200 anos de Bakunin

“Sou o mesmo de antes – um inimigo certo do atual estado das coisas, com essa diferença apenas, que eu finalmente conquistei a metafísica e a filosofia em mim mesmo e me joguei inteiramente, com toda minha alma, no mundo prático, o mundo do ato real. Acredite, amigo, a vida é bela; agora tenho direito pleno de dizer, porque eu parei de enaltecer a observação do mundo por construções teóricas e sem saber dele senão por fantasia, porque eu realmente experimentei muito de sua amargura, porque tenho sofrido muito e tenho caído em desespero.

Estou amando, Pavel, estou amando apaixonadamente: não sei se sou capaz de ser amado como desejo ser amado, mas não desisto de ter esperança: eu sei que ao menos ela tem sentimentos afetivos em relação a mim, eu quero ter mérito para receber desta que amo, quero amá-la reverentemente, que é apaixonante: ela está submetida à mais terrível e à mais infame escravidão e devo libertá-la, combatendo seus opressores e inflamando em seu coração o sentimento da sua própria dignidade, incitando-a ao amor e à necessidade por liberdade, os instintos da rebelião e independência, fazendo-a se lembrar das sensações de sua força e seus direitos.

Amar é desejar a liberdade, a completa independência do outro: o primeiro ato de verdadeiro amor é a completa emancipação do objeto amado. Uma pessoa não pode amar a não ser que seja perfeitamente livre, independente, não apenas de outros mas mesmo e acima de tudo daquele que ama e de quem está apaixonado por você.

Aí está, esta é minha profissão de fé política, social e religiosa, é meu mais profundo sentimento, não apenas das minhas atividades e de minhas inclinações políticas, mas também da extensão que sou capaz em minha existência particular e individual, porque o tempo em que essas duas formas de ação poderiam ser separadas está muito distante de nós, agora o ser humano quer liberdade em todos os significados e aplicações dessa palavra, ou ele não quer nada. Desejar, no amor, a dependência da pessoa a quem se ama, é a coisa mais perigosa e abominável do mundo, porque seria uma fonte interminável de escravidão e brutalidade da humanidade.

Tudo o que liberta o homem, tudo que o faz retornar a si mesmo, faz nascer nele o princípio de sua atividade original e realmente independente. Tudo o que lhes dá força para serem eles mesmos é verdade, todo o resto é falso, mata a liberdade e é absurdo… Emancipar o homem, este é o único uso legítimo e benéfico das nossas forças… Por baixo de todos os dogmas religiosos e filosóficos, não há nada além de mentiras; a verdade não é uma teoria mas um fato, é a própria vida, é a comunidade de seres livres e independentes, é a unidade santa do amor que irrompe das profundezas misteriosas e infinitas da liberdade individual. ”

~ Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (1814-1876), em Carta ao irmão Paulo (29 de março de 1845)

GREVE – Mobilização na UNESP

ESTUDANTES EM LUTA: CALENDÁRIO DA MOBILIZAÇÃO DXS ESTUDANTES DA UNESP!

*Presidente Prudente: GREVE GERAL (das 3 categorias).
*Franca : GREVE GERAL (das 3 categorias).
*Assis: GREVE GERAL (das 3 categorias).
*Bauru: GREVE GERAL (das 3 categorias).
*São Paulo: GREVE GERAL (das 3 categorias).
*Botucatu: Assembleia com indicativo de GREVE (29/05).
*Araraquara: Assembleia com indicativo de GREVE (29/05).
*Marília: Assembleia com indicativo de GREVE (29/05).
*Rosana: Assembleia com indicativo de GREVE (29/05).
*Rio Claro: Assembleia com indicativo de GREVE (02/05).
*Ourinhos: Assembleia com indicativo de GREVE (05/05).

Unesp em luta!

(fonte: DCE provisório – Helenira Resende)

[MPL] Pela terceira vez – sobre inquéritos, intimações e investigações: as contínuas ações ilegais das polícias

Retirado de: http://saopaulo.mpl.org.br/2014/05/26/pela-terceira-vez-sobre-inqueritos-intimacoes-e-investigacoes-as-continuas-acoes-ilegais-das-policias/

Ainda sobre inquéritos, intimações e investigações: as contínuas ações ilegais das polícias

Nos dias 22 e 23 de maio, pela terceira vez, dezenas de militantes, e até mesmo seus parentes ou pessoas que sequer participaram de qualquer manifestação nos últimos meses, foram intimadas para comparecer ao DEIC para prestar esclarecimentos/informações sem sequer saber do que são acusadas, ou se há alguma acusação. A ilegalidade e a arbitrariedade são tamanhas, que dessa vez não se deram nem ao trabalho de mencionar o número de um inquérito policial na maioria das intimações. Tais práticas, com ameaças, intimidações e exposição de militantes com a presença da polícia em suas casas (militantes que em sua maioria já foram expostos nas ilegais prisões para averiguação que ocorreram em 2013), tem a clara finalidade de dar continuidade à criminalização dos movimentos sociais.

Nos últimos meses vivemos uma escalada de repressão que tenta calar todas as vozes que discordam dos de cima e de seus poderes: do Estado, da polícia, da mídia. Durante 2013, o cotidiano das ações ilegais da PM e da seletividade da justiça nas periferias das cidades e na lida com as lutas sociais não pode mais ser escondido nem sequer pela mídia corporativa.

A manobra “Hamburger Kessel”, utilizada para o cercamento e prisão de centenas de manifestantes no ato do dia 22 de fevereiro em São Paulo, não é diferente da prática das prisões ilegais para averiguação, sem imputação de qualquer crime, que também ocorreram às centenas na luta contra o aumento na cidade em junho de 2013. Seja com a alegação de que as pessoas “portavam vinagre”, ou porque tinham “cara de manifestante”, ou ainda “porque estavam com intenção de realizar uma ação black bloc”, a PM segue prendendo pessoas sem lhes imputar qualquer crime – como faz diariamente em todas as áreas pobres da cidade.

Além dessas arbitrariedades, também se repetiram os espancamentos, abusos contra mulheres, cerceamento do direito de defesa dos manifestantes, práticas com as quais os que lutam convivem há muito tempo. Vimos inclusive a volta do tenente-coronel Ben Hur, responsável pela brutal repressão à manifestação contra o aumento da tarifa nos ônibus, metrô e trem em São Paulo, no dia 13 de junho de 2013. Não bastou que diversos movimentos sociais solicitassem ao Procurador Geral de Justiça do Estado de São Paulo a investigação contra Ben Hur por abuso de poder. Ele segue na ativa e as incontáveis barbaridades cometidas pelos agentes policiais continuam não sendo apuradas.

Ao invés disso, o Governador de São Paulo, junto com o Ministro da Justiça, o Judiciário, o Ministério Público e a PM, instaurou um inquérito policial, sem qualquer base legal para identificar os manifestantes deste e de diversos outros atos. Esse inquérito é ilegal, pois não há a intenção de apurar algum crime específico e sim uma tentativa de identificar e investigar pessoas e enquadrá-las em um grupo de suspeitos a priori.

A tentativa de intimidação aos manifestantes aumentou ainda mais quando pessoas foram intimadas a prestar esclarecimentos a esse inquérito no dia e horário do ato “Se Não Tiver Direitos, Não Vai Ter Copa”, algo que se repetiu pela terceira vez nas intimações dos últimos dias, tendo em vista um ato contra a copa chamado para o dia 24/05. Mas uma vez foi alegado explicitamente que o objetivo dessa terceira rodada de intimações era esvaziar a manifestação. Nessas novas intimações estão incluídos manifestantes, pessoas que não vem participando das manifestações e pais de manifestantes.

O Movimento Passe Livre São Paulo entende que a existência dessa investigação é a continuação da sistemática violação de direitos das pessoas que já foram presas ilegalmente e daqueles que se organizam por uma vida sem catracas. As intimações e ameaças nada mais são do que uma intimidação para desmobilizar nossas lutas e impedir as manifestações. Por isso, seguimos defendendo o não comparecimento para depoimento, exercendo, dessa forma, o nosso direito constitucional de permanecer em silêncio. Não é admissível que continuemos a legitimar esse tipo de ação repressiva dos de cima, que só busca preservar a ordem que controla e massacra os de baixo.

POR UMA VIDA SEM GRADES, SEM POLÍCIA E SEM CATRACAS!
Movimento Passe Livre – São Paulo (MPL-SP)

Debate sobre o projeto de cotas da UNESP e Debate sobre reforma agrária com MST

O curso de Geografia em greve inicia sua mobilização com um debate sobre o modelo de cotas da UNESP.Hoje, ás 19H no vão da Hist/Geo

Já na Quarta-feira (28.5) o debate acontecerá no Espaço Aquário a partir das 14h  um debate sobre reforma agrária:

Borá Colar?

Assembleias de curso + Assembleia Geral

No dia 21.05, todas categorias da USP deliberaram por greve para ser iniciada na próxima terça, dia 27. Portanto, na segunda-feira, 26.05, todxs devem ficar atentos às assembleias de curso que devem referendar a greve e deliberar sobre as pautas e próximos passos da luta.

SEGUNDA-FEIRA, 25.05: ASSEMBLEIAS DE CURSO.
os cursos que funcionam no vespertino e noturno geralmente têm assembleias às 18h
os cursos que funcionam no diurno e integral geralmente têm assembleias ao meio dia.

QUARTA-FEIRA, 28.05: ASSEMBLEIA GERAL
às 18h, no vão livre do prédio de Geografia e História.

greve