, vários deles encaminhados ao Hospital Universitário, forte repressão aos olhos das crianças que saíam assustadas das duas creches da UFSC naquele momento. Tudo isto explicita a face autoritária e violenta do Estado que permanece, a poucos dias da data em que o golpe civil-militar de 1964 completa 50 anos.

Tudo isso para prender 5 pessoas e 3 cigarros de maconha.
Ou seja, todo o debate atual de combate às drogas e políticas públicas foi silenciado violentamente, justamente onde se faz mais necessária a construção de ideias e projetos transformadores – a Universidade.

Estamos ocupando a reitoria em forma de protesto e ação contra toda a violência ocorrida nesta universidade no dia de hoje. Exigimos a polícia fora do campus, um novo de projeto de iluminação da universidade, o imediato afastamento e punição aos responsáveis pela operação e a revogação do memorando da reitoria que autoriza a PM na UFSC e proibe as festas. Queremos também debates sobre desmilitarização da polícia e legalização e regulamentação das drogas.

Convocamos todos para a Assembleia Geral da UFSC, nesta quarta, 26, às 11h, na Reitoria, para definirmos todas as pautas e o futuro do movimento!

Levante do Bosque


[HOJE] Cine-Clube Aquário

Nesta Quinta-Feira acontece o primeiro Cine-Clube Aquário.

polytechnique

Segue o texto onde é explicado mais sobre o filme e a proposta:

A ideia é manter uma rotina quinzenal de exibição de filmes, dos mais variados temas com o intuito de criar discussões em torno das temáticas apresentadas.

O primeiro filme exibido recria um dos momentos mais trágicos da história recente do Canadá, Polytechnique (2009) dirigido por Denis Villeneuve, narra o massacre ocorrido na Escola Politécnica de Montreal.
No ano de 1989, Marc Lepine invadiu o local e atirou em 28 pessoas e depois suicidou-se. A tragédia resultou na morte de 14 mulheres.

Os motivos que levaram Marc a cometer esse ato foram revelados em uma carta onde ele justificou motivos políticos e culpou as feministas por arruinarem sua vida. O caso gerou grande repercussão na mídia e com a população local, alguns classificaram como um ataque anti-feminista, outros diziam que fora um caso de loucura sem qualquer razão social. A mídia também foi culpabilizada assim como o aumento da pobreza no país.

Um filme aclamado pela academia canadense, ganhador de 9 prêmios do Genie Awards e 5 Jutra Awards incluindo o de melhor direção e melhor filme de 2010.

Gostou? Confira o trailer e fique atentxs aqui na página que ao longo da semana postaremos mais curiosidades e imagens do filme.

O filme será exibido às 17h no dia 20 de março dentro do espaço aquário. Esperamos por todxs